-Acordou a bela adormecida?-a maldita mulher novamente apareceu na porta da minha cela.
Levantei daquele duro colchão e lavei meu rosto na pequena pia que ficava do lado da minha cama.
-Vamos logo princesa, não gostaria de se atrasar no primeiro encontro com suas amigas,não é?- Li o nome da mulher no canto de sua blusa, ela se chamava Solange.
-Eu não sou amiga de ninguém aqui.-respondi o mais seca possível.
-O que você prefere ter,amigas ou inimigas?- Solange me puxou para fora da cela,me fazendo segui-lá.
-Bom,eu vou ficar na minha,assim elas não vão mexer comigo.
-Aí que você se engana bonitinha, se você quer respeito,você terá que exigir dele.
Exigir. Como eu faria para ganhar o respeito daquelas mulheres que eu sequer conhecia?
-Boa sorte. - Solange me diz cinicamente, me deixando em uma área onde tinha várias mulheres trabalhando.
Elas quebravam pedras, algumas jogavam futebol americano,outras apenas conversavam e todas usavam apenas um top preto e uma calca preta de moletom, parecia um daqueles filmes americanos.
Todas olhavam para mim e eu congelei, podia jurar que estava vermelha por tanta vergonha. Não que eu ligasse muito para qual seria a impressão que elas teriam de mim e sim por ser a nova atração desse lugar. Apenas peguei uma pedra e comecei s tentar quebrar a mesma com uma espécie de martelo.
-Temos uma novata!-uma mulher com os cabelos curtos e com os bracos cheio de tatuagens gritou no que fez todas olharem para mim novamente.
-Até que ela é bonitinha.-outra mulher ficou em minha volta e eu senti meu sangue ferver.
-Você quer ser do nosso grupo?- A de cabelo curto me perguntou e eu nada respondi.
- Se você quiser é simples,basta chegar naquela menina e usar essa faca- ela abaixou a calca e uma faca afiada ficava presente no lugar.-e enfia-lá na sua barriga.
Eu não iria fazer aquilo,afinal não precisava de ninguém naquele lugar.
-Eu não vou fazer isso, afinal...-me levantei e encarei a mulher.- não preciso de vocês.
Senti meu rosto queimar e todos gritarem. Ela havia me dado um soco.
-EU QUE MANDO NESSE LUGAR E SÓ PARA TE LEMBRAR- deu outro soco em mim,só que dessa vez no meu estômago.-SE VOCÊ NÃO QUISER SER DO NOSSO GRUPO,VOCÊ TERÁ QUE SER CONTRA ELE, E SUA VIDA AQUI SERÁ UM INFERNO.
-Não sei se tem como piorar, então eu não me importo.-praticamente cuspi as palavras na cara da mulher e ela novamente me deu soco me fazendo cair no chão.
Minha visão estava escura, senti meus olhos lacrimejar,mas rapidamente limpei as lágrimas que nele estavam se formando, senti a faca acertar meu braco e alguém rapidamente me pucar para fora daquela roda.
-Presidiária ferida!
Tentei me levantar, quando desmaiei.
-Vejamos quem acordou, a menina que no seu primeiro dia já se meteu em briga.- a ruiva passava um algodão no meu braco e eu estava deitada em uma cama,tipo daquelas que existem em hospitais.
-Eu...-tentei falar mas meu rosto latejava.
-Shh,você tem que ficar de repouso.
-Okay...-disse e vi a mesma sorrir de lado.
Olhei para seu relógio e vi que eram 20:43. Ela morava aqui por acaso?
-Até que horas você fica aqui?- perguntei com o resto de força que me restava.
-Depende do dia,às vezes vou embora mais cedo e às vezes vou embora muito tarde.
Novamente um silêncio brotou no local,até a ruiva me perguntar.
-Com o que você trabalhava?
-Trabalhava em uma lanchonete,não era um ótimo emprego,mas era a única coisa que me dava dinheiro na vida.
-Porque matou aquela mulher?- agora ela estava séria e a pergunta dela fez a raiva percorrer no meu corpo, no que me fez levantar e a prensar na parede.
-Eu não a matei.- olhei para os olhos castanhos da mesma e senti um arrepio percorrer no meu corpo.- Não vai gritar doutora?
-Não preciso, você não vai fazer nada comigo.-a ruiva não se soltou,apenas continuo a me encarar.
-Como pode ter tanta certeza?
-Por algum motivo, algo me faz acreditar que não foi você que matou a mulher. Algo me diz que você é diferente das outras.
-Tudo certo doutora Biazin?- seu rádio tocou e ela logo respondeu que sim.
Soltei ela e me sentei na cadeira novamente. Ela começou a fazer um corativo no meu braco.
-Com quem você convivia?-a ruiva me perguntou e passou a mão pelo meu rosto para sentir se estava inchado e novamente meu corpo estremeceu com o toque dela. O que estava acontecendo comigo?
-Ninguém. Era somente eu.
-Não namorava?
-Terminei com minha namorada faz uns três meses e desde então não pensei em dar uma nova chance ao amor.
-Jovens frustados...-ela soltou uma baixa risada no que me fez sorrir automaticamente.
-E você é comprometida?- perguntei com um sorriso malicioso no rosto, no que fez a mesma corar.
-Não...-ela riu em desespero.
-Ele te traiu?- Perguntei o mais baixo possível,talvez estivesse com medo de perguntar e a resposta for sim.
-Melhor solteira do que corna,não é?- Ela riu e eu gargalhei,ela levava a vida de forma tão mansa,que cheguei a me chingar mentalmente por não ter conhecido aquela mulher antes de isso tudo acontecer.
-Como alguém teria a coragem de trair você cara?- perguntei e ela novamente corou,eu estava amando isso.-você fica mais bonita ainda toda vermelhinha.
-Você está me cantando Lima?-a ruiva perguntou com um tom divertido.
-E se eu te dissesse que estou?
-Bom...Não vai rolar.-Ela sorriu e eu também.
-Vamos ver então doutora Biazin.
[...]
Ela terminou de fazer os curativos e anotou algumas coisas em um papel.
-Já pode vim busca-lá Solange.- ela falou em seu rádio para a guarda.
-Mas já?-perguntei e ela sorriu.
-Tome mais cuidado Day.-ela disse pela primeira vez meu nome, tinha certeza que estava rindo que nem boba.- O que foi?
-Você me chamou de Day.
-Ugh, chamei? Não me lembro disso.-ela passou a mão pelos cabelos.
-Vamos Lima. Hora de voltar.- Solange já estava na porta me esperando.
-Tchau Carol.-pisquei para a mesma e ela novamente corou. Ah,como eu amava fazer isso.
Hora de voltar para o inferno Dayane.
oii pessoaixx,voltei.
não se esqueçam de comentar e votar bastante.
e vejam minha outra fic dayrol que chama "Meu Refúgio" e está no meu outro perfil juliaaalimns.
é isto, até o próximo.-
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Someone Like You (dayrol)
ActionDayane de Lima busca a justiça após ser presa por um crime que não cometeu, será que ela realmente conseguirá sair do apocalipse que sua vida se tornou?