religiosos do tempo de Cristo

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Um estudo interessante sobre os grupos religiosos da epoca de Jesus!

I. Escribas
Os escribas ficaram conhecidos nas páginas do Novo Testamento como doutores da Lei (Mt 13.52) por serem profundos conhecedores das Escrituras (Ed 7.12). Eles não podem ser estritamente definidos como uma seita, mas sim, membros de uma espécie de “academia” dos tempos bíblicos; por isso, se sentiam no direito de interpretar a Lei para o povo judeu (Mt 23.1-7).

Por que a influência dos escribas pode ser considerada prejudicial ao evangelho?

1. Monopolizavam a interpretação da palavra de Deus (Mc 12.28-34)

Eram tão audaciosos que chegavam a afirmar que os seus mandamentos excediam em dignidade os mandamentos de Deus. Diziam eles: “As palavras dos escribas são mais amáveis que as da Lei; entre as palavras da Lei, existem as importantes e as banais; as dos escribas, todas são importantes” (Luis Claude Fillion, Enciclopédia da Vida de Jesus, p.99).

2. Determinavam as regras para liturgia do culto (Mt 23.13

Por ocuparem uma posição de destaque, os escribas decidiam quem deveria participar das reuniões.

3. Negligenciavam o mandamento de Deus e guardavam suas próprias tradições (Mt 23.2-3)

“Não tinham escrúpulos em equiparar seus ensinamentos e preceitos humanos (Mc 7.7) aos mandamentos do próprio Deus”

Aplicação
Os escribas difamavam Jesus publicamente e jogavam o povo contra Ele, acusando-O de expulsar demônios pelo maioral dos demônios (Mc 3.20-22).

II. Fariseus
“Fariseu” deriva de um vocábulo hebraico que significa “separado”. Denomina um grupo de judeus extremamente apegados à Torá, o livro sagrado dos judeus ( Jo 3.1; Mt 22.34-40). Formavam, entre o povo judeu, uma espécie de comunidade à parte (Mt 22.15). Eram a elite do povo. Não se misturavam. Escribas e fariseus eram simpatizantes entre si. Há fortes indícios de que alguns escribas eram também fariseus.

Lucas nos dá uma ideia exata de como era o procedimento dos fariseus (Lc 16.14-15; 18.9-14) e registrou que Jesus os considerava condutores cegos e falsos guias (Lc 11.37-44). Jesus os reprovou por várias razões.

Insultavam Jesus repetidas vezes, pois não toleravam vê-Lo realizando milagres no sábado (Lc 6.7; Mt 12.1-8; Jo 9.13-16).
Levantaram-se contra Jesus de comum acordo com os saduceus (Mt 16.1 e 6). Por outro lado, eram bastante otimistas quanto a uma intervenção divina na redenção final da nação judaica.
Afastavam pessoas que a princípio haviam crido em Jesus. Com evidente ódio e calúnia, instigavam o povo contra Jesus.
Agiam com hipocrisia e ostentação. A piedade de muitos deles não passava de orgulho e fingimento (Mt 23.1-12).
Aplicação
Os escribas e fariseus vivem ainda hoje e estão presentes em algumas de nossas reuniões. São os que aceitam a lei como uma carga e os que agem por interesse e por ostentação. Somos advertidos por Jesus a acautelar-nos do fermento dos fariseus (Mt 16.6).

III. Sacerdotes
A palavra “sacerdote”, em português, vem do latim sacer e significa “sagrado”, “separado”. Os sacerdotes eram ministros religiosos, habilitados para participar e conduzir as cerimônias religiosas de culto. Estavam divididos em três categorias: os sumos sacerdotes, os sacerdotes e os levitas.

Vejamos a distribuição e função dessa classe religiosa. “Os sacerdotes haviam sido distribuídos por Davi em vinte e quatro classes (1Cr 24.1-19). Em Lucas 1.5, lemos que esta organização subsistia ainda na época de Jesus” (Luis Claude Fillion, Enciclopédia da Vida de Jesus, p.95).

Os evangelhos só mencionam dois sumos sacerdotes: Anás e Caifás (Mt 26.57 e Jo 18.13-14). Em geral, o sumo sacerdote era uma figura importante, religiosa, social e política (Mt 21.23-27). “Esperava-se do sacerdote que servisse de mediador entre algum poder divino e os homens, e também que fosse capaz de pronunciar-se sobre questões éticas e legais, além de prever o futuro” (R. N. Champlin, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 6, p.16).

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