Capítulo 2

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POV Nathan

Desembarquei na capital espanhola no início da tarde, minha cabeça ainda estava a mil por tudo que eu havia descoberto, meu coração permanecia apertado por tudo que minha mãe tinha passado, não era justo com ela e também não era justo comigo carregar o sangue daquele monstro.

Só pensar nisso me causava calafrios, eu não tenho nada a ver como ele, era o que eu me dizia sempre que lembrava disso.

Depois de deixar minhas malas em meu novo apartamento e ir até a sede da ESPN me apresentar como novo repórter responsável por La Liga.

Filho? — mamãe falou assim que atendi o telefone — Por que não me ligou? Eu disse para ligar assim que pisasse em Madri!

— Mãe, calma, eu estou bem, cheguei bem, já deixei minhas malas no apartamento e fui na ESPN, mas agora preciso procurar algo para comer. Amo você!

Também amo você, filhote, não esqueça de me ligar se tiver problema, ok?

— Ok, mãe — falei antes de desligar o telefone.

Resolvi ir até a praça de Madri, me sentei em um dos bancos, com meus fones de ouvidos e me perdi em pensamentos.

— Posso me sentar aqui? — uma linda loira perguntou.

Ela tinha olhos azuis, cabelos ondulados e traços finos, vestia uma blusa solta, um short curto e um tênis, enquanto segurava um livro enorme.

— Claro — desviei o olhar dela, mas continuei com a sensação de que a conhecia de algum lugar.

Recoloquei meus fones de ouvido e prestei atenção na música, até perceber que ela estava me encarando, tirei o fone e a olhei com uma expressão de questionamento.

— Ta tudo bem? — ela perguntou, um pouco receosa — Você parece pensativo, com uma expressão meio abatida.

Eu fiquei tentado a dizer que não era da conta dela, mas aquela estranha, que parecia familiar, falou de uma forma tão doce e gentil que parecia realmente se importar.

— Mais ou menos, aconteceram umas coisas, mas logo passa — dei um suspiro.

Ela estendeu a mão para mim, abriu um sorriso e disse:

— Prazer, meu nome é Gala — a encarei, com os olhos levemente arregalados — Eu sei, é um nome estranho, mas não fui eu que escolhi.

— Ah, meu Deus — o sorriso dela diminuiu e ela começou a me olhar como se eu fosse meio louco — Gala, sou eu, Nathan.

Ela ficou me encarando com o queixo caído.

— Como o mundo é pequeno — ela deu um sorriso tímido, como se não soubesse se portar diante de mim depois de tanto tempo — O que você veio fazer em Madri?

— Eu vou trabalhar na ESPN, vou cobrir La Liga — disse com o peito estufado e voz carregada de orgulho.

— Nossa, isso é bem legal — ela deu um suspiro de me encarou antes de falar — Desculpa, eu não tô sabendo como lidar com isso, afinal não somos mais crianças e eu nem conheço o novo Nathan.

Segurei a mão dela e olhei em seus olhos.

— Pode começar a conhecer agora se quiser!

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