Amante de um homem casado LIVRO I

Capítulo Vinte e Quatro

Maria Luiza

Depois de mais de um mês fora, estou retornando para o Brasil. Minha ida aos Estados Unidos foi de extremo proveito, estou retornando coma uma nova mulher. Nada melhor do que um tempo longe de tudo, a gente consegue pensar e tomar decisões com mais calma.

Ligo para Rosa antes do avião decolar, a mesma atende na hora.

- Pensei que não daria mais notícias, seu marido te ligou várias vezes.

- Eu sei, e eu o atendi todas as vezes.

- Porque desse suspense todo?

- É por isso que estou te ligando.

Ao longo desses dias, tive tempo o suficiente para pensar o que fazer, se bem que não tinha muita coisa para ser pensada. Já está decidido, eu não vou deixar Benjamin, ele é meu marido e vai continuar sendo até que eu morra.

- Bom, eu sou seu pau mandado mesmo então fala logo. - Dispara Rosa.

- Eu quero que você prepare um banquete e convide os amigos mais próximos, porque o que eu tenho um comunicado a fazer.

- Você poderia adiantar algo para mim?

- É surpresa, querida.

- Cheirinho de coisa boa. Mas quando você vai voltar?

- Hoje à noite. Quero o banquete pronto para a minha chegada.

- Devo convidar Catarina?

- Principalmente ela.

- Pode deixar, vai estar tudo perfeito.

Desligo o telefone. O restante das pessoas se acomoda aos assentos, as portas do avião fecham. Antes de decolar, envio uma mensagem para Benjamin.

- Oi amor!

- Oi sumida! Estou morrendo de saudade de você.

- Eu mais ainda, mas logo matarei essa saudade.

- Quando?

- Hoje à noite.

- Acabei de chegar em casa também.

Eu não acredito que ele foi se encontrar novamente com aquela vulgar. Não é possível, tenho que voltar depressa. O que tenho para falar, vai pelo menos afastar aquela vagabundo, com o mínimo de senso que acredito que ela tenha.

Respiro fundo e volto a digitar.

- Que bom! A Rosa está organizando um banquete para amigos próximos.

- Mais outro evento de boas-vindas?

- Digamos que é um evento para comunicar uma coisa entre nós dois.

- Como assim de nós dois.

Apenas desligo o celular e o wi-fi. Vou deixa-lo com o beneficiou da dúvida, espero que ao menos passe pela cabeça dele, que desconfio sobre a traição, acho que isso vai ajudar muito para hoje à noite.

...

Depois de uma longa viagem estou cansada, mas, hoje só vou descansar depois do meu banquete, depois do que tenho para falar para todos, principalmente aqueles que me apunhalaram pelas costas. Acho que mais gostoso do que a comida, vai ser degustar a reação dos traidores.

Quando chego na área de espera do aeroporto, me deparo com Marcelo Guimarães que está de costas.

- Marcelo? - Encosto a mão ele fazendo-o virar.

- Maria Luiza, que bom te ver.

Nos abraçamos.

- Vai viajar?

- Não, eu vou comprar somente a passagem para manhã, o site está congestionado então eu decidi vir comprar.

- Interessante. Eu soube da morte da mãe de Catarina, Lamentável.

- Ela passou por uma barra, o irmão dela está com câncer e também descobriu que está gravida.

Minha feição muda. Espero que este filho não seja de Benjamin, mesmo que não seja, tenho que sair com ele desse pais o mais rápido possível. Não quero que meu marido ao menos sonhe que terá filho com aquela desgraçada, há uma possibilidade enorme dele me deixar, exceto pela carta na manga que tenho hoje.

Só de pensar no que tenho para falar, volto novamente a ficar feliz.

- E mesmo! Fico feliz por ela. - Só que não.

Marcelo abre um sorriso e me acompanha até a praça de taxi na frente do aeroporto. Quero estar magnifica para hoje à noite.