Gerald se juntou a Mary logo após James sair. Ele explicou a ela que seu pai só havia mandado instruções superficiais e não determinou a data de sua volta. Mary agradeceu as informações e pediu que lhe avisasse imediatamente caso o Marquês entrasse em contato.
Naquela noite Mary dormiu mais tranquila. Conversar com James fez tudo melhorar e pensar na perspectiva de ter um amigo à fez feliz.
Na manhã seguinte James fora a aula da senhorita Hall como combinado. No inicio ficaram constrangidos, mas a professora soube deixar o ambiente mais leve fazendo uma breve avalição sobre os conhecimentos gerais de James.
Os dias passaram rapidamente e Mary e James ficavam cada vez mais próximos. Os dois saiam todos os dias a cavalo e passavam horas cavalgando pelos arredores da propriedade. As aulas se tornaram muito mais produtivas, já que James se mostrou muito avançado e instruído, graças às aulas que sua mãe e seu pai lhe deram.
Em uma manhã, enquanto estudavam francês, Mary foi chamada por Gerald.
- Seu pai deseja vê-la milaide. Ele aguarda em seu escritório.
Mary sentiu as pernas fraquejarem. Já se passara quase três meses da morte de sua mãe e ele não havia dado nenhuma noticia.
- Avise que logo o encontrarei Gerald, obrigada.
Em seu quarto Mary pôde respirar fundo e colocar seus pensamentos no lugar. Imaginou como seria perder a pessoa que você ama, como seria não ter mais esperanças. Tomou coragem e foi encontrar o marquês.
Mary bateu na porta do escritório de seu pai e ouviu sua voz a mandando entrar. Seu pai estava de costas e parecia ter perdido muitos quilos, apesar de ainda ser um homem alto e forte. Ele se virou lentamente e a olhou com os olhos repletos de lágrimas. Ela estava preparada para um tratamento de frieza, mas não para aquilo.
Ele se aproximou rapidamente se ajoelhou na frente de Mary, segurou suas mãos e disse:
- Filha eu, eu nem sei o que dizer, senti tanto sua falta.
Mary olhou os olhos verdes de seu pai, iguais aos seus próprios, olhos que antes sempre escondiam um sorriso e agora estavam cheios de dor.
- Eu estava bem aqui, respondeu ela, bem aqui onde me deixou sozinha, sem notícias.
- Eu sei Mary, disse ele agarrando ainda mais suas mãos, eu sei, não espero que me entenda, mas você se parece tanto com sua mãe, e ver você me fez sofrer, pois só me fez lembrar que ela não te verá crescer e se tornar uma mulher linda como ela era.
Mary não suportou mais, se abaixou junto ao pai e o abraçou, afagando seus cabelos. Ela sabia que se parecia muito com a mãe, tanto os cabelos ruivos com cachos selvagens como todo o resto de seu corpo, a única coisa que herdara do pai foram os olhos.
- Mas você estará aqui pai, e serei a melhor pessoa que puder es ei que vocês ficarao orgulhosos de mim.
- Oh Mary, você é a melhor filha que alguém poderia ter, eu não te mereço. Sei que te deixei sozinha enquanto você sofria, mas se você me perdoar filha, juro que passarei o resto dos meus dias me redimindo.
- Claro papai, eu te amo muito e nós somos uma familia e familia nao se abandona.
Os dois se abraçarame ficaram assim por algum tempo. após se recomporem, sentaram-se num sofá e Mary foi atualizando o pai sobre os acontecimentos.lhe contou sobre a inundaçao e sobre as medidas implantadas, assi como as mudanças que teve que fazer nos sistema de irrigação. seu pai sorriu ao ouvir isso. Sabia que a filha se sairia bem.
- Creio que temos um novo morador em nossa casa. o que você acha dele querida?
- Bem, disse Mary sem jeito, ele é bastante educado e muito inteligente. tem frequentadomas aulas como o senhor pediu e está se saindo muito bem. Tenho certeza que a senhorita Hall lhe contará tudo.
- Hum, e o que mais filha, pode dizer .
- É...no início tive medo dele, achei que teria raiva de nós pelas circunstâncias que seu pai morreu, mas depois conversamos e agora somos amigos.
- Certo, disse o marquês pensativo, scho melhor voce ir descansar agora querida, preciso resolver algumas, mas jantaremos juntos com toda certeza.
- Está bem papai, até mais tarde.
mary se levantou, beijou o rosto do seu pai e foi para seu quarto.
Henry Conway, 8° Marquês de Hertford ficou observando sua filha sair. Realmente ela era muito parecida com a mãe, dolorosamente parecida, mas na verdade isso deveria ser um consolo, ja que assim poderia se lembrar sempre dela.
Balançou a cabeça para afastar os pensamentos dolorosos, Já havia se escondido tempo demais. Pessoas dependiam dele e da sua posição. levantou-se e foi procurar Gerald para conversar sobre James Ward.
- Conte-me Gerald, pediu o Marquês, o garoto James como se comportou?
- Se me permite dizer senhor, o garoto é muito educado. No início mostrou-se arredio, mas logo se acostumou com todos da casa Hetford. Frequenta as aulas com Lady Mary e segundo os relatorios da senhorita Hall, está se saindo muito bem. Nao recebi qualquer reclamção dele ou de seu comportamento.
- Isso é ótimo Gerald. Obrigado e peço que me perdoe por ter me ausentado e por não lhe avisar antes sobre ele. em meio a toda confusão, me esqueci completamente.
- Não precisa se desculpar milorde, meu trabalho é servir-te.
o Marquês se levantou, aproximou do velho mordomo, tocou-lhe o ombro cansado e disse:
- Você faz muito mais que isso, meu amigo. Mas por favor, peça que chamem o senhor Ward. Já protelamos essa conversa a tempo suficiente.
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Quebrando Barreiras - DEGUSTAÇÃO "DISPONÍVEL NA AMAZON"
RomanceQuando duas almas feridas se encontram em meio ao sofrimento, talvez não se deixem levar pelo amor. Jamie e Mary lutam contra seus fantasmas para que possam ficar juntos. Mas será mesmo que o amor cura tudo?