O começo do erro.

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"Algumas influências podem destruir a nossa vida mais do esperamos, acabamos por seguir o que os outros dizem, sem querer saber se está certo ou errado, simplesmente para satisfazer necessidades passageiras. Perdemos a nossa dignidade por querer ter mais e não trabalhar arduamente para tal e querer que as coisas sejam fáceis, isso, na maioria das vezes, pode causar danos irreparáveis " - Catarina Prata

Chamo-me Nádia, tenho 18 anos e faço o meu 1° ano da faculdade de contabilidade e gestão , vivo no bairro caponte, no lobito.
Vivo com os meus pais , porém, eles são pobres e têm muita dificuldade em pagar as minhas dispesas escolares, no entanto, eu sou uma rapariga que luta para estudar e ter um grande futuro.
Sempre tive méritos na escola e sempre fui uma aluna exemplar.

Tudo começou numa sexta feira

Na sexta feira, saí com as minhas novas amigas, fomos ao shopping. Apesar de eu ser pobre, sempre gostei de ter amizades bem apresentadas. Sempre que nós saíamos, elas é que pagavam tudo, por isso é que as vezes eu ficava com vergonha e inventava alguma desculpa para não ir ou então, obrigava a minha mãe a dar-me dinheiro suficiente para comprar algo para mim, sem elas pagarem.

Quando chegamos ao shopping, num dos  restaurante de lá e começamos a
comer. Eu sabia que elas não eram ricas,então decidi perguntar onde é que elas tiram tanto dinheiro.

- Vocês trabalham ou algo assim? Eu que eu nunca entendi de onde é que vocês tiram esses telefones e esse todo dinheiro. Perguntei.

- Ah amiga, queres mesmo saber de onde nós tiramos? Perguntou Elizeth, com um sorriso irônico.

- Sim quero. Respondi com uma cara meio estranha, afinal elas eram minhas amigas e eu tinha que saber de onde elas tiravam aquilo.

Elizeth olhou de uma forma muito estranha para Mayara e disse:

-Conto?

- Podes contar. Respondeu Mayara.

- Nós somos amantes. Disse ela.

- Amante? Perguntei, meio indignada.

- Sim, amantes. Algum problema? Perguntou Elizeth.

- Não, a vida é vossa e vocês fazem dela o que quiserem. Respondi.

-Mas nós não somos amantes porque queremos, as condições nos abrigam. Disse Mayara, apoiando o braço sobre a mesa.

- E tu? Porquê que não ficas também e deixas de usar esses trapos que chamas de roupas? Disse Elizeth.

Bem, comparado às roupas que elas usam, as minhas são mesmo trapos. Pensei.

Não respondi, apenas olhei e abanei a cabeça.

- Vá lá, não custa nada,pensa nas vantagens que irás ter. Terás tudo o que desejares. Disse Mayara, tentando me convencer.

- E se eu apanhar doenças, e se me descobrirem? Disse eu, tentando negar.

- Quem vai descobrir? Que doenças, tu vais usar proteção. Eles são bem discretos, também têm medo de ser descobertos. Disse Elizeth, rindo da minha pergunta .

Na verdade, eu não aguentava a mais a vida de viver mal, já tenho 18 anos e acho que está na hora de fazer o que eu quiser. Pensou Nádia.

-Tá bem, eu aceito. Respondi.

-Bem, amanhã será sábado, vem e eu te apresento um daddy. Disse Mayara.

Daddy, é assim que elas chamavam seus amantes, pais de família.

Dia de sábado.

Já era sábado, as 15:30, elas ligam-me para saber se já estava a caminho. Eu disse que sim.

Quando lá cheguei, encontrei-lhes com 3 senhores. O Marcelo, amante de a Nayara, o Carlos, amante da Elizeth e o Diogo, que supostamente seria meu amante.

Bem , eles pagaram tudo o que pedimos. Eu não pedi muita coisa, pois estava com receio. Mas a Mayara e a Elizeth, fizeram a conta dos senhores bater 200 mil kwanzas, em apenas um jantar.

Quando tocou 17:00, a Mayara e a Elizabeth saíram com os seus amantes e me deixaram sozinha com o Diogo.

- És muito linda. Disse-me ele.

- Obrigada. Respondi, muito tímida e com vergonha.

Ele tentou puxar alguns assuntos, mas nós dois já sabíamos com aquilo iria acabar.

Quando acabamos de conversar, saímos de lá e subimos no seu carro.
Subimos atrás porque  ele tinha um motorista.

Diogo, um Arquiteto de renome,com 48 anos de idade.tinha uma grande casa , dois filhos, uma de 15 anos e outro de 20.

De repente, ele começou a acariciar-me as pernas, eu só sentia nojo das suas mãos meio enrugadas.

De repente, ele começou a beijar-me. Ai que nojo. Pensava eu , dentro de mim.

O motorista via tudo através do retrovisor, ele observava com um olhar meio estranho sem dizer nada, não consegui perceber.

Diogo beijava-me horrorozamente, e eu não podia fazer nada, pois só tinha um objectivo, que era conseguir o que queria.

Ele conseguiu tirar-me a roupa e deitar-se comigo, não senti prazer nenhum, só dores, mas como dizia, meu objectivo era conseguir o que queria.

Depois de tudo, Diogo levou-me para uma loja e mandou-me escolher tudo o que eu queria. Eu tirei um iphone x e fiz compras, comprei muitas roupas, sapatos e etc.

Depois de eu fazer essas compras, fui para a casa. Minha mãe viu o telefone , simplesmente perguntou quem me deu e eu disse que era um amigo meu. Ela não tinha noção do preço do telefone, pois era uma mulher caseira , que pouco saía, não sabia nada das novidades da actualidade.

As roupas, eu disse que saí com as minhas amigas e elas pagaram-me. Ela acreditou.

Dia seguinte:

No domingo, Nayara e Elizabeth ligaram-me, perguntando como foi, eu contei-lhes todos os detalhes e tudo o que havia conseguido em um só dia.

Descobri que o meu corpo valia mais do que recebe, descobri que eu poderia ter tudo o que quisesse fingindo ter prazer e dizendo palavras bonitas. Pensava que as mulheres é que gostavam de palavras bonitas, mas não, eram os homens.

Continuando com essa vida
Eu continuei me envolvendo com Diogo, ele me dava tudo o que eu queria,pagava as minhas dispesas, pagava o salão, cabelos, unhas, tudo.
Eu já estava como as minhas amigas, vestia bem, só queria saber de luxo.
Perdi totalmente o rendimento escolar, meus professores não entendiam o porquê, e todo mundo falava mal de nós, perguntando-se de onde tirávamos todo aquele luxo.

Continuei com essa vida , sendo amante, namorando com grandes senhores, com o tempo , eu é que sustentava a casa, minha mãe me perguntou onde eu tirava o dinheiro e eu menti que consegui um emprego como garçonete.

O dia da minha desgraça.

Um certo dia, conheci um senhor, que se chamava Alexandre, dono de uma casa de festas nocturnas. Ele estava interessado em mim, e eu como sempre, fazia o que podia para atrair os homens. Depois de muitas trocas de olhares, ele me convidou para sairmos, subi no seu carro, e fomos para um lindo e luxuoso hotel. Depois de muito, envolvemo-nos e eu dormi.
Quando acordei, eu estava em um cemitério!

Isso mesmo, um cemitério, amarrada e completamente despida e suja.

Alexandre, uma velha muito estranha, com umas vestes de bruxa e um gato na mão apareceram a minha frente e disseram que eu só sairia de lá viva se fizesse um pacto.

CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO,AGUARDEM,BEIJOS.

Liberta-me.Onde histórias criam vida. Descubra agora