Secret Love - JaeYong (Volume 1) - Reedição

1.6: Ciúmes

No caminho para a escola, Jaehyun ia ouvindo Minhyuk falar sobre o quanto Taeyong era legal e interessante e que talvez estivesse começando a gostar dele. O Jung apenas ouvia, sentindo um sentimento desconhecido lhe consumir, tentando ignorá-lo.

— Sério, a companhia dele me fez bem, não sentia isso há bastante tempo, acho que isso é bom – Minhyuk dizia.

— Como você pode ter certeza disso? Você o conhece há pouco tempo, não pode afirmar nada – Jaehyun falou, tentando se controlar.

— É claro que posso, eu sei muito bem dos meus sentimentos, aliás, nos beijamos – o maior disse.

— O quê? – o outro perguntou, sem acreditar no que ouviu.

— Ficamos na festa, por que a surpresa? – o Lee respondeu, o olhando desconfiado.

— Nada, é que eu achei que você não estava interessado em ninguém – Jaehyun disse, e Minhyuk riu.

— Acho que entendi o que você disse. Por acaso tem medo de ser abandonado? Olha, eu entendo isso, sei que quando algumas pessoas começam a namorar, abandonam os amigos, mas não se preocupe, eu não vou fazer isso.

Continuaram o caminho, agora calados, aquela conversa tinha deixado Jaehyun incomodado. Era óbvio que não ia admitir seu ciúme por Taeyong, então apenas calou-se, não queria mais falar sobre o assunto. Ao chegarem na escola, Minhyuk foi pegar os livros no armário e Jaehyun ficou o esperando na escada, olhando fixamente para o nada.

De repente, viu Sicheng e Taeyong vindo em direção a escada, e nesse momento, trocou olhares com o coreano. Taeyong pensou em falar alguma coisa, mas apenas virou o rosto, subindo para a sala de aula. Aquilo deixou Jaehyun com raiva, e olhando para o lado, viu o melhor amigo se aproximar.

— Nossa, você parece estar querendo matar alguém – Minhyuk falou, enquanto iam para a sala — Aconteceu algo?

— Nada, é impressão sua – Jaehyun respondeu, encerrando a conversa.

Sem entender muito bem, Minhyuk preferiu não falar mais nada, sabia como o outro ficava quando estava com raiva, então ficou quietinho. Preciso fazer alguma coisa, já passei tempo demais o perdoando, o Jung pensou, lembrando de algo que estava precisando para aquela semana.

...

— Bem, como não vai ter aula pra gente hoje, vamos estudar para a prova de biologia – Jaemin explicou para a mãe — Qualquer coisa estamos no meu quarto, até mais.

Saiu sem esperar resposta, sabia que a mulher o olhava desconfiado. Lembrou do caso do irmão, e de quando o flagrou aos beijos, mas logo deixou esses pensamentos de lado e voltou para a sala, onde Jeno o esperava.

— Vamos – o chamou, e Jeno o acompanhou.

Assim que chegaram ao quarto, pegaram os cadernos e sentaram no chão, começando a estudarem. Depois de lerem tudo e responderem algumas questões, guardaram o caderno e foram conversar.

— Não gostei do professor novo, ele parece ser chato – Jaemin disse, sentando ao lado do amigo.

— Também não, você acredita que ele brigou comigo só porque fui ajudar um colega que estava passando mal? – Jeno disse, ainda indignado — Sempre ajudei todo mundo, não vai ser por causa dos caprichos dele que vou deixar de fazer isso.

— Sério? Agora tenho certeza que ele é um chato mesmo.

Riram, e foram conversar sobre assuntos aleatórios, desde o dia em que a professora de química tropeçou na escada, até o aniversário de uma colega, que seria no próximo mês. Ambos se sentiam bem juntos, rindo e conversando sem preocupação alguma, nada mais importava, nem mesmo as horas que passavam rapidamente. Jeno pensou em segurar a mão de Jaemin, afinal, era normal amigos demonstrarem carinho, certo? Porém hesitou, o medo o dominou e o paralisou, lhe impedindo de prosseguir com o ato, e aquilo não passou despercebido pelo outro.