Assim que acordou, Harry se soltou do filho e saiu em silencio do quarto. Foi até a sua suite, fez suas necessidades, lavou o rosto e se perguntou o que faria.
Ontem só tinha sido mais um dia que mostrava a ele o quanto tinha pessoas que dependiam dele. E ele não podia fraquejar. Seu filho precisava dele. Seus filhos precisavam dele. Não era momento para desabar. Por mais que tudo que ele quisesse era gritar, chorar e se embebedar, ele naquele momento não podia.
Respirou fundo como se o ar nunca mais fosse suficiente ao redor dele e enxugou o rosto. Hora de enfrentar os seus demônios. Ou melhor, o seu demônio. Demônio esse com nome e sobrenome que ele de verdade não sabia como denominar.
Saiu do quarto e desceu as escadas. Hermione foi encontrada na cozinha da casa fazendo o café.
- Mione, eu não tenho como te agradecer. Muito obrigado por ficar aqui.
- Que isso Harry, eu sei que vocês iriam precisar de ajuda.Os meninos foram para a Toca. Achei melhor do que eles ficarem aqui vendo o irmão da forma que estava. Em falar nisso, ele está melhor?
- Da ultima vez que ele acordou, de madrugada, foi porque o Draco tinha levantado para ir no banheiro e ele acordou gritando de dor. Mas ele logo se acalmou e voltou a dormir. Quando eu sai do quarto, ele ainda estava dormindo e não acordou, então acredito que está melhor.
- HARRY, VEM AQUI.
- Ou não. - E saiu correndo para o quarto do filho. - O que houve?
- Tiago quer tomar banho mais ainda ta muito fraco. Me ajude.
- Vem filho, vamos tomar um banho pra ajudar. - E assim, os dois deram banho em Tiago que parecia melhor. Terminando o banho, ajudaram a colocar uma roupa e desceram para a sala.
Harry colocou o filho sentado no sofá e já ia levantando quando Tiago começou a chorar.
- Pai, ta doendo. Fica aqui comigo. Chama o papai também.
- Calma filho, já vai melhorar.
Draco, que estava arrumando a bagunça que estava o quarto, logo desceu e viu seu filho choramingando no colo do pai. Terminou logo de descer as escadas e foi rapidamente na cozinha, pegando café e chá na mesa onde Hermione tinha posto o café da manhã e levou a sala. Entregou a xícara de chá para Harry e se sentou no sofá logo tendo o seu filho jogando as pernas em seu colo ficando com o tronco no colo do pai.
- Toma Tiago, beba um pouco. Você precisa se alimentar, meu filho.
Aos poucos, os dois conseguiram fazer com que Tiago comesse alguma coisa. Hermione tinha levado algumas coisas para eles na sala e nesse momento Tiago estava como uma bola no colo do pai e parecia estar com frio. Os três ficaram grudados, e logo parecia que Tiago estava um pouco melhor.
O resto do dia se passou da mesma forma. Tiago não conseguia ficar muito tempo longe dos pais e reclamava de dor todas as vezes que isso acontecia.
Porém, ao anoitecer, ele foi melhorando e já conseguia ficar sem um dos pais por um período de tempo. Harry então achou melhor ir verificar com estavam os outros filhos. Enquanto Tiago dormia com Draco, ele levantou e foi até a Toca. Afinal, ele precisava saber como os filhos tinham se comportado.
Chegando lá, ficou com os filhos mas a senhora Weasley achou melhor as crianças irem dormir logo pois já não era muito cedo. Foi então colocar os filhos para dormir e acabou pegando no sono enquanto contava uma historia.
No outro dia, quando todos terminavam o café da manhã, Harry começou a sentir uma dor muito forte. Todo seu corpo doía e ele só conseguia pensar em encontrar Draco. Conseguiu se despedir e apartou em casa. Um grito de dor chegou aos seus ouvidos e ele logo correu para a origem dele. Draco estava no quarto deles, encolhido na cama, chorando de dor.
- O que aconteceu?
- Gracas a deus. Deita aqui do meu lado pelo amor de merlim.
Assim que Harry se deitou, Draco se enroscou no mesmo e a sensação de poder respirar novamente o trouxe paz. Harry estava rígido. Congelado. Não sabia o que fazer. Ainda estava muito irritado com tudo que aconteceu e não sabia como agir com o marido.
Respirou fundo e sabia que aquele era o momento.
As coisas finalmente seriam esclarecidas de verdade.
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Sempre você
RomanceE se Harry Potter descobrisse que toda a sua vida na verdade era uma mentira? Se ele descobrisse que os últimos anos ao lado daquela que ele acreditasse ser Ginevra Weasley na verdade não era quem ele imaginava ser? Será que o amor poderia sobrevive...