Uma música lenta começou a tocar e com uma cena totalmente clichê, pude ver Charlie, ou melhor, Chaz, me chamando para dançar simplesmente estendendo sua mão numa tentativa de que eu a pegue, então o fiz. Me levantei e peguei em na sua mão, ele foi me levando para o meio do salão, colocou uma de suas mãos na minha cintura e então começamos a dançar e naquele momento eu apenas sorri e encostei minha cabeça no seu peitoral.
- Eu estou feliz por ter te conhecido Samantha.
- Eu também estou, menos quando me chama de Samantha, ai eu quero que você volte - demos risada.
- Sua amizade está sendo muito importante para mim - ele beijou minha cabeça - Fazia temo que eu não tinha alguém tão parceiro ao meu lado.
- É exatamente isso, você realmente tirou as palavras da minha boca - eu sorri.
Nada podia estragar aquele momento, a não ser eu. Meu estômago começou a embrulhar e comecei a suar frio, me afastei do Charlie e sem dizer muita coisa fui andando um tanto quanto rápido para o banheiro dos fundos, me tranquei no mesmo e não consegui segurar. Dei descarga e ainda me sentindo mal, fechei a tampa da privada e sentei na mesma até que ouvi Chaz batendo na porta e perguntando se estava tudo bem. Me levantei e destranquei a porta, comecei a molhar meu rosto enquanto ele entrava e tentava me ajudar.
- O que aconteceu? Se estava assim por que veio?
- Eu não estava, não sei o que aconteceu - terminei de limpar o rosto - Deve ser algo que comi, não sei...
- Quer algum remédio, ir ao médico...
- Eu só vou para casa - o interrompi - acho melhor, não estou me sentindo bem.
- Eu te acompanho.
- Essa festa é para você - eu sorri e dei um beijo no seu rosto - Eu te mando mensagem qualquer coisa.
Não o deixei terminar de falar, a festa também era para ele e eu tinha certeza que ele iria curtir muito mais do que se ficasse apenas comigo por ali. Eu até ficaria mais, apesar de não ser o meu evento favorito, era um ambiente agradável com pessoas agradáveis, ou pelo menos tentam ser. O importante é que tudo ocorreu bem e não tinha nada para dar errado, estava no meio da festa já.
Sem demorar muito cheguei em casa, tirei o meu vestido, o pendurei e guardei, tirei os meus sapatos e também os guarde. Coloquei o meu roupão de seda preta e me sentei na penteadeira para tirar minha maquiagem, sem demorar muito comecei a sentir os mesmos sintomas, bufei numa tentativa de reclamar e fui direto ao banheiro, meu eterno companheiro ficou comigo me fazendo companhia enquanto eu realmente passava mal. Me levantei novamente e dei descarga, me olhei no espelho e lavei meu rosto, escovei meus dentes e fui até a sala. Me sentei e coloquei "para todos os garotos que já amei" enquanto estava deitada fazendo carinho no Homer.
*
Me assusto com minha campainha tocando e Homer automaticamente latindo, peço para que ele pare e me levanto para atender a porta. Fico surpresa ao ver Chaz na porta com dois sacos de viagem do Mc Donalds na mão, dou risada e espaço para que ele entre no meu apartamento, ele coloca os dois sacos no balcão que "divide" a cozinha da sala e começa a abrir o dele.
- A festa estava sem graça sem você lá, mas pode deixar que o seu nome estava no discurso que mandaram eu fazer - dei risada com o que ele disse.
- Eu vomitei horrores e você me traz um lanche desses? - dei risada e ele deu de ombros - Por isso gosto de você.
Me sentei com ele no balcão e comecei a abrir meu lanche, olhei para o mesmo e apenas tampei a caixinha de volta, já que eu sabia que não deveria comer, apenas peguei as batatas e a coca e fui até o sofá.
- Só queria dizer que eu vou passar a noite aqui hoje.
- Visto que são 4 da manhã, não esperava outra coisa.
- Ainda bem - ele se levantou e foi vindo em direção ao sofá para sentar - Se você passar mal eu estou aqui para te ajudar.
- Obrigada - eu sorri e coloquei "diário de uma paixão" para assistir.
- Logo depois de "para todos os garotos que já amei"? Você realmente está na fossa querida e vai me colocar nela também - demos risada.
- Deve ser a TPM - dei risada - Se continuar saindo comigo, se acostuma.
- Eu acho que posso me acostumar com isso - ele se aproximou e beijou minha testa.
Terminei de comer minhas batatas e tomar minha coca e coloquei na mesinha ao lado do sofá, ficamos assistindo o filme e comentando a cada cena e nas cenas românticas eu resmungava que não existia ninguém desse tipo no mundo e era por isso que eu não me relacionava e Charlie insistia em dizer que eu era amarga por conta do meu antigo relacionamento, essa briga durou o filme todo praticamente. Sem demorar muito, pegamos no sono ali mesmo, eu pelo remédio que tomei para enjoo e Charlie por estar exausto da festa e de bebida, e Homer... bem, Homer nos acompanhou.
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Eu te amo, Nova York
RandomSamantha Montgomery, uma mulher de 24 anos, não tão responsável, tem uma vida fora do normal, com direito a muito trabalho, muitas festas, drogas e bebidas. Sua vida irá mudar de cabeça para baixo a partir do momento que recebe uma noticia totalme...