Caught You Boy

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Isso foi interessante. Acho que nunca senti algo assim em toda minha vida. Meu corpo está em êxtase. Por que Tyler mexeu tanto assim comigo? Nunca antes fiquei excitado assim, de repente. Dirijo pelas ruas, com o pensamento longe. O que aquele homem tem pra me causar isso? Além do mais, o que significou aquilo de "Quer descobrir?". Sim, eu me segurei para não dizer que queria, e jogar no chão o resto de dignidade que me restava.

Chego em casa em alguns minutos, e assim que chego, sou bombardeado por perguntas de Amelie.

- Calma, calma. Saberá de todos os detalhes...

~...~

- Não acredito nisso! Ele está interessado em você! – ela bate palmas.

- Você não deveria estar doente, ou algo do tipo? – pergunto rindo de sua reação.

- E você deveria estar dando para um magnata bonitão! Meu deus, quem diria, o famoso Tyler Hale, disputado por quase toda Seattle, é gay. – ela se senta ao meu lado, roubando meu sorvete.

- Uma coisa eu posso dizer: ele é intimidante. Mas, sei lá, não acho que esteja interessado por mim. – digo sem esperanças. – De qualquer forma, ele é só mais um riquinho arrogante.

- Ah, pelo amor de deus, Dylan! E não são todos iguais? – rimos do comentário.

- Bem, não importa agora, somos de mundos diferentes, Amelie. Provavelmente eu nunca mais o veja...

Três dias desde a entrevista se passaram e nada de novidades. O dia na Corrigan's como sempre é extremamente chato. Quase nunca tem clientes, e hoje não seria diferente. Além do mais, o avental que uso é completamente ridículo. Eu queria ser uma daquelas pessoas que diriam "Tudo bem, é só temporariamente", mas pelo jeito não é. Em algumas semanas terei a última prova de meu curso de Literatura da faculdade, e a partir daí, irei sair distribuindo currículos para editoras espalhadas por todo o EUA. Estou repondo o estoque de fita adesiva em uma prateleira quando ouço o sininho da entrada, avisando que alguém entrou. Vou até lá, amarrando meu avental de volta.

- Bem-vindo ao Corrigan's, em que posso... – ao levantar minha cabeça, disfarço o susto. – Sr. Hale! O que faz aqui? – tento esconder meu nervosismo ao ver ele.

- Pode me chamar de Tyler. Vim comprar alguns materiais. – ele mantém a formalidade até mesmo em horários não formais.

- Pensei que teria alguém para fazer isso para ti. Afinal, não disse na entrevista que tem o seu "pessoal"? – digo sarcástico. Não é possível que eu fique a sua altura, já que ele é pelo menos 20cm maior que eu. O que será mais que poderia ter 20cm? Meu deus Dylan, afaste esses pensamentos!

- Gosto de fazer algumas coisas por mim mesmo, tem algum problema? – ele sorri de lado, e faz referência para que andemos pelos corredores. – Podemos?

- O que tem em mente? – seguimos pelo corredor.

- Cordas. – o levo até a seção de cordas, odeio me sentir observado enquanto ele faz questão de andar atrás de mim.

- Preferência por cor, ou tamanho?

- Vermelha. – começo a enrolar a vermelha em meu braço. – Eu lhe digo quando parar.

Enquanto vou enrolando, sinto sua respiração em cima de mim. Droga, eu não posso me excitar agora. Ele coloca a mão sobre a minha, e então pego a tesoura para separar sua parte da corda, do resto que fica.

- Algo a mais?

- Apenas isso, Sr. Steele. – vamos em direção ao caixa.

- Pode me chamar de Dylan. – sorrio educado para ele, e lhe digo o preço. – Então parou sua caminhada apenas para comprar... Corda? – lhe entrego a mesma em uma sacola.

Shades Of CoolOnde histórias criam vida. Descubra agora