Simon tenta me acalmar em meio aquele caos,apesar dele também estar nervoso e com medo do que poderia acontecer, ele decide tomar as rédeas da situação.
As pessoas que estavam no terceiro andar subiram para o quarto, fazendo com que todos os sobreviventes ficassem reunidos em um só local – o que era bom, porque teríamos mais gente para dar suporte e tentar solucionar como sairíamos dali assim que os outros andares ficassem menos submerso.
Poderíamos estar seguros ali por enquanto , mas não a longo prazo e todos nós sabíamos disso.
Sinceramente, devo dizer que não sabia o que era mais assustador: os corpos espalhados pelo andar, o desespero estampado em nossos rostos, o medo de um próximo evento ou o choro angustiante das pessoas que perderam seus parentes ou não sabiam como estavam...
Exatamente nesse momento de angústia, ao analisar cada um dessas coisas que meu pensamento vai de encontro ao meu irmão.
-Simon ! –aperto sua mão com força, enquanto sinto meu coração disparar – Meu irmão! E se aconteceu algo com ele,Simon ? Meu Deus... – termino de dizer a frase e ao pensar que Finn pode estar morto uma hora dessas e ter morrido sozinho, me faz instantaneamente chorar e perder total o controle da situação...
Dizem que em momentos como esses, o correto a se fazer é manter a calma,mas se você for parar para pensar é praticamente impossível manter uma postura tranquila em situações assim.
-Clary,deixe-me te lembrar que o Finn é um cara esperto, além do mais ele vê jornal, ouve rádio o tempo todo, ele provavelmente, diferente de nós, foi alertado do que estava por vir. Por isso,ele deve ter corrido para o prédio mais alto da cidade, até mesmo para o apartamento de vocês que é super alto. Ele está bem,Clary,e nós vamos encontrá-lo assim que sairmos daqui.
A voz confiante de Simon e o seu abraço, me confortam naquele momento e me ajudam a recuperar a postura,afinal,se o Finn estiver vivo,eu tenho que encontrá- lo.
-Então, alguém tem uma ideia de como sairemos daqui ou se continuarmos aqui como vamos sobreviver sem água, comida, sem se aquecer ? O frio só aumenta e o fato de estarmos molhados não ajuda muito!– um menino grita para que todos na sala pudessem ouvir.
-Sair ? Você tá louco,criança? O que te faz achar que sairíamos de onde estamos relativamente seguros ? –disse um cara com sua voz grossa em meios os berros.
-Exatamente, caro senhor! Você disse relativamente seguro, ou seja, ainda corremos perigo aqui, então eu volto a perguntar, como sairemos daqui ?-disse novamente o menino só que dessa vez com um tom de voz um pouco mais impaciente.
-O cara está certo, não vamos sair daqui, e se outra onda vier? Estaremos no meio da rua e morreremos!-gritou uma mulher enquanto tentava fazer o ferimento de sua perna parar de sangrar.
E tantos outros ali presentes concordaram com a mulher e com o homem. Em meio a uma nova emoção de desespero com a possibilidade de uma segunda tsunami.
-Vocês são loucos ! Nós morreremos se continuarmos aqui, isso sim! Entendam que estamos fadados a morrer se não tentarmos sobreviver!– gritou o menino, enquanto puxava uma menina para perto dele e caminhavam para a porta em direção ao terceiro andar .
Não demorou muito para que eu puxasse o Simon também para segui-los. A ideia de sair da instituição bibliotecária era sim assustadora e um tanto quanto complicada, mas pensar em morrer ali naquele lugar enquanto meu irmão poderia estar vivo e precisando de mim, era ainda mais assustadora.
-Ei, vocês! - gritei para que o menino me escutasse e olhasse para mim-Nós concordamos com vocês. Vamos sair daqui juntos!
No mesmo instante o menino e a garota pararam de andar, viraram-se para nós, sorriram e por fim, se aproximaram.
-Meu nome é Liam, tenho 21 anos e essa é minha irmã, Alyssa, ela tem 19 –disseram estendendo as mãos para nós como um gesto amigável.
-Eu sou Clary,tenho 17 anos e esse é meu amigo,Simon,ele tem 17 também. – nos cumprimentamos – O segundo e o primeiro andar estão inundados, não adianta ir olhar. O impacto foi recente demais para que a água tenha recuado. Não gosto da ideia de ter que ficar aqui mais um pouco, mas é o que não resta no momento.
(...)
Enquanto Simon,Liam,Alyssa ficavam debatendo as possibilidades de como sair dali por horas, decido olhar como estava a rua pela janela da biblioteca e devo dizer que era inacreditável ver a cidade daquela maneira, completamente inundada e destruída.
Fiquei cerca de uns dez minutos observando tudo aquilo, até perceber algo incomum.
Estranho...-pensei comigo mesma- alguns dos prédios estão com uma mancha bem visível que representa o nível da água que estava a pouco tempo naqueles prédios...
Demorei alguns minutos para poder analisar a fundo o que estava de fato acontecendo e percebi que aqueles prédios com suas manchas que representam o nível da água poderia ser excelentes mediadores para que nós pudéssemos saber o quanto o mar já recuou. Sabendo disso, saberíamos o exato momento de começar a agir e sair dali.
-Já sei como sairemos daqui. -disse à Alyssa e aos meninos - Mas, sinto que vocês não vão gostar nem um pouco a ideia...-disse em meio a um sorriso e enquanto eles me olhavam assustados e intrigados.
ꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤ ꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤꕤ
Espero que vocês tenham gostado desse capítulo e que tenham tido uma leitura incrível ! Se gostarem da história, não se esqueçam de votar, comentar, por favor!
Sua participação é muito importante para o crescimento e melhoria desse livro!
Muito Obrigada!!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destruição total : O fim do mundo
Science Fiction[LIVRO CONCLUÍDO] "Se o fim do mundo ocorresse, como você acha que seria?" Essa era uma pergunta que estava no meu teste de geografia naquele mesmo dia em que foi datada o fim da humanidade e do planeta terra. Engraçado que eu achei a pergunta idiot...