8° Capitulo

63 4 0
                                    

Assim que saio para o corredor eu a vejo andar para a saída. Corro atrás dela que quando percebe anda mais rápido.

-Espera! -Chamo e ela me mostra o dedo médio. -Sophia...

-Você mentiu para mim, justo para mim. -Se vira rapidamente me obrigando a parar antes de bater nela. -Desde quando mentimos uma para outra?

-Eu não menti... -Ela se vira e eu seguro o seu braço. -Não temos nada, apenas rolou... eu não sei como explicar, mas realmente era verdade, quando ele chegou, não ia rolar nada, até ontem...

-O que rolou ontem? -Me olha e cruza os braços. -Diz!

-Coisas... -Falo desviando o olhar.

-Transou com ele? -Pergunta com naturalidade e eu a olho.

-O que? Não! Acabei de conhecer ele.

-Então o chupou. -Fala e eu nego ficando constrangida. -Deixou ele te chupar?

-Por aí, me perdoa, eu ia te contar...

-Não ia, eu te conheço, não iria contar até pensar em um jeito de não me magoar. O que foi uma tentativa falha, já que me magoou muito.

-Sophia... desculpa...

-Não preciso de alguém na minha vida que mente para mim, realmente estava gostando dele, mas vida que segue, me dá um tempo, não quero nem te ver.

-Como assim? É minha melhor amiga, única...

-Estará bem acompanhada. -Diz se virando e me deixando no corredor sozinha, perdi minha melhor amiga.

Ando pela rodovia enquanto sigo para casa. Não fiquei nas outras aulas, não estava com cabeça para isso.

Muitas pessoas iam achar que Sophia está exagerando, mas eu entendo o lado dela, eu disse desde o começo que não queria nada com ele, mesmo sentindo coisas... mas no fim eu menti para ela.

Estava certa que eu iria mentir mais, até falei com Chris para ele não contar. Mas eu estava pensando em um jeito de não a magoar, o que está bem na cara que não deu certo.

-Te achei! -Grito de susto e olho para Chris que está dentro do carro. -O que deu em você, sair essa hora sozinha!

-Já fui embora várias vezes sozinha quando Sophia estava no estágio.

-Deixa eu adivinhar, mentia para ela dizendo que ia pegar um táxi? -Ergo a sobrancelha.

-Sério isso? -Suspiro e volto a andar, ele me chamou de mentirosa.

-Bebê. Eu não quis dizer isso...

-Sim, você quis. Eu não minto o tempo todo, apenas não podia gastar dinheiro e não iria ficar devendo para ela.

-Ei, tudo bem. -Diz me segurando e suspiro. -O que foi? -O olho e ele se encosta no carro segurando minha cintura, fico entre suas pernas, apoio minhas mãos em seu peito.

-Ela pediu um tempo... foi complicado. -Digo e ele acaricia meu rosto.

-Vai dar tudo certo, logo voltarão a fazer as pazes.

-É, agora eu não tenho mais amiga, ela era a única.

-Tem eu, nunca vou te abandonar. -Promete e eu o abraço, ele me aperta em seus braços. -Vou te levar para casa.

-Não posso, ainda falta quatro horas para as aulas acabarem. -O olho e ele fica me olhando.

-Então vamos para a minha. -Dá de ombros e eu nego. -Eu não vou te obrigar a transar comigo, relaxa. Talvez apenas te dou beijos, mas isso não conta.

Sorri e eu reviro os olhos, ele beija minha testa e me afasta abrindo a porta.

-Obrigada...

-E a partir de agora não quero te ver andando sozinha, se quiser ir para algum lugar me liga que eu te levo.

-Não quero que gaste gasolina para isso.

-Sério? -Me olha e eu dou de ombros. -Não me importo em gastar gasolina com uma pessoa que eu amo.

Eu dou um sorriso e olho para fora da janela, seus dedos entrelaçam com os meus enquanto seguimos pelas ruas.

-Onde estamos? -Ele me olha.

-Norte. -Diz apenas e eu olho para as casas pequenas, ele para na frente de uma verde musgo. -Bem vinda.

-Mora sozinho? -Ele está me olhando.

-Desde que meus pais morreram sim. -Fala e eu olho para ele, não desvia o olhar.

-Sinto muito...

-Não sinta. Eles não mereciam viver. -Dá de ombros e sai do carro, o que ele quis dizer com isso?

Seguimos para dentro, o carro de Chris é o único importado por aqui, já que é um AUDI.

Dentro da casa tem apenas a sala que está na porta da direita e a cozinha um pouco mais ao fundo, tem uma escada de frente com a porta de entrada que leva para o quarto.

-Está me olhando. -Falo e o olho. Está debruçado nas costas do sofá de dois lugares.

-Falei que gosto de observar, principalmente alguém como você. -Coro desviando o olhar para alguns porta retratos.

Sigo até eles sentindo o seu olhar em mim. Olho cada um vendo que são de pessoas desconhecidas por mim, apenas reconheço Chris, então olho para uma que me chama a atenção, pego em minhas mãos e reparo em um garotinho e uma mulher, os dois tem o mesmo sorriso.

-Sua mãe. -Afirmo e o olho, está no mesmo lugar. -Era linda...

-Ela ia gostar de você. -Diz baixo e eu dou um sorriso voltando meu olhar para a foto, reparo em uma casa ao fundo, uma mansão.

-Morava aqui? -Pergunto o sentindo atrás de mim, suas mãos seguram minha cintura. -Porque não mora mais?

-Porque a casa não é minha. -Diz e eu o olho. -Não vou morar em um lugar que nunca me pertenceu.

-Não entendi, se o seus pais moravam então também era sua.

-Não. Era dos meus pais, que conseguiram com dinheiro sujo.

-Como assim? -Ele suspira e coloca uma mexa do meu cabelo atrás de minha orelha.

-Quando estiver na hora certa eu te conto. -Fala e me dá um selinho. -Agora eu quero passar um tempo com você, do melhor jeito possível.

Diz sorrindo e voltando a me beijar, tira a foto de minhas mãos colocando no armário e minhas mãos sobem para seu pescoço, ele me pega me obrigando a entrelaçar minhas pernas e me deita no sofá, logo em seguida me tortura deliciosamente com sua boca, língua e dedos.

Sem palavras...

O Aluno NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora