Hale passa a esponja pelas minhas costas, e distribui beijos pelos meus ombros. Mesmo com a água quente, sinto seus lábios me queimarem.- O que você está fazendo comigo, Tyler? – pergunto.
- Como assim, baby? – ele me abraça por trás. Sinto seus músculos em minhas costas.
- Eu nunca pensei que poderia ser assim, tão...
- Sádico. – ele me completa, e eu faço que sim com a cabeça enquanto mordo os lábios. – Isso significa que estou indo na direção certa. Dylan, eu quero te mostrar meu mundo. Todos temos um lado obscuro, sádico, só precisamos de um acionador. Eu sou o seu.
Ele me vira e ataca meus lábios, nunca me cansarei de sentir sua barba roçando minha pele e sua língua sugando a minha.
- Devo agradecer por me mostrar esse lado?
- Não, eu que devo agradece-lo. Eu te ensino a arte do sadismo, e você me ensina a arte da vida. – ele me pega em seu colo, envolvendo minhas pernas em sua cintura e segurando minha bunda. Coloco meus braços ao redor de seu pescoço.
- Posso te perguntar algo?
Eu estava relutando para que não perguntasse isso, mas não consigo me controlar, eu preciso saber.
- Claro, baby. – ele me dá um selinho.
- Quem foi seu acionador? Quero dizer, algo lhe deve ter acontecido para que você seja assim, certo?
Ele abaixa a cabeça por um instante.
- Não quero que se preocupe com isso, Dylan. – eu desço de seu colo, e o olho nos olhos. Por ele ser mais alto, bem mais alto, ergo minha cabeça e seguro seu maxilar em minhas mãos, o fazendo olhar para mim.
- Eu quero me preocupar, Tyler. Pode parecer estupidez, mas eu quero cuidar de você.
Ele parece surpreso por um instante. Hale coloca suas mãos sobre as minhas, e vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto.
- Isso foi... Obrigado, Dylan. – ele me beija calmamente. – Só uma pessoa havia dito isso em toda minha vida.
Meu coração dispara, não achei que o que eu havia dito seria tão forte. Eu o abraço, ele põe sua cabeça em meu pescoço, me apertando forte, me puxando para perto de si.
- Menos de um mês que estamos juntos... – diz ele me beijando. – E eu não quero que você se afaste nem por um segundo.
Sorrio e o abraço de novo, dessa vez encosto minha testa em seu peito. Pego a esponja de sua mão, e a ensaboo.
- Posso? – pergunto me referindo ao seu peitoral. – Você nunca me deixou toca-lo... Não aqui.
- Eu confio em você. – ele diz, mas não sinto muita segurança em sua voz.
Passo com delicadeza. A esponja percorre seu peitoral, descendo até seu tórax, e seu abdômen. Ele treme um pouco com meu toque. Seus olhos se fecham, enquanto a água escorre pelo seu corpo. Sei que ele tenta controlar sua respiração.
Suas mãos se fecham em meu pulso, me afastando de seu corpo.
- Dói... – ele diz, e realmente há dor em seu rosto. – Me desculpe.
- Não precisa se desculpar, quando estiver pronto... Okay?
- Obrigado, baby.
Meu maxilar ainda dói um pouco, devido a brincadeira de horas atrás. Termino de escovar os dentes e me sento na cama, esperando Hale, que se arruma. Estamos vestidos com roupas comuns, quero dizer, as roupas comuns para ele. Essas peças que visto, devem valer meses de aluguel no apartamento em que moro com Amelie. Penso nela por um momento, faz alguns dias que não volto para meu apartamento... De acordo com ele, não é um jantar formal, mesmo que eu ache uma coisa especial se assumir para seus pais, e ainda apresentar um cara!
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Shades Of Cool
Romance- Costas arqueadas, e nem uma palavra. - a ponta do chicote arrepia meu pescoço, meus joelhos doem por conta da posição que estou. - Tyler, eu... - tento dizer, mas levo um tapa no rosto. Não vejo nada, pois meus olhos estão tapados pela gravata. ...