- Aqui está o escritório, senhor Styles. – riposto, com uma mínima esperança em mente que tal formalidade o poderá irritar como irrita a mim.
- Sou um mero assistente, não sou nenhum senhor.
- E eu não sou nada, portanto o seu ponto é inválido. – observo os seus olhos e boca procurarem em parceria por falas apropriadas, que parecem não chegar – pois, bem me parecia – pronuncio por fim, deixando-o com os seus entendimentos naquele estúpido escritório.
Dirijo-me à cozinha procurando por distração em nulos programas de televisão, sentada num banco enquanto engolia um iogurte. Ao olhar à minha esquerda, encontro um outro ecrã de televisão, de um tamanho, confortavelmente duas vezes maior da de que recebo. Temos duas televisões num raio de vinte metros. Não fica mas estúpido que isto!
Uma maçaneta inquieta relembra-me do rapaz que me está a irritar profundamente, talvez mais do que deveria, obrigando-me a encará-lo enquanto segura as milhões de folhas nas suas mãos.
- Já tens tudo? – questiono, num tom tão rude quanto desejava.
- Já. Peço desculpa pelo incómodo e obrigada pela sua cooperação – nunca diria que ele possuía vocabulário tão complexo – adeus. – ele despede-se, deixando um bocado insignificante de papel cair enquanto desaparecia por entre a porta.
Guiada pela curiosidade, corri até este podendo admirar uma bonita letra, com um número de telefone e ‘’17h, Village East Cinema, 2nd Avenue’’.
Ele precisa de ajuda mental. Rio aos meus pensamentos, afirmando à pergunta que nem fora colocada.
As dezassete horas da tarde chegam, e com elas uma fusão de sentimentos prioritariamente positivos, durante o meu ato de abandonar a grande mansão em que, infelizmente vivo.
Ao chegar ao dito local de encontro, apresso-me a ligar ao rapaz com uns caracóis desvendáveis, não querendo parecer uma idiota a vaguear abandonada.
- Harry?
- Floral? –a sua voz fez-se auscultar harmoniosamente, juntamente com uns múrmuros que me fizeram confirmar que se encontrava perto de mim.
- Já chegaste ao cinema?
- Já. – ele responde simplesmente, fazendo-me soltar uma gargalhada com a raiva que crescia em mim.
- Onde estás? – pergunto calmamente.
- Aqui. – obrigada pela ajuda!
- Oh, aqui onde?! – evito um grito que pede para me abandonar à teimosice do rapaz.
- Aqui. – mesmo reconhecendo a sua voz, sinto-me assustada pelo sussurro de Harry ao me cumprimentar, fazendo-me odiar secretamente por não ter escolhido virar as costas.
- Porra, Harry, se queres mesmo continuar a falar comigo tens seriamente de parar com isso. – ameaço falsamente, gostando ocultamente da proximidade que ele cria apenas para me cumprimentar.
- Sei que não és capaz disso. – o moreno riposta, deixando-me sem palavras e guiando-nos a um bando de gargalhadas que nos aproximaram fisicamente.
- Então, o que viemos cá fazer afinal?
Harry começa a brincar com os seus cabelos provenientes da nuca enquanto espreitava o chão, e interrogo-me porque ele não me examina diretamente – a escolha é tua. Podemos ir ver um filme ou, passear por aí. – ele principia o contato visual entre nós, fazendo uma cadeia de entusiamo integrar-se em mim com apenas uns olhos de verde ilógico.
Iniciamos um caminho desconhecido para nós, enquanto palavreamos sobre coisas banais do dia-a-dia e comentários sobre as ações à nossa volta. Ao observar um pequeno banco, peço desesperadamente a Harry para pausar sobre ele, oferecendo uma suspensão à dor assombrosa de calcanhares.
O pequeno tamanho do mesmo faz-nos ficar mais próximos do que desejado, porém luto contra o bizarro e viro o meu tronco para si; ele fala abertamente, com um sorriso merecedor de covinhas amáveis, tão próximas de mim, fazendo o meu coração derreter a vista tão apetecível – então, fala-me sobre ti. – ele pede enquanto luta contra o vento que insiste em trazer a sua longa franja a tapar os seus olhos, dando-me a permissão de ouvir os seus pequenos e adoráveis risos.
- Bem, não sou assim muito interessante. – digo, não querendo que ele aumente as suas esperanças por uma entediante rapariga com entediantes cabelos castanhos e entediantes olhos castanhos e uma entediante vida. Em Nova Iorque, pelo menos. – em Nova Iorque, a exclusiva coisa que atuo é ler, ouvir música e ver um abundante número de séries, e televisão.
- Isso quer dizer que não és de Nova Iorque?
- Nop. – respondo enquanto observo a imagem à nossa volta, de crianças a correr alegremente e os seus respetivos pais com um olhar cansado.
- Então, és de onde originalmente? – não se declara com receio de perguntar, e eu não demonstro medo de responder.
- Sou de Greenwood, Mississippi. – num instante as memórias atingem-me, e rapidamente me encontro a lutar contra pensamentos negativos, e pela sua expressão facial, o pobre rapaz deve ter dado conta deles.
Ele corta o contato visual enquanto vira o seu torso para mim, dando-me uma imagem mais clara da sua face – e não gostas de Nova Iorque? – pergunta curioso.
- Nem um bocadinho.
Com esta deixa, Harry levanta-se, aproxima a sua mão com intuição de eu pousar a minha sobre a dele, olha-me fortemente com um meio sorriso e pronuncia-me – permite-me mostrar-te Nova Iorque.
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Então antes que me venham atacar com comentários negativos sim eu sei está uma merda e está muito pequeno mas eu estava sem imaginação e o capítulo tinha de ser escrito portanto ficou assim
MAAAAAS dá-se que é um tanto importante para o resto da história e eu quis deixar o trabalho dificil para a Alaskazinha ihihihih
Love you though!
- Canadiana xx
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Floral ➸ h.s.
FanfictionNo intuito de fugir, surgiu uma razão para permanecer. [ © Copyright - All Rights Reserved]