Part Of Me | Supercorp

Números Primos Gêmeos

Heey
Como estão?

Esse capítulo tem muuuita conversa. Basicamente só conversa.

Vou demorar mais tempo pra atualizar, pq eu acho que atualizando todo dia a história vai acabar muito rápido!

Enfim, boa leitura!

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Rumores continuam a pipocar sobre a denúncia de desaparecimento da superstar country Kara Danvers. A polícia agora está envolvida, depois de relatos sobre a estrela ter sido vista várias vezes com uma mulher desconhecida. Uma das ocasiões resultou e um ataque contra uma cabeleireira, outra levou a um desentendimento no Hotel 6, a leste de Buffalo, Nova York, onde Kara tentou usar o cartão de crédito que havia sido declarado roubado e mais tarde foi vista discutindo no estacionamento do local com a mesma mulher ainda não identificada. A recepcionista do hotel ficou preocupada com a segurança de Kara Danvers depois que a mulher a agarrou, momento em que a funcionária chamou a polícia. Em depoimento aos policiais, ela disse que havia falado com a cantora antes da briga e afirmou que Kara parecia assustada e sob coação. A cantora pediu para fazer uma chamada telefônica quando seu cartão de crédito foi recusado, mas não conseguiu falar com quem pretendia. A família emitiu um comunicado afirmando que todos estão muito preocupados com Kara e que vão cooperar com a polícia para garantir o retorno seguro da cantora.

Não foi a luz do sol que a acordou. Era mais brilhante que isso. O mundo em volta da Blazer era tão branco que Lena não teria ficado surpresa se um coro de anjos cercasse o veículo parcialmente enterrado e o conduzisse para os portões perolados. Mas não tinha como o céu ser frio daquele jeito. E a garota em seus braços não era nenhum anjo, embora parecesse doce demais com seu cabelo curto, espetado como uma coroa, e os lábios em forma de arco separados em um ronco suave. O gorro havia caído no meio da noite, e o rosto dela estava enterrado onde a axila de Lena encontrava o peito.

Lena olhou para o rosto dela e esperou pelo pavor e pela descrença que vinha sentindo em graus variados desde que se havia algemado a Kara Danvers. Em vez disso, lembrou como Kara ficou depois que ela a beijou, com os lábios rosados e inchados. A morena pensou sobre quando ela mergulhou em direção ao banco de trás para reivindicar o travesseiro com fronha, o modo como ela devolveu o celular da avó ao arremessá-lo pela janela, como havia cantado "Bohemian Rhapsody" e dormido com seus resmungos matemáticos, tudo no meio de uma crise. Isso deixou Lena curiosa para saber como ela se comportava quando não estava tomada pela dor, quando seu mundo não estava desabando sobre sua cabeça, quando não estava ilhada em uma tempestade de neve com alguém que só conhecia há três dias, dois dias e meio na verdade.

Lena sorriu e baixou a cabeça de novo.

 — Você está sentada aí, sorrindo desse jeito para o nada — Kara murmurou.

— Não era para o nada. Era para uma coisa.

— Ha-ha. Vamos morrer nesta Blazer?

— Não, mas não consigo sentir meu braço esquerdo, e o lugar onde você babou nos meus peitos congelou e deixou meu mamilo gelado.

Kara começou a rir e rolou para longe da outra, sentando-se e jogando os cobertores de um lado para o outro à procura do gorro. Ela o encontrou, colocou-o sobre o cabelo amassado, enfiou as botas nos pés e se jogou de volta para o banco da frente, como tinha feito mil vezes.

— Eu vou primeiro, e não está mais escuro, por isso nada de espiar pela janela. Vou te testar sobre a cor da minha calcinha, e é melhor você não saber que ela é vermelha com caveirinhas pretas. — Kara abriu a porta do passageiro, a neve caindo do teto sobre o banco enquanto ela saía.