0.7: Briga, travessura e um jantar

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Quando Taeyong chegou em casa, estranhou que Jeno não estivesse em casa. Deixou a bolsa no sofá, indo pegar uma maçã na cesta de frutas. Sentou no chão da cozinha, pensando nos acontecimentos atuais. Estava tudo tão complicado, todos os dias se perguntava do por que foi perder aquele diário.

Pegou o celular, discando o número de sua fiel confidente. Sempre que precisava de ajuda, recorria a ela.

— Seulgi – falou quando a chamada foi atendida — Pode vim aqui em casa hoje a tarde? É importante. Certo, te espero aqui, até mais tarde.

Desligou, terminando de comer. Ouviu o portão abrir, e levantou do chão.

— Jeno, por que demorou hoje? – perguntou ao irmão.

— Passei na casa de um amigo – Jeno respondeu, sem encarar o irmão mais velho.

Taeyong notou um corte no canto da boca de Jeno, e soube que ele estava mentindo.

— Lee Jeno, venha cá agora.

Mesmo relutante, se aproximou do irmão, que viu o machucado mais de perto. Respirou fundo, indo até o armário e pegando o kit de primeiros socorros. Cuidou do ferimento, depois, conversou com o irmão mais novo.

— Quero que me explique o que aconteceu – Taeyong falou, sentando ao seu lado.

— Tudo bem – começou a explicar — Hoje, estávamos eu e Jisung conversando, quando o idiota do YangYang foi me provocar. Eu não me importei, mas teve uma hora que não suportei mais.

— Mas o que exatamente causou essa briga? – perguntou Taeyong.

— Ele começou jogando indiretas para mim, até aí tudo bem, mas aí ele falou do Jaemin, e isso me deixou com raiva – Jeno respondeu.

Analisando melhor a situação a atitude do irmão, compreendeu a atitude do irmão, por mais errada que fosse. Faria o mesmo, caso ouvisse alguém falando mal do seu melhor amigo.

— Não vou contar para a mãe, mas por favor, não entra mais em confusão – o mais velho pediu — Agora suba e vá tomar um banho, o almoço não vai demorar.

— Ai Tae, eu te amo – Jeno abraçou Taeyong, depois subiu e foi tomar banho.

A mãe não iria poder almoçar em casa hoje, mas prometeu aos filhos que a noite sairia com eles. A alegria foi perceptível, finalmente iriam passar um tempo maior com a mais velha.

Depois do almoço, Jeno foi fazer as atividades, e Taeyong foi esperar Seulgi na calçada. Tinha muito o que conversar com a melhor amiga, fazia tempo que não conversavam. Viu a garota se aproximar, e foi ao seu encontro.

— Noona, que saudades – abraçou-a.

— Oi nenê, também estou morrendo de saudades – Seulgi respondeu, retribuindo o abraço.

— Vem, tenho um monte de coisas para te contar – Taeyong contou animado, puxando Seulgi para dentro de casa.

Sentaram no sofá, e começaram a contar o que tinha acontecido de novo em suas vidas. Seulgi havia ingressado na faculdade de designer gráfico e estava em seu primeiro ano. Contou que conheceu quatro amigas e que agora eram um grupo. Contou também que é muito mais divertido estar na faculdade.

— Mas e você, o que tem de novidade para me contar? – a garota perguntou, assim que terminou de falar.

— Nada de muito interessante, somente as mesmas coisas de sempre – respondeu sem muita animação — Se mudou alguma coisa, foi para pior.

— Como assim para pior?

Resumidamente, Taeyong contou o que estava acontecendo recentemente em sua vida. Contou sobre como estava indo na escola, das tentativas inexistentes de conquistar seu crush, e o fatídico caso da perca do seu diário, o que causou a presença de um ''ser maligno'' lhe atormentando.

— Sabe o que eu acho? – a ruiva começou — Que esse tal Yoonoh está afim de você, e arrumou isso como pretexto para estar contigo.

— Espera, isso é sério? – riu da fala da amiga — Por favor Seulgi, não diga besteiras, o que ele quer mesmo é me fazer de idiota.

— Ah claro, super concordo – o tom de ironia era notório — Você vai ver como é verdade, minha intuição nunca falha.

Continuaram a conversar sobre assuntos aleatórios, e assim ficaram a tarde inteira. Quando estava quase de noite, Seulgi precisou ir para casa.

— Tenho que estudar para uma prova muito importante amanhã – ela justificou.

— Eu te deixo em casa, estou afim de sair – Taeyong disse, e os dois saíram juntos.

A casa de Seulgi não era muito longe, em dez minutos chegariam. A rua não estava muito movimentada, para falar a verdade, só havia os dois adolescentes e uma senhora que ia para a igreja. Ao chegar na residência, ficaram mais uns dois minutos conversando. Taeyong se despediu de Seulgi, e saiu.

No meio do caminho, ouviu barulhos de bombinhas, e imaginou ser crianças importunando os vizinhos. Seguiu sua caminhada, e ao ver de quem se tratava as ''crianças'', se escondeu o mais rápido que podia.

Era ninguém mais e ninguém menos que, Jaehyun e Minhyuk.

Certo, se eu sair disfarçadamente, não irão perceber minha presença. Aliás, por que estão estourando bombinhas na casa de um idoso?, se perguntou.

Esperou que a situação acalmasse, continuando em seu esconderijo. Planejou sair quando voltassem o foco ao que estavam fazendo anteriormente.

— Se alguém ver que é a gente, estamos ferrados – ouviu Jaehyun dizer.

Ai, se ele perceber que estou aqui, com certeza vai me chantagear, pensou. Quando passou alguns minutos – cinco, para ser exato –, se certificou de que já não estavam mais ali e saiu.

O lugar estava limpo, sem ninguém por perto. Suspirou aliviado, saindo e voltando a caminhar para casa. Mas antes, teve uma ideia genial. Com um sorriso no rosto, foi até a porta do senhor, que a abriu com cara de estressado.

— Por acaso, o senhor está interessado em saber quem estava o incomodando? – o Lee perguntou, e o senhor assentiu — Foi um garoto chamado Jung Yoonoh, estava sozinho e fugiu há uns cinco minutos atrás.

Era óbvio que não entregaria Minhyuk, nunca que faria isso. Achou justo entregar somente Jaehyun, que era o que estava merecendo sofrer um pouquinho também.

— Obrigado garoto, eu conheço esse aí, vive tirando minha paciência – o senhor respondeu gentilmente — Pode deixar que isso acaba ainda hoje.

— Por nada, não fiz mais do que a minha obrigação – respondeu, fazendo uma reverência e saindo satisfeito.

Chegou em casa e encontrou a mãe na sala, e correu para abraçá-la.

— Que saudade eu estava desse abraço, meu amor – a mulher falou, acariciando os fios rosados do filho mais velho.

— Mãe, eu também estava morrendo de saudades!

— Agora quero que você e Jeno vão se arrumar, porque vamos ao nosso passeio que eu prometi – Seohyun disse, e Taeyong obedeceu.

Subiu e chamou Jeno, mandando-o ir se arrumar, fazendo o mesmo que o irmão. Quando perguntada para onde iriam, Seohyun respondeu que a um jantar, que seria na casa de sua melhor amiga.

— Vocês vão gostar, ela tem dois filhos lindos, quem sabe vocês não são amigos, hum? – a mulher disse, enquanto dirigia.

É, quem sabe, pensaram os dois.

Secret Love - JaeYong (Volume 1) - ReediçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora