1° Capítulo

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Mais um dia, igual aos outros, tenho que seguir minha rotina e ajudar minha mãe no trabalho.

-Cuide de tudo, eu irei buscar algumas verduras e legumes, volto antes de ir para faculdade. -Aceno e ela sai da casa.

Somos cuidadoras de idosos em um asilo aqui em Chelsea, não acredito que tem pessoas que abandonam essas senhoras e esses senhores.

-Minha filha, como está com os estudos? -Sra. Ana pergunta e eu dou um sorriso.

-Ótimo, logo serei médica e cuidarei de muitas pessoas.

-E os namorados? -Sr. Lincoln pergunta e eu coro desviando o olhar.

-Lincoln, não faça esse tipo de pergunta, é vergonhoso. -Ela lhe dá um tapa me tirando um sorriso.

-Por quê? Ela é linda e deve ter muitos aos seus pés. -Sorri e eu fico mais vermelha. -Quando vai nos apresentar.

-Sr. Lincoln, eu não estou namorando, estou focada nos estudos.

-Pode fazer os dois ao mesmo tempo. -Ela fala e então minha mãe chega.

-Prontinho, te espero a noite. -Diz e eu saio de casa com minha bolsa, entro no ônibus e então espero até chegar em meu destino.

Nossas vidas são simples, não passamos fome graças ao asilo, mas só faço faculdade por causa de minha bolsa de estudos, sonho em um dia poder ter minha própria casa, meu carro e quem sabe um marido.

Para tudo isso acontecer, primeiro tenho que pensar no presente. No caso minha faculdade e o mais importante, minhas notas.

-Desculpe. -Digo quando esbarro em um cara, o estrondo me faz tampar a boca. -Meu Deus, perdão. -Olho para moto que agora está no chão.

-Vai ter que pagar. -Me arrepio com a voz grossa atrás de mim, que não seja o Maycon. -Ei, nerd.

-Perdão, sabe que não tenho dinheiro, vai no asilo todos os dias. -O olho e ele revira os olhos.

-Só vaza daqui -Diz e eu saio correndo, bato em uma pessoa.

-Menina, devagar. -Encaro Soph.

-Oi, você viu? Paguei o maior mico de todos os tempos. -Digo me sentando e escondendo meu rosto.

-Nem tanto, ele pelo menos não te fez pagar pelo... -Para de falar e eu a olho, está encarando alguma coisa. -Aquilo, é a razão por eu amar essa cidade.

-Do que está falando? -Pergunto e ela sorri.

-Aquilo é um verdadeiro Deus Grego. -Me viro e vejo um carro, não sei qual, mas é lindo. Como ela sabe que é um Deus grego se nem saiu do carro? -É a sua chance de desencalhar, é novo e badboy, parece ser bem... quente.

-Não obrigada, irei ficar com os estudos. -Só pelo carro?

-Então ele será meu. -Fala e eu reviro os olhos. -Olha.

Volto minha atenção para o carro e então a porta se abre, um cara sai de dentro dele e seus cabelos são loiros escuros, ele está usando óculos aviador e meu Deus, ele é a definição de Deus Grego.

-Pode ficar. -Digo a olhando e ela revira os olhos, morde o lábio ainda o olhando e eu me concentro em meu livro. -Quando que vai ser a prova? No primeiro ou segundo horário? -Pergunto e sou ignorada, a olho e ela está olhando para além de mim.

Me viro e vejo o cara encostado em um pilar olhando em volta, está com os braços cruzados e percebo virar a cabeça lentamente.

Para em mim, fico o olhando e vejo o exato momento em que tira seus óculos e seus olhos se encontram com os meus, parecem ser azuis, não consigo ver direito, mas ele não para de me olhar, sinto meu corpo aquecer e minha respiração ficar descompassada.

-Vadias chegando em três, dois, um... -Diz e vejo Carly e Lisa se aproximar e ele apenas me olha, porque está me olhando? -Ele não para de olhar para mim.

-Para você? -A olho e ela me encara, claro que é para ela. -Eu vou ao banheiro, acho que a prova é no primeiro horário.

-Segundo, mudou e acho que foi quando estava ao banheiro ontem.

-Ok, te vejo na sala? -Pergunto me levantando.

-Claro, ao infinito... -Eu dou um sorriso.

-E além. -Digo e pisco seguindo ao banheiro, meu corpo ainda está em chamas e antes de virar a esquina eu olho para trás e o vejo ainda me olhando.

Ele estava olhando para mim, não para Sophia, mas porquê? Esquece, não tem o porque ficar pensando nisso, foca apenas nas matérias.

Assim que saio do banheiro bato em alguém, um corpo duro e grande, olho para cima e seus olhos azuis me olham.

-Deveria olhar por onde anda. -Diz e sinto meu corpo se arrepiar.

-Não deveria estar na frente do banheiro feminino. -Falo e ele ergue a sobrancelha. -Desculpa...

Nunca fui de responder, não rudemente pelo menos, ele continua me olhando e então lembro da aula.

Me viro saio seguindo para minha sala, entro me sentando na primeira cadeira ao lado de Sophia.

Logo a porta se abre e ele passa por ela, a professora lhe apresenta como Christopher, de Detroit. Ele dá um sorriso mínimo quando percebe as meninas babando por ele, assim como minha amiga ao meu lado e a professora, reviro os olhos e cruzo os braços, nem é tudo isso.

-Mary, faz o favor de mostrar o campus para o Sr. Kenner?

-Porque eu? -Pergunto e ela para de babar e me olha. -Tá, pega a matéria para mim. -Mando Soph que apenas acena.

Andamos pelo campus, falo o básico do básico, nem conheço inteiro imagina apresentar.

-E então? -Eu o olho. -Qual a boa para hoje?

-O que? -Ele me encara. -Do que está falando?

-Perguntei o que tem de bom para fazer hoje?

-Não saio muito, deveria perguntar para minha amiga ou para os idiotas do time de futebol.

-Sua amiga? A loirinha? -Cruza os braços e eu aceno. -Qual o nome? É bonitinha. -O olho.

-Sophia, ela está afim de você. -Digo e ele fica me olhando. -O que foi? -Coro com o seu olhar.

-E você? -Eu o encaro. -Afim de alguém?

-Isso não é minha praia. -Nego e ele ergue a sobrancelha.

-É lésbica? -O olho abismada. -Falou que não é sua praia.

-Ah, não quis dizer isso. Eu não estou afim de ninguém, quero focar no estudos. E falando nisso, temos que voltar. -Falo e saio andando, meu Deus, como se respira?

amei esse cara...

O Aluno NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora