Capítulo 11

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Sabe as vezes me pergunto o que está acontecendo comigo, até a algum tempo eu era heterossexual, apesar de sempre ter reprimido minha atração por homens, e agora nesses últimos meses tudo está diferente, agora parece que de tanto tempo reprimindo esse sentimento quando finalmente ele veio conseguir uma brecha veio descontando todos os anos reprimidos, tinha o Leonardo que apesar daquele jeito de arrogante dele eu acabei me atraindo, vulgo apaixonando, é difícil de admitir isso mas eu não posso me enganar, fora que agora tem o Guilherme, um cara que ta se mostrando ser uma boa pessoa, gentil, educado, além de lindo, e isso acaba me confundindo e me perguntando o porquê disso tudo está acontecendo comigo, ou o porquê de ser logo comigo, eu tinha uma filha, o que os coleguinhas iriam dizer? Ainda tinha meus pais, o que iriam pensar? Será que iriam me aceitar?

E assim se passou o resto do meu sábado, eu preso a meus pensamentos, que so melhorou com a chegada de minha filha, foi bom pra distrair.

- Filho por que esta calado? Aconteceu alguma coisa?

- Não mãe só estou pensando no trabalho

- Sei – ela de início não pareceu acreditar – O trabalho está muito pesado não é?

- Sim, e fora que está ocorrendo alguns problemas lá

- Sei como é, mas de qualquer forma não é so isso que você esta pensando não é?

- Não mãe, é isso mesmo que estou pensando, é um problema grande, somente relacionado a Empresa – ele fingiu que acreditou, mas pelo que estou vendo ela vai passar muitos dias tentando saber o que está acontecendo.

A hora no domingo passou relativamente rápido, devido a ficar arrumando as coisas em casa cuidando e brincando com minha princesa como a um tempo não fazia. A noite chegou e logo fui deixa ela na casa da Tia Luzia, já que se eu deixasse na casa de minha mãe viria um show de perguntas e eu não estava afim de ser interrogado agora, principalmente por estar saindo com um homem. Chegando lá me despedi das duas, entrei no carro e liguei para o Guilherme:

- Oi

- Oi, boa noite

- Ehhh... Liguei para confirmar

- É claro, olha você me encontra no restaurante La Plus, é um restaurante francês novo aqui na cidade, é bem discreto não se preocupe – pelo menos ele entende a minha situação já que eu falei pra ele de minha família

- Sim, sei onde se localiza

- Então até daqui a pouco, beijos

- Até, beijos

Chegando ao restaurante, procurei por ele mas pelo visto ainda não havia chegado, falei com o garçom e ele me indicou a mesa a qual foi reservada.

- Por aqui senhor me acompanhe – o garçom foi educado me levou a mesa

- Obrigado – ele apenas acenou e deu um leve sorriso. Passados alguns minutos vejo o Fernando adentrando ao restaurante, me deixou surpreso, e mais ainda com raiva quando o vi que ele estava acompanhado do mesmo cara que flagrei ele aos beijos na sala dele. Mas porque eu estava sentindo isso? Ele não é nada meu, não me deve nada. Logo ele me viu e procurou sentar o mais próximo, e ainda fez questão de trazer o acompanhante segurando as mãos.

- Boa noite Marlon

- Boa noite Senhor Cavalcante

- Ora deixe de formalidades, quero lhe apresentar o Felipe, acho que você se lembra dele – levantei a cabeça e cumprimentei o tal Felipe

Um poder ardenteOnde histórias criam vida. Descubra agora