Por Marlon
O dia havia sido agitado na empresa, ou na verdade eu estava agitado, desde a noite passada eu pensava em como iria contar para os meus pais, e tudo que vinha a minha mente era levar o Fernando lá para conhecer, só que duas coisas passavam pela minha mente, a primeira era que os nós dois sairíamos de la mortos, ou que nós dois sairíamos de lá vivos mas enxotados.
Decidi que era hora de contar, o medo não podia ser maior que meu amor não só pelo Fernando mas por mim mesmo.
Depois do expediente pedi para que o Fernando me acompanhasse até a casa dos meus pais onde a Milena já estava, o caminho todo passei inquieto, o Fernando entendeu o que era não me perguntou nada, ele entendia que eu precisava disso, apenas segurou minha mão.
Quando descemos do carro ele me deu uma abraço e falou no meu ouvido "vai dar tudo certo", apertei a campainha e Fernando ainda segurava minha mão, ele ainda tentou soltar, mas eu segurei firme ela qua do a porta abriu, e minha filha apareceu pulando, minha mãe logo atrás a primeira coisa que fez foi nos encarar com estranheza por nossas mãos estarem juntas.
Ela nos convidou para entrar, estava fazendo o jantar, e chamou para acompanharmos, decidi nesse meio tempo respirar fundo.
- Ora temos visitas - falou meu pai quando chegou na cozinha e nos encontrou.- eu nunca saberia se não vinhesse, vocês estão calados.
- Pai, tudo bem? - falei me levantando e abraçando ele, como se aquele pudesse ser o último.
- Pra que essa força toda garoto, mas quem é esse amigo seu ? - falou olhando para o Fernando que lhe deu um sorriso.
- E-esse é meu chefe - falei sorrindo amarelo, eu não poderia jogar a bomba dessa forma.
- Ele não é novo para ser seu chefe? Pensei que fosse um velho como eu quando falou dele - falou ele fazendo graça.
- Boa noite, prazer em conhecer o senhor.
- O prazer é meu, vão ficar para jantar?
- Se não for inncomodar - falei.
- Quem já se viu um filho incomodar os pais por estar jantando na casa deles.- Eu só estou brincando pai - lhe dei um sorriso amarelo, e ele deixou isso pra lá.
- Agora nos diga, como conheceu seu chefe - falou minha mãe
- Foi o professor Ricardo, ele nos apresentou quando estava terminando o curso.
- Ahh então esse é o "Crápula" - falou minha mãe rindo e fazendo aspas com os dedos e eu fiquei com vergonha.
- Entoa parece que não é só na empresa que você me chama assim - falou o Fernando sério, meus pais ficará olhando ele, e logo começou a rir - eu já sei da minha fama, mas sabe como é tenho que manter as aparências, se deixar a empresa vira um circo
- Sei como é - falou minha mãe - na igreja é assim, se não tiver alguém pra controlar as beatas fazem a festa da fofoca.
- Pois é... - falou Fernando.
- Então meu rapaz, dono de empresa deve saber jogar um joguinho de estratégia - meu pai era viciado em xadrez, não podia ver ninguém que já lhe fazia o convite, mas pelo menos isso era bom.
- Depende de qual jogo.
- O melhor não é? Xadrez, mas sabe?
- Claro.
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Um poder ardente
RomantizmUma história sobre um jovem que já passou por muita coisa nós 21 anos de vida, seu nome Marlon, e acaba se vendo perdido com uma filha para criar, terminando seu curso, e precisando de um emprego. Até que consegue um emprego em uma grande empresa, e...