0.8: Encontros inesperados

1.1K 170 87
                                    

O carro parou em frente a uma casa branca de um andar. Saíram do carro, indo até a porta e tocando a campainha.

— Essa casa me parece familiar – Jeno disse.

— Por quê? Já veio aqui? – Taeyong perguntou.

— Não, o número. Eu acho que essa casa é do...

— Boa noite, sejam muito bem vindos – uma mulher abriu a porta, abraçando Seohyun — Que lindos! São seus filhos?

— Sim, eles mesmo – ela respondeu, mostrando quem era quem.

Depois das apresentações, entraram. Jeno e Taeyong estavam sentados no sofá, e as amigas conversavam na sala de jantar. Os irmãos, entediados de ficarem sem fazer nada, resolveram ir até o jardim.

— Essa casa é linda, e esse jardim... – Jeno comentou, admirado.

— Incrível – Taeyong complementou — Deve ser um máximo morar aqui.

Uma porta foi aberta, assustando os dois garotos ali presentes.

— Vocês são os... - um garoto apareceu – Jeno?

— Jaemin?

Silêncio. O contato de olhares não foi quebrado em momento algum. Taeyong, sem entender absolutamente nada, observava a cena. Já ouvira aquele nome em algum lugar, e lembrou-se da conversa daquela manhã. Então aquele era o garoto que Jeno havia defendido na briga? pensou Taeyong, saindo disfarçadamente dali.

Foi caminhar pelo jardim, afim de encontrar algo interessante. Havia seis cadeiras brancas em volta de uma mesa da mesma cor, flores brancas e vermelhas, luzes e algumas decorações. Um movimento se fez presente, mas o garoto de cabelo rosa imaginou ser o vento.

— Está procurando a toca do coelho que vai te levar ao país das maravilhas? – Taeyong se assustou ao ouvir aquela voz — Posso te levar até lá, só precisa me acompanhar até meu quarto.

— O quê? – perguntou, dando um passo para trás — O que você está fazendo aqui?

— Eu moro aqui – respondeu, em tom de deboche.

— Que ódio! Até aqui você vai me infernizar? Me deixa em paz, está bem? – Taeyong disse, completamente bravo, saindo dali.

Voltou para dentro, se juntando a mãe no sofá. Sentou ao lado da mais velha, encostando a cabeça em seu ombro.

— O que aconteceu, meu anjo? – Seohyun perguntou.

— Não foi nada, está tudo bem – Taeyong respondeu.

Tiffany se juntou a eles, havia acabado de voltar da cozinha e secava as mãos no guardanapo.

— Acabei de ver o Jaemin conversando com Jeno no jardim. Tenho certeza que Jaehyun está no quarto dele, vou chamá-lo – a mulher disse, para o desespero interno do Lee.

— Mãe, eu... não tô me sentindo bem, posso ir para casa? – Taeyong mentiu.

— Tem certeza? Se quiser, eu posso pedir um remédio a Tiffany... – a mãe tentou achar uma solução, mas Taeyong negou.

— Sério mãe, realmente não precisa...

Mas já era tarde, quando percebeu, o empecilho já estava presente na sala.

— Aqui está o que faltava, bem, esse é Jaehyun, meu filho mais velho.

Taeyong nem se deu o trabalho de olhar, permaneceu de braços cruzados, olhando para o lado.

— Filho, não seja mau educado, vá falar com o rapaz – Seohyun disse a Taeyong.

— Oi – falou, sem interesse.

— Eu o conheço, somos amigos, não é, Yong? – Jaehyun disse, se aproximando — Que tal irmos conversar lá em cima?

— Eu estou bem aqui – o rosado respondeu, tentando sair daquela situação.

— Tem certeza? Poxa, eu queria tanto te mostrar uma coisa – Jaehyun sentou ao lado de Taeyong, a voz vinha carregada de ironia.

Como esse garoto consegue ser tão cínico? pensou, sem conseguir acreditar.

— Tudo bem, eu vou – respondeu, forçando um sorriso.

Subiram para o quarto, que ficava no primeiro andar da casa. No caminho, Taeyong ignorava Jaehyun, este que ia se gabando o quanto era lindo e maravilhoso.

Quando chegaram ao quarto, o Lee se admirou ao ver que o cômodo era organizado. Imaginou ser uma zona, roupas espalhadas, cama bagunçada, entre outros.

— Agora você me surpreendeu – Taeyong comentou.

— Como? – Jaehyun perguntou, confuso.

— Achei que seu quarto fosse de dar inveja a um depósito de lixo, mas vi que estava enganado – disse com sinceridade, rindo.

— Nossa, que engraçado – o moreno disse — Você tem uma impressão muito ruim de mim, por que não deixa eu te mostrar quem eu realmente sou?

— Não estou te impedindo, quem está impondo essa barreira é você mesmo – rebateu Taeyong.

Jaehyun não respondeu mais, pensou seriamente no que o outro coreano disse. Taeyong foi até a varanda do quarto, observando as poucas casas que tinham. Na casa da frente, a porta se encontrava aberta, e um rapaz falava ao celular com alguém. Jaehyun logo ficou ao seu lado, puxando assunto.

— Não temos muitos vizinhos, só os meus primos, meu avô e... – fez uma pausa — Descubra por si só.

Taeyong não entendeu, mas ao ver que o rapaz da casa da frente se tratava de Minhyuk, entendeu. Sentiu o coração acelerar e suas mãos começaram a tremer, mas não demonstrou isso. Ficou a observá-lo, o mesmo não notou a presença dos outros dois garotos, estava concentrado demais fazendo algumas anotações.

— Ele é muito inteligente, fica até as duas da manhã estudando, não é a toa que é um gênio em química, um dos melhores da turma – Jaehyun falou.

Tiffany chamou os garotos para irem jantar, depois saiu. Já iam saindo, quando Taeyong viu seu diário embaixo da cama. Imediatamente, correu e o pegou.

— Então era aqui que estava – disse, e estremeceu ao sentir o olhar do outro em si.

— Me dê isso – Jaehyun exigiu, se aproximando dele.

— Claro que não, é meu e vou levá-lo – Taeyong disse, já pensando em correr até a porta.

Jaehyun o empurrou na cama, ficando por cima dele. Segurava seus braços, e Taeyong tentava se soltar.

— Me solta, seu idiota! – dizia, e em um momento, viu que seus rostos estavam bem próximos — Saia de cima de mim, ou eu vou gritar.

— Se fizer isso, eu calo a sua boca – Jaehyun o ameaçou.

— Duvido.

— Vejamos então.

Dito isso, Jaehyun juntou seus lábios aos de Taeyong. O garoto tentava a todo custo afastar o maior de si, mas ele era mais forte do que ele. Sabia que aquilo era errado, sabia que era como se fosse uma traição a Minhyuk. Num impulso, empurrou Jaehyun, dando um tapa em seu rosto.

— Nunca mais encoste em mim – disse com raiva, saindo de lá.

No jantar, Jaehyun não parava de encarar Taeyong, que ignorava seu olhar. Ninguém percebeu, o que era o melhor para ambos, assim não haveriam questionamentos.

Isso não vai ficar assim, você vai me pagar por esse tapa, pensava Jaehyun, já com um plano em mente.

Secret Love - JaeYong (Volume 1) - ReediçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora