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P.O.V Day

Bom, já se passaram três dias desde que descobri quem seriam os novos coordenadores desse local. E também três dias que eu não entrava na sala da doutora Biazin.

Os dias passavam e junto com eles, minha liberdade estava mais próxima.

Sim, eu iria fugir.

Miley e seu grupo aceitaram em incluir eu, Aline e Kau em seu plano. Em troca disso, ganhava nosso silêncio.

Nesses dias eu pensei se eu realmente deveria fazer isso, fugir seria covardia? Bom, acho que não. Pensei bastante na minha mãe que bom, já não à vejo faz alguns anos. Por qual motivo? Ela simplesmente foi embora, sumiu.

E eu me odeio por passar noites em claro se perguntando o motivo da mesma ter feito isso. A gente tinha uma boa relação.

Eu morei com minha vó durante anos até que ela veio à falecer e eu fui morar sozinha.

Meu pai? Eu não faço ideia de quem ele é. Quando conversava com minha mãe sobre isso, ela sempre fugia.

Olhei pela janela e já era dia. Parabéns Dayane, mais uma noite sem dormir.

Sequei minhas lágrimas que atualmente eu não me importava em segurá-las.

Hoje eu iria para a sala da doutora e não estava nem um pouco preparada psicologicamente para encarar a mesma depois do que tinha acontecido.

Essa seria também a minha última visita em sua sala. A fuga estava marcada para o dia de amanhã às 3:00 da madrugada.

Novamente senti meu coração apertar e meus olhos aderem. Droga! Eu não queria me despedir dela, mas eu precisava.

-Vamos Dayane, direto para sala da doutora! - Solange deu passagem para mim sair de dentro da cela.

No caminho até a sala da doutora, minhas mãos soavam, meu coração alternava em parar e acelerar, eu não podia estar apaixonada por ela, certo? Até porque não era recíproco.

-Olá. - Carol disse ao me ver na porta, no que me doeu pois ela estava absurdamente fria. Mas oque você esperava Dayane? "Oi amor da minha vida, como passou esses dias?" ,pensei comigo mesma. Eu era realmente louca.

-Olá doutora Biazin.

Ela iria trocar o curativo da minha barriga e eu já estava me preparando para não tentar fazer nada com a mesma.

O toque dela me enlouquecia.

Ela me enlouquecia.

-Tira a roupa, preciso trocar o curativo.- Eu apenas fiz o que ela mandou.

Senti seu olhar sobre mim mas não me importei. Ela se aproximou e eu tive que me segurar para não chorar. Não precisava ser assim.

Eu queria tanto ela.

-Pronto.

-Acabou?- perguntei e fiquei espantada pois eu nem havia sentido dor.

-Sim, foi rápido dessa vez.

-Eu não queria que fosse tão rápido. - Novamente as palavras saíram automaticamente da minha boca e na real eu tinha que me "desculpar" dela.

-Porque você é assim?

-Assim como?- perguntei na maior inocência que eu tinha afinal, não tinha entendido.

-Não sei, assim!- ela colocou as mãos na cabeça e voltou a olhar para mim.- Caralho, oque está acontecendo comigo?!

Podia ver o quanto ela estava desesperada e eu? Bom, não sabia se ficava feliz ou desesperada com isso. Eu não sabia ao certo oque ela estava querendo dizer.

-Engraçado né?! Porque olha ultimamente eu também não sei oque está acontecendo comigo também! E eu juro que eu queria te ajudar a descobrir oque está acontecendo, mas eu não posso!- Falei e vi seus olhos encherem de água.

-Por favor, não diga isso Day.

-Se não oque Caroline? Você vai contar para a Solange e ela vai me punir? Eu estou definitivamente cansada de tudo isso! Mas oque eu acho estranho é que mesmo estando nesse inferno você me trás uma calmaria que eu não consigo explicar.- Levantei da maca em que estava deitada e fiquei na frente da mesma.- Você pode não confiar em mim, eu sou uma presidiária não é mesmo?! E eu matei uma mulher inocente não é?

-Eu não acredito nisso. Eu acredito em você.

Foi nesse momento que eu despenquei e comecei a chorar. Era tão bom ouvir isso de alguém, ainda mais quando esse alguém se tratava dela.

-Você tem que me prometer uma coisa.- Ela disse olhando para baixo.

-Eu prometo.

-Eu não sei porque estou te falando isso, na verdade nem sei porque estou fazendo isso, ou eu não quero saber, não sei.- A ruiva olhou em meus olhos - Mas isso não importa. Eu vou começar a investigar seu caso.

Não, não, não! Ela não podia se meter no meio disso. Eu sabia o quanto aqueles homens podiam ser perigosos.

-Carol...

-Não adianta você me pedir para não fazer isso Day. Eu vou fazer, eu vou conseguir as provas.

-Ei, olha pra mim.- Eu disse e a mesma me olhou.- Eu também queria muito sair daqui, mas eu não posso deixar você se meter no meio disso. Carol você tem uma vida inteira pela frente, não estrague ela por causa de mim, ok?

-Dayane você entrou na minha vida a partir do momento que você entrou nessa sala pela primeira vez.

-Carol...Essa noite, ou melhor essa madrugada...

Ouvi batidas na porta no que fez eu me afastar da mesma e talvez, me afastar para sempre.

-Doutora biazin? Alicia disse que já está a mais de vinte minutos aí. Está tudo bem?- Era Solange, merda!

-Está sim Solange, já acabamos.- Carol falou limpando suas lágrimas.

Eu queria tanto abraça-lá.

-Vamos Dayane!- Solange puxou meu braço para fora da sala.

-Adeus Biazin.- Foi a última coisa que eu disse antes de sair de sua sala.

[...]

Já era noite.

Minhas pernas tremiam de ansiedade.
Eu estava fazendo a coisa certa?

Agora seria o último jantar aqui. Eu iria aproveitar também para conversar com as meninas sobre o assunto.

-Oi Day. - Aline e Kau apareceu do meu lado e eu também podia ver o medo nos olhos delas.

-Oi gente.

-Vocês acham que vai dar certo?- Aline perguntou com um fio de voz.

-Não sei, mas a gente nunca vai saber se não tentarmos não é?!- Kau disse na tentativa de acalmar a mesma.

-A gente precisa falar com Miley.

-Hey girls.- Miley disse ao chamar a gente para sentar em sua mesa. -É o seguinte, vou explicar novamente como vai acontecer a fuga.

oi pessoaixx, não me matem ok? att tá aí e não sei quando eu volto.
votem e comentem oque vocês acham que vai acontecer no decorrer da fic.
é isto, até o próximo!











Someone Like You (dayrol)Onde histórias criam vida. Descubra agora