Liberta-me.

A revolta das trevas II

De manhã, assim que abri os olhos, o quarto ainda estava meio escuro e o Carlos já não estava do meu lado.

Eu queria saber onde ele estava, então me levantei. Estava vestida simplesmente com uma t-shirt Branca do Carlos, que ficou praticamente como vestido, calçei as chinelas e quis ir para o quarto de banho para ver se o Carlos estava lá, porque eu ainda estava meio apavorada e não queria ficar sozinha.

Entrei no banheiro e o Carlos não estava,então, achei que ele foi embora é não quis me incomodar. Liguei o chuveiro e coloquei uma música da poesia acústica para relaxar.

Enquanto a água gelada caía sobre meus cabelos e seguia com  até meu corpo,minha cabeça esfriava e parecia que meus problemas iam se desfazendo à medida que eu sentia a água se desfazendo na minha cabeça e escorrendo no meu corpo.

Perdi -me completamente porque o banho estava muito gostoso, quando voltei à terra, dei conta que tinha que sair do banho, então, puxei a toalha toalheiro e calçei as chinelas e quando saí do banheiro encontrei Carlos lá, com o nosso pequeno almoço na cama, me esperando. Eu pensei que ele havia ido pra qualquer outro sítio, mas não.

- Mandei trazer o nosso pequeno almoço, não te acordei porque vi que tiveste uma noite cansativa.  Disse Carlos

Eu estava cheia de fome e tive uma noite mesmo cansativa, e depoisde um banho encontrar o pequeno almoço com o meu amor na cama, foi um bom  começo para ter um dia maravilhoso.

O pequeno almoço era composto de pastéis, sumos, frutas, cupcakes e chocolate quente. Ficamos muito tempo comendo e conversando, ele disse passaria o dia inteiro comigo e vocês  nem imaginam a felicidade que eu sentia em saber que ele estaria lá para me proteger contra qualquer espírito que viesse me atormentar. 

- Então, já te sentes melhor.

- Já sim, amor.

- Então, queres compartilhar comigo o teu sonho ou preferes não falar mais sobre isso.

- Prefiro não falar mais sobre isso , amor.

Terminamos de comer e ele se levantou, levando com ele a loiça suja.
Quando ele voltou, encontrou-me sentada na cama, olhando para a janela. Chegou até mim e sentou- se no meu lado, me ajustei e coloquei a minha cabeça sobre o colo dele. Ficamos por muitos minutos em silêncio enquanto Carlos, com suas mãos macias, massageava a raiz do meu cabelo. Depois ele mudou de posição e apoiou-se no meu colo, eu comecei a fazer -lhe uma massagem suave também no couro cabeludo.

-Bem, eu vou levar a loiça suja até mesa.

- Tá bom.

Ele se levantou e foi até a mesa que estava ao lado da janela, pousou o tabuleiro do pequeno almoço lá, para que o empregado viesse buscar. Ele ficou uns segundos olhando para a janela e eu fiquei olhando para ele, me levantei e fui até onde ele estava, abracei-o por trás e beijei as costas dele, que já se encontrava sem camisa.

- Nádia, sabes de uma coisa?

- Não sei, diga.

- Eu gosto muito de ti mesmo, fui criando um grande carinho por você durante todo esse tempo, eu te amo.

- Eu também te amo, meu amor, agradeço por tudo o que você fez por mim.

- Mas eu não quero que fiques comigo só por pensar que me deves alguma coisa, porque não é obrigação tua ficar comigo só por gratidão.

- Claro que não, não é isso, eu também fui criando um carinho por você, só que não quis que pensasses que estou contigo por interesse, por isso, dei uma de difícil.