Destruição total : O fim do mundo

Capítulo 21

E assim, aquele grupo com 16 pessoas pessoas caminham pela cidade dos Estados Unidos na esperança que tudo dê certo, mas após algumas horas de busca, essa esperança se transforma em desespero quando a neve começa a cair, de maneira densa, relativamente rápida...

-Atenção equipe de resgate!-grita bem alto o capitão para cada um de nós-Sei que não estávamos preparados para isso, esperávamos que a tempestade começasse daqui a alguns dias e que já teríamos retornado ao apartamento com êxito na nossa missão! Isso é apenas um contratempo, a tempestade está no início, vamos agilizar o processo o quanto antes e retornar em breve! Vamos nos separar nos grupos que foram pré estabelecidos e iniciarmos efetivamente as buscas, imediatamente!

Todos estavam desesperados, somente algumas pessoas participaram da equipe de resgate desde que os desastres começaram. Portanto, muitos indivíduos que ali estavam eram voluntários e até então não tinham tido efetivamente um contato com uma situação de risco desde de o desespero com a tsunami.

E foi por exatamente esse motivo que eu não comentei com todos ali, que não deveriam subestimar a força da natureza, até porque estávamos enfrentrando os piores fenômenos naturais do século.

-O que vocês estão aguardando?-perguntou o capitão em um tom sério em sua voz-Comecem a procurar imediatamente!

E a partir dessa ordem final, eu , Simon, Finn, Kate, Peter e mais três pessoas que faziam parte da nossa equipe de resgate começamos a procurar por suprimentos.

***

Ficamos o dia todo procurando por qualquer tipo de objeto,alimento, ferramenta, equipamento, medicamento que fosse útil para levarmos ao apartamento.

E conseguimos encontrar uma boa quantidade comparada ao que imaginávamos que conseguiríamos.

Boa parte desses suprimentos encontrados
foram achados em apartamentos com muitos andares e que não tinham sido derrubados com a força da água ou até mesmo inundados, fazendo com que se fosse possível explora-los.

-Atenção, Equipe 3- disse o capitão pelo rádio que estava na mão de Peter-Já está tarde, passamos o dia inteiro explorando e já está quase escurecendo, portanto, aconselho que encontrem um local onde possam passar a noite e amanhã retornaremos a busca. Câmbio, desligo.

-Todos ouviram?-Perguntou Peter-O capitão mandou a gente procurar algum hotel luxuoso para passarmos a noite. -disse por fim Peter de maneira sarcástica.

-Só aceito se tiver hidromassagem e vista para o mar, assim eu posso exibir a sunguinha que estou usando por baixo dessa roupa! -disse Simon de maneira brincalhona.

-Vista para o mar ? Não teremos no momento senhor,mas se você quiser, a gente pode solicitar uma segunda tsunami para atender suas necessidades de vista para ao mar! Vou ter que contactar a mãe natureza, mas ela é minha parceira!-disse Peter também brincando.

-Sendo assim eu dispenso! -disse Simon por fim rindo daquela conversa.

-Meninos como vocês podem brincar com uma situação tão séria? - disse Kate assustada e claramente com medo do que poderia acontecer conosco.

-Porque amor, a situação já está complicada demais, e se não fizermos uma brincadeira, uma piada ou qualquer coisa do tipo, nós iremos enlouquecer, é muita coisa para a gente processar numa boa. Rir é e sempre vai ser o melhor remédio, ainda mais em situações difíceis e que precisamos ser fortes. -disse Peter por fim dando um abraço e um beijo na testa de Kate que sorri em seguida para o namorado.

-Eu não sei vocês, mas eu não aguento mais ficar dentro desse apartamento em que estamos, não tem quase nada aqui, além de pessoas mortas e objetos destruídos.Vamos retornar para o quarto apartamento em que encontramos no início da busca. A estrutura daquele lá é uma das melhores que encontramos até agora.-disse por fim.

E assim, fomos para esse local.

***

Não demoramos muito para chegar no nosso destino, o apartamento era bem localizado na cidade, ainda mais em uma cidade devastada.

-Afinal em qual andar ficaremos?-disse Finn.

-Último andar?-disse Simon.

-Eu prefiro o primeiro!-disseram Kate e Peter ao mesmo tempo e depois fizeram uma cara de surpresos por terem dito a mesma coisa ao mesmo tempo.

-Melhor o último mesmo!-disse um dos meninos da equipe de resgate.

-Afinal, o que vai ser?-disse o meu irmão.

-Vamos ficar no último andar, que no caso é no sétimo, quando eu estava explorando mais cedo vi que tem uma lareira, ela ainda está intacta apesar dos leves danos, nós podemos usar um isqueiro ou qualquer outra coisa que ponha fogo para acendê-la. Assim ficaremos mais aquecidos.-disse por fim e de maneira convincente de modo que todos aceitaram.

***

A noite caiu, e lá estava um grupo de oito pessoas tentando não morrer de frio.

Quando eu disse que não deveríamos subestimar a natureza eu falei sério, pois, foi uma questão de horas para que o frio e a neve se intensificassem muito.

Até mesmo com a lareira passávamos frio.

Enquanto todos estavam perto da lareira, eu estava sentada perto da janela vendo a neve cair, enquanto sentia meu corpo todo tremendo de frio e a ponta do meu nariz gelado.

Meus pensamentos estavam a mil e tão somente são desviados quando Simon aparece me enrolando no mesmo cobertor que ele estava, fazendo com que ficássemos abraçados, seus braços envoltos na minha cintura.

-Obrigada...-digo, supresa com o gesto.

Simon sorri de leve em seguida e assim eu encosto a cabeça no seu ombro e com uma das minhas mãos repousadas sobre o seu peito, conseguia sentir seu coração acelerado.

***

Na manhã seguinte em que acordo, percebo que o clima está ainda mais frio do que a noite passada, a lareira tinha apagado e todos ainda estavam dormindo.

Decido olhar pela janela como está a situação lá fora, mas não consigo ver nada,pois o vidro está embaçado.

Por isso, decido descer e sair para analisar a situação que enfrentaríamos durante mais um dia de missão.

Contudo, no momento em que eu tento empurrar a porta do saguão do prédio para sair percebo que tem alguma coisa estranha acontecendo, pois estou empurrando a porta com toda a força que há contida em mim, mas nada acontece.

Leva questão de segundos até eu poder analisar  e entender que havia nevado tanto durante noite anterior que naquele momento a neve estava bloqueando a nossa passagem e estávamos presos ali...

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