Continuação do episódio anterior.
Eu olhei para eles assustada, não sabia o que dizer, o que fazer, e nem o que falar. Eu estava em um cemitério, e de repente tudo ficou muito escuro.
- Que pacto? Me soltem, eu não os conheço, socorroooo! Gritava eu, mas ninguém ouvia-me.
- Não adianta gritar, sua vadia, a consequência dos teus actos é essa. Disse aquela velha, dando gargalhadas maliciosas.
- Me soltem por favor, eu prometo que vou deixar de fazer essas coisas. Suplicava eu, chorando.
- Vais ter que fazer um pacto, só assim sairás viva, caso contrário, serás enterrada aqui mesmo. Respondeu aquele homem doentio.
- Não, eu não vou fazer pacto nenhum. Respondi, tentando enfrentá-los.
- Alexandre, vai buscar os materias. Disse aquela velha doentia com um sorriso assustador estampado no rosto.
Alexandre, dirigiu-se para uma sala, abriu-a e à distância eu conseguia ver o que lá tinha. Estava cheia de catanas, machados, agulhas, seringas e outros materiais assustadores.
De repente , a velha levantou-me, sei lá como, só sei que eu comecei a flutuar.
Quando cada movimento que eu fazia, eram controlados por ela. Ela levou-me até à uma sala, abriu a porta e mostrou-me.
Meu Deus, era horroroso. Aquela sala estava cheia de cadáveres, cabeças por aí, mãos cheias de sangue, pessoas que ainda não morreram, quase mortas já e corpos em estado de decomposição.
-Se não fizeres o pacto, estarás aqui em breve. Eu até que te achei uma boa menina, com boas obras, porquê que não colaboras? Disse a maldita velha, colocando suas mãos enrugadas sobre a minha bochecha.
- Me solta! Socorrooooo! Eram as únicas coisas que eu sabia dizer.
-Pode gritar querida, aqui ninguém te ouve. Disse a Velha.
Meu Deus, onde eu vim me meter, se eu não aceitar esse pacto, não saírei daqui viva, mas que pacto é esse? Pensava eu.
-Tá bem, me soltem. Eu aceito esse maldito pacto, seja o que for. Disse eu, bem assustada, transpirando.
- Tá bem. Disse a velha.
- O pacto é :
Tu vais trazer homens jovens aqui, para mim, tu vais conquistá-los e vais matá-los, vais trazer almas para mim. Eu vou te dar os poderes da beleza e da sedução, a única coisa que tens que fazer, é matar todos os homens que conseguires conquistar. Disse a velha.
Eu fiquei muitíssimo assustada, e além disso a velha disse-me que eu não podia fugir disso e nem dizer nada aos meus pais, se não eu morreria, junto com meus pais.
Ela mostrou-me uma bola em que todos os que fizeram pacto estavam sendo observados, sendo assim, todos os meus actos seriam observados também.Depois disso, eles levaram-me para um quarto escuro, onde não se via nada, só umas luzes pequenas , de cores negras.
Depois disso, eles meteram-me em um círculo, e começaram a invocar os seus deuses, daí, eu senti algo muito estranho, como se eu tivesse apanhado um forte choque...E pahm! Eu acordei na minha casa, no meu quarto, na minha cama.
Minha mãe entrou no meu quarto e disse que ontem ela adormeceu e não me viu chegando. Parecia um sonho; mas era realidade, eles já haviam planeado tudo.
Quando levantei, olhei-me no espelho e eu estava completamente diferente , com um brilho intenso, as curvas do meu corpo traçaram-se, meu cabelo estava brilhante e impecável, minha pele estava completamente lisa e macia.
Minha mãe quando me viu, comentou e disse que eu estava mais bonita, quanto ao corpo , ela disse que eu já tinha 18 anos e deve ser o efeito da idade, ela não desconfiou de nada...
Eu sentia-me muito cansada, fui tomar um banho, vesti e fui para o espelho do meu quarto, vi a senhora e o Alexandre, me disseram que hoje seria o dia em que eu começaria o meu trabalho.
Vesti-me , saí e quando fui para a rua, notei que os homens me olhavam de uma forma diferente.
Muitos carros paravam à minha frente, começando assim, um relacionamento comigo, e todos que envolviam comigo, quando terminavam, acordavam no cemitério e lhes era tirada a vida de forma impiedosa.Lhes era arrancado a cabeça por aquela senhora, o Alexandre desapare ceu, acho que era apenas uma alma que ela utilizou para me atrair.
Quanto mais almas eu levava, mais almas eu levava para ela , mais poderosa ela ficava.
Muito tempo depois
Eu parecia ter uma vida normal, andava com minhas amigas normalmente sem elas saberem o meu segredo. Eu era aquela garota que tinha tudo, por causa da vida que fazia. Tinha o telefone mais caros de todos, a roupa mais caras, as perucas mais caras, as unhas mais caras, tudo caro, todos pensavam que eu era rica, ninguém desconfiava da terrível vida queeu levava.
Depois eu me habituei e vire escrava dessa vida, queria mais vidas. Todas as semanas, e todas as semanas, eu ia para lá, oferecer agradecimento ao sacrifício das almas.
Um certo dia , quando eu fui lá oferecer agradecimento ao sacrifício das almas, a velha disse-me que tenho que matar a minha família inteira.
Quê? Matar minha família,oquê isso que me estás a pedir, eu nunca vou fazer isso, prefiro morrer. Respondi, muito aterrorizada.
- Ou me obedeces, eu te mato, você e a tua família. Disse a velha.
-Mata-me, e fui eu quem causou isso tudo, mas não mates a minha família. Respondi, chorando.
Aí, eu senti algo batendo a minha cabeça, não lembro de nada, só que acordei amarrada em uma cadeira.Eu estava em um lugar escuro, não conseguia ver mais nada, só via uma luz muito fraca, de repente, a luz se acendeu e vi o corpo da minha mãe, ali, morto.
Depois, a luz do outro lado acendeu e vi o corpo do meu irmão e o meu pai ali também. Eu só chorava e chorava, não conseguia dizer nada, pois por minha culpa, por culpa dos meus caprichos, por seguir influências, acabei com a vida da minha família.Sua velha imunda, você matou todos que eu amo, eu te odeio , eu vou sair daqui e me vingar, sua bruxa imunda , você vai pagar! Mãe, pai, mano, me desculpem... Eu dizia, chorando, solunçando, me babando e lamentando.
Eu me sentia terrível, minha maior vontade era morrer, sabendo que eu matei toda a minha família. Eu pedi para a Velha bruxa me matar, mas ela disse que o meu tormento era mais gostoso que a minha morte, e que cai continuar me atormentando até eu morrer.
CONTINUA NO PRÓXIMO EPISÓDIO, OBRIGADA POR LER.BEIJOS...
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Liberta-me.
Short Story⚠️OBRA NÃO REVISADA, PODERÁ ENCONTRAR ALGUNS ERROS ORTOGRÁFICOS⚠️ Nádia, uma adolescente de 18 anos que vive com os pais e seu irmão de 11 anos em Benguela/lobito. Nádia está a fazer o 1° ano da Universidade católica, na faculdade gestão empresar...