Capítulo 6

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Mesmo pensando na hipótese de que uma segunda tsunami poderia ocorrer, decidi não tomar nenhuma atitude desesperadora antes da hora. Por isso, sem acordar ninguém decido olhar a situação do segundo andar sozinha, apesar de ser uma tentativa arriscada e estar muito frio.

Devo dizer que não sou nenhuma profissional em natação nem nada do tipo, mas eu passei grande parte da minha vida fazendo aulas para aprender a nadar corretamente, afinal, eu surfava frequentemente e precisa me virar sozinha dentro da água.

Desse modo, desço até o terceiro andar e caminho até a porta que leva ao segundo andar. Confesso que estava apreensiva com o tanto de água que eu encontraria do outro lado da porta, mas estava ao mesmo tempo confiante de que o andar não estaria nem perto de estar inundado. Portanto, tomo coragem e abro a porta do segundo andar.

Para a minha supresa o segundo andar estava menos molhado do que eu imaginava,o que me deu esperança e mais força de vontade em explorar o primeiro andar.

Caminho até as escadarias do primeiro andar enquanto observo os corpos das pessoas que morreram afogadas pela sala.

Poderia ser eu.-penso comigo mesma,enquanto tento desviar os pensamentos .

Assim que eu abro a porta do primeiro andar um jato de água vem no meu rosto e percebo que para o nosso azar, o primeiro andar ainda estava inundado.

Decido -ressalto que no calor do momento - tomar uma atitude arriscada, levemente motivada pelo desespero de sair logo dali e encontrar meu irmão.

Tomada por uma mistura de sentimentos, decido explorar o primeiro andar, mesmo sabendo que estava inundado. Respiro bem fundo, seguro o ar e adentro as escadarias que levam ao primeiro andar.

Simon vai querer me matar quando souber que eu vim aqui sem ele – penso comigo mesma, enquanto vou nadando e adentrando o primeiro andar.

Percebo em determinado momento que o andar não está completamente submerso, pois verifico que há uma pequena brexa perto do teto que permitia que nós pudéssemos recuperar o fôlego e que também comprovasse automaticamente a minha teoria de que a água do mar estava realmente recuando, pois caso contrário isso aqui tudo estaria completamente inundado,inclusive o segundo andar.

Ainda bem que a biblioteca é gigante, porque se ela tivesse poucos andares, provavelmente estaríamos mortos agora. -penso aleatoriamente comigo mesma.

Recupero o fôlego e começo a nadar pelo local em busca de uma rápida saída.
Passo por vários corpos e livros flutuando na água, sinto um aperto no peito e medo ao mesmo tempo de o mesmo acontecer comigo.

Tento sair pela porta,mas percebo que alguma coisa estava bloqueando pela parte de fora.
Poderia ser qualquer coisa. Tudo foi destruído e arrastado pela força do mar.

Subo novamente para recuperar o fôlego e desço , percebo então, que na verdade só conseguiríamos sair dali se fosse pelas janelas, mas que precisaríamos tomar cuidado porque elas estavam quebradas devido ao impacto e pressão da água e por isso nós poderíamos nos cortar.

Tendo explorado o local, decido retomar e encontrar o pessoal para contar da minha descoberta. Contudo, quando estava quase chegando nas escadarias sinto algo prender minha perna e instantaneamente,o desespero assume o controle, começo a desperdiçar o fôlego e a ideia de morrer afogada ali naquele momento não me parecia distante da realidade...

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