P.O.V Day
Pagar por algo que você não cometeu,é uma das piores situações que o ser humano pode passar.
21 de Abril de 2018
Lá estava eu, novamente indo trabalhar para ganhar o pão de cada dia.
O dia estava estranho, uma diferente sensação estava presente em meu peito. O céu escuro e com poucas estrelas deixavam aquele beco de rua mais assustador que costumava ser.Por um instante cheguei a prender minha respiração quando ouvi gritos, duas pessoas estavam brigando.
-Siga em frente Dayane, não olhe para trás.
Comecei a caminhar mais rápido, os gritos aumentaram quando passei na frente de uma boate. Dois homens brigavam e uma mulher que aparentava ter em média de trinta anos olhou assustada para mim,como se tivesse pedindo ajuda.
Minha visão escureceu, mas pude ver o homem apontando uma arma na cabeca da mulher e eu nada fiz. Apenas congelei e vi o mesmo atirar na pobre moca.
No impulso me joguei em cima dele, e o outro homem me segurou e me passou uma rasteira, caí no chão.-Achamos nossa salvadora!- o homem de barba grande disse para o de cabelos grisalhos.
-Rápido, ligue para a polícia e informe o crime que essa mocinha acabou de cometer.- foi apenas isso que disse o que eu acreditava ser o mais velho,ironicamente para o homem que ainda me segurava.
-Alô? É da polícia? Acabou de acontecer um assassinato no local que eu estou presente. Uma jovem acaba de atirar em uma moca...
Eles estavam me culpando por algo que não fiz? Quem eram aqueles homens?
-O que vocês estão fazendo?! Me deixam ir embora! Por favor eu juro que não conto para ninguém o que eu vi aqui...- Eu praticamente gritava,o desespero tomava conta de mim.
-Calma menininha, eles já estão vindo te buscar.- o homem ainda me segurava,eu precisava fugir.
Rapidamente me girei e dei uma cotovelada em seu estômago,ele me soltou com o impacto,eu estava praticamente me levantando para correr,quando sinto uma mão segurar o meu pé, me fazendo cair de barriga no asfalto.
-Calma garotinha, você não pode ir embora. - maldito homem!
Olhei para o chão e vi a arma estendida sobre o corpo da mulher que agora,já estava branca,por conta da perda de sangue. Eu consegui pegar,estava pronta para atirar nos homens. Quando me preparo para virar para eles,ouco o barulho de uma sirene.-Socorro! Me ajudem. - os homens cinicamente gritavam para os políciais que agora ja vinham em minha direção.- É ela! Essa garota matou aquela pobre mulher...
-Você está presa! Largue a arma agora!- um policial gritou apontando a arma em minha direção.
-Mas não fiz nada! Foram eles!- apontei na direção dos homens.
Meu mundo havia desabado, eu não conhecia aqueles homens. Me senti sendo puxada para dentro da viatura e sendo levada para um lugar que eu nunca pensei que eu iria.
22 de Abril de 2018
Eu já estava na prisão e me perguntei como aquele processo havia acontecido tão rapidamente. Balancei minha cabeça na tentativa de ser ser apenas um pesadelo e não era.
-Essa vai ser sua cela.- Uma das guardas me jogou para uma daquelas celas fedidas e me olhou com reprovação.- E sem gracinhas.
Me deitei naquele colchão que parecia mais um chão, e eu só tive vontade de morrer. Eu tinha caído em um golpe e fiquei pensando em como buscar justiça,já que não tinha ninguém além de mim.. Eu era sozinha na vida.
Me permiti dormir.[...]
-Acorda! Você tem uma consulta com a doutora daqui. - novamente aquela mulher rabugenta apareceu na porta da minha cela.
-Aqui o convênio médico é muito caro? Se sim prefiro descartar a consulta,sabe como é né? Com essa crise, não tá fácil pra ninguem...
-Olha aqui menina,aqui quem manda sou eu!Quem faz as regras sou eu, e você...-ela riu debochadamente sem tirar seus olhos dos meus. -Bom é apenas uma presidiaria. Então em nenhum momento você pode me tratar com falta de educação.
-Okay...-eu apenas segui a moça passando por um corredor de celas, no qual atrai vários olhares de mulheres,para algumas dei um sorriso de canto. Para deixar claro entre homens e mulheres, minha preferencia era por mulheres.
Cheguei até a sala da tal médica.
-Doutora Biazin? Nova paciente.-a mulher que me acompanhava,chamou pela doutora. Biazin.
-Pode entrar.- Uma voz rouca ecoou no ambiente e assim entrei na sala.- Dayane de Lima. Prazer doutora Biazin mas pode me chamar de Carol.
Ela deu um sorriso simpático,e estendeu sua mão para mim comprimenta-lá. Se virou em minha direção e eu pude ver o quão bonita era aquela doutora.
-O prazer é meu.- retribuí o sorriso e ela foi em direção em uma espécie de maleta,que acredito que estavam seus equipamentos.
-Então,quer me contar porque foi presa?-a ruiva me perguntou enquanto pegava o medidor de pressão.
-Preciso? Tenho certeza que já leu minha biografia e sabe tudo sobre minha vida.
-Olha...Vejo que a senhorita é esperta.-ela sorriu novamente.-Mas quero ouvir de suas palavras,sua versão.
-Você não acreditaria em mim,não tem porque eu gastar minha saliva doutora Biazin.
-Bom,vai que sua história é convincente.-ela colocou o aparelho no meu braco e eu pude sentir minha respiração acelerar com a proximidade da mesma.
-A única coisa que eu tenho a comentar é que tudo isso não se passa de uma injustiça. Eles armaram para mim, não fui eu que matei aquela mulher...
-Sua pressão está ótima e sua história é convincente.
-Obrigado?-perguntei e ela sorriu.
-Abre a boca...-apontou a lanterna para minha boca e pude ver seus detalhes de tão perto que ela estava. Ela era perfeita.
-Tudo certo com você Lima, já pode ir.
-Então,até mais Carol.
-Até mais lima.
Novamente senti a mulher rabugenta,que no caso era a guarda,me puxar para fora da sala da doutora e me levando novamente para aquela escura cela.
-Descanse um pouco Lima, daqui a pouco tem alguns trabalhos para você fazer.
Droga! Aquele inferno só estava no início.
oi pessoaixx,essa é uma fanfic dayrol e eu espero que vocês gostem. eu sou a mesma pessoa que escreve "Meu Refúgio" que no caso é outra fanfic dayrol. é isto,até o próximo capítulo. e pra quem pegou a referência da fic,parabéns você tem um ótimo gosto.
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Someone Like You (dayrol)
ActionDayane de Lima busca a justiça após ser presa por um crime que não cometeu, será que ela realmente conseguirá sair do apocalipse que sua vida se tornou?