Um poder ardente

Capítulo 10

No sábado acordei cedo é claro fui na casa dos meus pais, minha princesa iria ficar lá, até porque eu não sei o que iria acontecer naquele almoço, e não queria que minha filha me visse com outro homem, e crianças falam sem pensar e poderia dizer aos meus pais conservadores por pura inocência.

- Bom dia Pai e Mãe

- Bom dia filho – responderam

- Princesa vamos comigo na cozinha eu fiz bolo de cenoura – falou minha mae já levando Milena

- Filho veio passar o sábado conosco? E como vai o trabalho?

- Não pai vim apenas deixar a Milena aqui, vou ter que voltar pra casa fazer uma faxina já que andei sem tempo a casa está bagunçada e um pouco suja, eu não posso deixar ele la com poeira o senhor sabe – disse tentando ser convincente, até que foi fácil, não estava mentindo, apenas omiti o fato de ter convidado um cara para almoçar na minha casa, eu não poderia dizer isso, meu pai iria estranhar – E o trabalho tá indo, como sempre muita coisa pra fazer.

Conversei umas trivialidades com meu pai, falamos do meu time de coração o Mengão é claro, não me perguntem ou me critiquem sou de São Paulo e torço pra um time Carioca, desde criança, como meu pai era doente e saia muito comigo nos bares para assistir os jogos então acabei me apaixonando pelo Time. Voltei para casa e comecei a faxina, quando deu 10h da manhã terminei tudo, e fui pra pia e fogão, iria cozinhar uma coisa básica, eu não ia me arriscar em fazer uma comida mirabolante sem saber, e se desse errado? Então decide fazer uma lasanha de frango, arroz à grega, um feijãozinho e uma salada claro, não sabia o que ele comia, mas me arrisquei. Quando deu 11h30 alguém tocou a campainha arrumei minha roupa claro tirei o avental e fui atender a porta com um pequeno sorriso para não mostrar minha ansiedade.

- Chegou! – Falei rindo e abrindo a porta – Você?!!!

- Bom dia Marlon também! Estava esperando alguém?

- Bom dia Fernando – estava assustado ele na minha porta

- Então não vai me convidar para entrar? Vai ficar com essa cara na porta, me admirando? Eu sei sou lindo, mas não precisa ficar com essa cara se quiser pode tirar uma foto.

- Desculpe, entre – falei rudemente, estava vermelho de raiva pelas palavras do senhor modesto, e com vergonha ao mesmo tempo

- Estava prevendo que eu vinha?

- Você não tem vergonha? Claro que não!

- Então estava esperando alguém creio eu

- Não importa, o que quer aqui

- Vim agradecer você pelo dia da boate, se você não tivesse me ajudado podia ter causado um acidente no estado que eu estava – ele me agradecendo era até engraçado se eu não estivesse mais surpreso novamente

- Não precisa agradecer, veio aqui só para isso?

- Não vem con...- foi interrompido pela campainha novamente

- Licença vou atender a porta já volto – ele pareceu um pouco enfurecido

- Ok

Chego a porta dessa vez olhei quem era, e lá estava Guilherme com uma bermuda jeans desbotada nas laterais com alguns sinais de rasgo, camisa branca e um tênis sport casual, lindo, mas nem liguei muito, o Fernando na sala e agora eu perdido com o que fazer.

- Vamos entrando?

- Claro – ele entrou e me abraçou, não sei de onde surgiu toda essa intimidade

- Quem é ele? – Falou Fernando com uma cara nada boa

- Bom dia, sou amigo do Marlon, o Guilherme, tudo bem?

- Estou indo Marlon era só isso mesmo – falou seco deixando o Guilherme com a mão estendida, fui até a porta atrás dele

- Você estava me falando que tinha mais alguma coisa, mas não falou, já vai embora sem dizer

- Não era nada bom almoço

- Você não quer almoçar? - Ele entrou no carro e deu partida

Depois de todo esse clima fiquei desconexo, levei o Guilherme para comermos na mesa, havia trazido vinho, eu não sou acostumado com isso, mas não iria fazer a desfeita e fui pegar as taças, almoçamos conversamos um pouco com tudo ocorreu normalmente, e em momentos me pegava pensando o que o crápula queria falar e acabou não dizendo. O Guilherme saiu já era 14h não ocorreu nada demais.

- Marlon estou indo!

- Certeza que não quer ficar mais um pouco?

- Não, agradeço mas preciso ir, e agradeço o almoço

- Por nada! - Ele já ia saindo quando voltou e me convidou para jantar amanhã

- Claro que aceito – Ele sorriu me deu um selinho e saiu correndo para o carro, fiquei estático não sabia o que fazer ele saiu com o carro buzinou e acenou. Que sábado esse meu hein!