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Eu estava de pijama ainda e cabelo totalmente bagunçado.

- Bom dia. - ele sorri - Quer sair comigo?

Ele estava olhando diretamente nos meus olhos e em momento nenhum comentou da minha aparência.

- Sair em qual sentido? E agora? - falo amarrando o cabelo e passando a mão no rosto pra tirar resíduos de baba.

- Pra falarmos sobre o caso. E sim, é agora! - fala com firmeza - Tem um restaurante ali. - Ele olha para o relógio - e são quase 12:00, vamos almoçar lá. Te espero lá.

Piscou e saiu.

Fechei a porta sem entender nada e subi correndo pra tomar banho.

Vesti um jeans, e uma blusa qualquer, coloquei um chinelo e fui.
A cada passo que dava conseguia ter uma visão perfeita dele, de qualquer ângulo ele era lindo. Tinha cabelo curto, não passava do pescoço, ondulado. Estava vestido de camisa casual e um short jeans, eu sempre o via de terno e ver ele daquele jeito me despertou algo diferente.

- Cheguei. - puxo a cadeira e sento na sua frente. - ele ignora por alguns segundos e logo me olha. 

- Estava escolhendo o que queria. O que você quer? Por minha conta.

- Eu já venho aqui e eles já sabem o que como sempre.

Olho pro garçom e aceno.

- O de sempre por favor.

Ele pede e o garçom se retira com os pedidos.

- Eu sonhei com ela hoje. - falo apoiando a mão no rosto e olhando pra ele. - Por mais que tenha sido um sonho, acho que descobri alguma coisa.

- O que? - ele fala num tom duvidoso, como se fosse bobeira. Talvez seja.

- Que talvez, ela tenha morrido por algum desafio do jogo.

- Tem essa possibilidade. Mas qual seria o desafio?

- Escolher entre ela ou eu. - vejo o sorriso sarcástico formando em seu rosto. - Sei que pode ser bobeira, pode rir se quiser, mas eu acho que pode ser isso.

- Não disse nada!

O pedido chega.

- Te chamei aqui pra gente falar da relação que você tinha com ela. Irei te fazer perguntas e você responde, ok?

Só mexi com a cabeça dizendo sim.

Ele fez muitas e muitas perguntas e aquilo estava me deixando mal, fez até as perguntas mais íntimas.

- E por último. - ela escreve algo no caderno - Ela tinha algum inimigo?

- Era o que ela mais tinha. - gargalho

- Mas qual era o pior? - pergunta não me olhando

- Alex. Ela seria capaz de tudo pra ver ela pra baixo, elas foram até amigas por um tempo.

- Entendi. - ele fecha o caderninho. - Por hoje é só, obrigada.

Ele guarda o caderno em seu bolso, mas não se levantou da mesa.

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⏰ Última atualização: Apr 02, 2021 ⏰

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Caso 19 - H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora