One Shots - Coleção Adam Driver

Território [Especial de Halloween]

Faziam algumas semanas desde que Peterson tinha se separado e matado Victória. Any continuava a vê-lo ronda-la, mas nada mais que isso acontecia, Peterson esperava por uma oportunidade para que pudesse falar com ela novamente, estava ficando desesperado.

Aqueles dia pareciam o inferno para ele, não tinha sua amada, não comia nem dormia bem, precisava de energia, precisava ouvir a voz dela. Ao menos com Victória essa sensação não era presente por ele estar constantemente enfeitiçado, mas agora não existia mais.

Any continuava sua saga em tentar melhorar sua vida, costumava sair com os amigos de brigada voluntária para beber e talvez morrer. O fato do governo impor uma quarentena a cidade era realmente chato, mas pessoas novas apareciam de vez em quando.

Ela conheceu Prism, um cara que se chamava assim por causa de seu cabelo brilhante, ele era legal e dava em cima dela algumas vezes, Any resolveu aceitar o cortejo para se distrair. O problema era que ela não sabia que Peterson além de trabalhar, a observava também.

Peterson teve um problema de imediato com esse rapaz, pois ele fedia como um criminoso e isso indicava que era má pessoa. Segundo problema, era que Any era sua companheira, como lobo ele sabia a quem ela pertencia, não podia deixar que ela saísse com esse cara esquisito.

- Fica tranquilo, Pet. O pessoal da brigada ta dando conta hoje... - Seu amigo disse no carro.

- É... Quem é aquele ali? - Peterson perguntou.

- Pessoal novo da quarentena, eles acham engraçado que a gente tá preso e mandam uma galera nova pra nos fazer companhia! - O homem riu.

- Aham... - Peterson rosnou.

A viatura passou e Any o viu dirigir o carro, ia passando pela rua sem se importar com ela e agradeceu por isso. Peterson terminou seu turno e andou até a casa que moraram juntos, ele tinha uma mulher para cuidar e não iria deixar aquele criminoso machucá-la.

- Aquele merdinha, ele vai ver só... - Disse resmungando para si mesmo.

Peterson era um lobo e isso significava fazer coisas de cachorro, ele desfez o cinto e colocou o pênis para fora a fim de urinar na porta de Any. Fez isso dos dois lados da porta e na entrada de trás, estava demarcando o território que era naturalmente seu e não dele.

Tinha muitas coisas de animal em sua cabeça e as vezes isso confundia as pessoas, ele tentava ao máximo ser claro em seu lado humano. Foi embora deixando o lugar vazio e voltando bem mais tarde, depois de caçar, queria ver se ele obedeceria os limites que havia imposto.

Any foi chegando com Prism em sua casa, talvez teriam uma noite de sexo e depois fingiriam que nem tinham se conhecido, transar era péssimo naquela cidade. Foi abrindo a porta e sentiu um cheiro incômodo, mas não se importou, de qualquer forma seu convidado não apreciou.

- Nossa, que cheiro péssimo é esse? - Prism perguntou.

- Não sei, mas entra, pode ser que aqui dentro melhore... - Ela o convidou.

- Não sei, eu sou meio frescurento sobre isso, posso voltar amanhã? - Ele perguntou. - Foi mal, nada pessoal mesmo, só esse cheiro forte que tá aqui fora...

- Poxa, não quer nem tentar? - Ela o perguntou. - Bem, tudo bem então, a gente se encontra amanhã mesmo?

- Sim, sem problemas! Tchau lindinha! - Ele a deu um selinho.

Peterson rosnou em seu lugar, mas sua demarcação de território havia dado muito certo, durante a madrugada iria reforçar a tática. Any ficou em dúvida do que havia acontecido, mas tentou não pensar disso algo horrível, talvez fosse apenas o momento inoportuno.