Um poder ardente

Capítulo 28

Por Marlon

         Depois da noite mais intensa da minha vida, parei de contar as rodadas depois da 5, quando eu pensava que não tinha mais fogo que íamos para o banho recomeçava, já era 5h da manhã e eu estava deitado com a cabeça próximo ao seu pescoço, e estava por cima dele, vou nem dizer o que eu tinha dentro de mim ainda.

       - Sabe... - falou ele divagando em seus pensamentos - eu nunca havia pensado que conseguiria ter felicidade.

       - Mas por quê vc está dizendo isso? Todos na vida merecem felicidade, por quê com você seria diferente?- falou olhando naqueles lindos olhos verdes.

       - Você é incrível - falou ele.

        - Disso eu já sei, quero saber agora o porquê do lance de felicidade.

         - Não conheci você assim, cadê o Marlon tímido? - falou rindo tentando desviar do assunto, estreitei meu olhar, ele bufou entendendo que tinha que falar agora, já que havia começado - Tudo bem, tudo bem, é que... Bem eu já fiz muita coisa errada na minha vida ... E eu já machuquei muitas pessoas com esse meu jeito... Não só em relação pessoal, mas também profissional.

       - Você merece muita felicidade Fernando, eu sei o que você passou, sei que não justifica o que você fez, mas isso faz com que entendamos o motivo que levou a isso. Mas reconhecer o quanto você errou já mostra o quanto você mudou, o quanto está concertando os seus erros.

        - Na verdade você me mudou, me mostrou que o mundo era mais que preto e branco, você coloriu ele junto com a pequena - falou me fazendo ficar rubro. - Ei não fica assim pimentinha.

      - Pimentinha?

      - Sim meu apelido carinhoso para você, além de ficar vermelhinho quando está com vergonha ainda é quente na cama. - falou dando um tapa na minha bunda e um leve estocada.

        - Ei tá bom por hoje, não sei se mais tarde irei aguentar andar.

        - Tudo bem, eu também não sei se aguentarei andar depois da surra que levei de você.

        - Tudo bem crapulazinho eu peguei leve.

        - Crapulazinho?

        - Sim meu apelido carinhoso para você amor. - falei beijando seu pescoço.

       - Amor? - falou ele me olhando rindo.

      - Tá bom vamos dormir que quero conhecer a cidade mal sai do hotel, não se esqueça que você também vai olhar os negócios em que investir aqui.

        - Quanto a isso... bem! - ele falou dando um sorrisinho.

        - Você inventou tudo né? - falei o óbvio.

        - Quase tudo só que usei de "fingirmos" família era uma meia mentira já que eu quero isso - falou me beijando, eu me derretido todo, mas não demonstra isso, senão depois ele fica mentindo novamente, e uma das coisas que não gosto é mentira, se eu aceitar a primeira logo vem as outras.

      - Não minta para mim Fernando, pois agora será verdade, mais tarde quando sairmos você vai olhar um pouco a cidade e procurar negócios de investimento - falei sério olhando para ele que arregalou os olhos.

       - Mas eu não faço ideia no que investir... - falou ele com relutância.

       - Pensasse antes de mentir para mim, agora vamos dormir, e só um dica eu soube por alto que o hotel está abrindo para venda de uma parte.