Capítulo Final

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Arfo quando a porta se quebra e eu caio no chão do corredor, as pessoas me olham e correm quando ela aponta uma arma.

-Sério? Achei que ia socar minha cara. -Falo e ela revira os olhos.

-Sabe, gostaria muito de te ver sofrer.

-Aproveita que minha agenda esta livre. -Debocho e chuto sua mão.

Ela me chuta e eu gemo, me afasto rastejando no chão, desvio dos chutes e a empurro com um pé, me levanto e tento correr, gemo quando segura meu cabelo, me fãs andar até a escada, tento me soltar e antes de conseguir me joga pelas escadas, protejo minha cabeça com os braços, quando termino de rolar gemo.

-Mary? -Tento mandar ar para meus pulmões.

-Oi amor... tenho visita. -Brinco sentindo meu ferimento latejar e meu corpo doer.

-O que ela faz aqui? -Quando vai me ajudar a levantar eu nego.

-Quebrei alguns ossos. -Digo baixo e cuspo o sangue.

-Tirem essa mulher daqui! -Manda e ela é expulsa pelos seguranças. -Enfermeiras.

-Estou bem... -Digo e uma enfermeira toca meu braço. -Aí! Não estou bem... está doendo.

-Eu sei bebe, vai ficar bem. -Me colocam em uma maca.

-Direto para o raio X. -Pede e logo não vejo mais nada.

***

Sons de bips começam a invadir minha cabeça, a fazendo doer com o toque agudo, abro os olhos me acostumando com a claridade.

-Chris... estou grogue.

-Eu sei, te deram anestesia. -Fala e sinto sua mão na minha, beija minha testa. -Como se sente?

-Mal... ela é louca. -Falo baixo e rouco.

-Vamos resolver isso. -Promete e eu concordo.

-Vamos embora, sumir, ela não vai conseguir nos achar.

-Vai, ela é boa com isso, vou mata-la.

-Não a acho que isso seja necessário. -Ele se senta ao meu lado. -Nao acho certo que tire a vida de alguém.

-Também não é justo ela te matar, mas quase conseguiu.

-Mas não conseguiu. -Digo e ele me ajuda a sentar. -Pensa nisso, podemos a denunciar.

-Acha mesmo que tudo o que ela fez não tera pena de morte?

-Isso é o juiz quem vai decidir. -Falo e ele fica me olhando. -Por favor, vamos acabar logo com isso, estou cansada de quebrar ossos.

-Tudo bem, vou falar com Cristal e Stefan, eles podem ajudar a conseguir a ficha dela e podemos fazer uma armadilha.

-Eu sou a isca, né? -Acena e suspiro fechando os olhos. -Espero não quebrar mais ossos.

-É forte, vai superar. -Beija minha testa.

Ando de um lado para o outro, o plano tem que dar certo, isso é certeza, preciso que minha mãe fique segura, que eu termine a faculdade e consiga o emprego dos meus sonhos.

-Ora, ora. -Olho para trás. -Tão fácil?

-O que está fazendo aqui? -Pergunto recuando e ela brinca com sua arma.

-Quero conversar...

-Chris está chegando, vai acabar com você.

-Estranho, não está mais desafiadora... o que aconteceu?

-Meio que não quero mais quebrar ossos.

-Bom, posso ajudar com isso. -Fala e eu nego me afastando. -Vou contar até 3.

Antes de começar a contar eu abro a porta do apartamento e corro pelo corredor, ela corre atrás de mim, desço as escadas sentindo as dores em meus ferimentos, ela me empurra e eu rolo escadaria abaixo, gemo batendo na parede, corro mancando e vou para o carro, ligo e acelero saíndo dali.

A vejo pelo retrovisor com seu carro, acelero mais sentindo a dor em minha cabeça, a tontura vem, e freio no ponto de encontro, antes de conseguir parar bato o carro no poste, arfo abrindo a porta e saindo do mesmo, me rastejo pelo chão. Chris me ajuda a levantar, eu o abraço, olhamos os policiais a prenderem, ela grita que vai se vingar, Cristal, Stefan e Soph se aproximam.

-Olha para a luz, a segue com os olhos. -Faço isso e ela suspira. -Esta bem.

-Com mais alguns ossos quebrados. -Digo baixo sentindo suas mãos em mim.

-Acabou, agora vão a prender e daqui algumas semanas iremos para o tribunal saber qual será a sentença dela. -Stefan fala com os braços cruzados.

-Porque bateu o carro?

-Ela me empurrou das escadas, de novo. -Digo e suspiro. -Bati a cabeça.

-Então vamos direto para o hospital. -Soph fala e seguimos para o hospital onde Sophia trabalha.

Quatro meses depois

Entramos no tribunal e me sento ao lado de Chris, entrelaço nossos dedos enquanto esperamos, bato a perna nervosa, o advogado dela parece ser muito bom, mas não tanto, me chamam para depor.

Conto tudo o que ela me fez, em seguida os outros, quando chega a vez de Cristal ela mostra a ficha suja dela e gravações de todas as coisas que eu falei.

-O tribunal chegou a uma conclusão, Beatriz Mikelson, condenada a prisão perpétua, sem tempo para liberdade e sem fiança, caso encerrado.

Nos levantamos e abraço Chris enquanto ela grita sem parar que vai me matar, ela é levada e eu escondo meu rosto no peito do homem que eu amo.

-Finalmente acabou. -Digo e o olho, ele suspira.

-Só vai acabar quando eu a ver morta em um caixão, mas até lá posso me contentar com isso.

Minha vida com Chris voltou ao normal, minha mãe ainda está sendo difícil comigo, mas conversamos o suficiente.

Christian comprou um apartamento perto do campus, eu reclamei por isso, então implorei para cuidar das contas de casa.

Soph conseguiu ser uma médica, uma das melhores na minha opinião, está namorando um dos seus colegas de trabalho que por coincidência é amigo de Chris.

Stefan e Cristal sempre estão por perto, estão juntos a mais de um mês, eles já tinham namorado antes de tudo, parece que esse reencontro fez com que eles se unissem ainda mais.

Triz foi morta, parece que quando ela foi presa pela última vez tinha arrumado muitas inimigas, o que resultou de a pegarem quando ela retornou.

Hoje é nossa formatura, estou esperando Chris que está atrasado como sempre, ando de um lado para o outro, disse que só ia pegar algumas coisas no carro, ainda temos que ir para a festa, entregaram os diplomas a alguns minutos.

-Não vi sua mãe. -Olho para Soph.

-Ela não veio. -Digo e ela me abraça. -Estou bem, nossas vidas estão sendo incríveis e estamos felizes.

-Exatamente, estamos vivendo felizes para sempre. -Cristal fala se aproximando.

-Igual os contos de fadas que Mary assiste. -Dou um sorriso para Chris. -Juntos somos mais fortes. -Beija minha testa.

-Juntos somos mais fortes.

The End

O Aluno NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora