Capítulo 2: A Guerra.

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A guerra estava prestes a começar, as Deusas e os Juízes estavam em seus picos de poder, quase se igualando ao poder do supremo, porém, ele sabia que esta guerra poderia causar a destruição do universo em que estavam e causar total desordem aos outros; os conceitos de espaço e tempo, vida e morte, criação e destruição estariam destinados a deixarem de existir. O supremo sabia o que teria que fazer para impedir que isso acontecesse, só não sabia se estava pronto para isso.

-Parem agora! - Gritou o supremo. - Ninguém vai morrer aqui!

-Estamos fazendo isso para te proteger. - Diz Alana.

-Não podemos permitir que o senhor morra. - Completa Elena.

As duas concentram suas energias e lançam uma poderosa esfera de energia contra os Juízes.

-Ahh! - Os dois irmãos gritam.

E juntando forças conseguem se defender do ataque das Deusas.

As Deusas e os Juízes continuaram a batalha durante um tempo, enquanto isso, o supremo seguia indeciso sobre como deveria lidar com a situação; ele estava imóvel no campo de batalha, ficava apenas pensando em alguma forma de resolver aquilo sem precisar dar um fim a eles; as suas criações perfeitas que até então faziam seus papéis de forma impecável estavam em guerra. O supremo sabia que as Deusas só o queriam proteger, porém sabia também que se matasse os Juízes para que pudesse criar outros deuses da vida e da morte a história iria se repetir futuramente e causar uma nova guerra entre divindades; também sabia que se deixasse existir apenas as Deusas não haveria quem tomasse conta da vida e morte nos universos. Ele então finalmente se decidiu, e por mais difícil e dolorosa que tenha sido, sua escolha foi destruir aquilo que havia criado, era o único jeito de acabar com essa guerra.

-Já chega! - Grita o supremo. - Vocês se tornaram algo que eu não previ, algo que foge completamente ao que eu queria desde o início, peço que me perdoem, mas eu não tenho escolha.

-Não pode ser, você não vai... - Diz Elena, assustada.

-Sim... esse é o único jeito de dar um fim a essa guerra. - Reponde o supremo, com uma expressão triste em seu rosto.

-Estão vendo Deusas? - Pergunta Zherkof. - Seu próprio criador agora quer destruí-las, estão nos entendendo agora?

-Eu estou sem palavras, - Diz Alana. - Por quê supremo?

-Acreditem em mim, não há outra forma de resol... - Antes que pudesse terminar, o supremo é interrompido.

-Cale a boca! - Grita Vermont. - Você nos cria para fazer as suas vontades, seguir as suas ordens, nós nunca tivemos liberdade, eu discordava do meu irmão até então mas agora vejo que ele estava certo.

-Sempre estávamos tentando fazer tudo corretamente, tomando conta dos universos e daqueles reles mortais, nós cansamos disso. - Completa Zherkof.

A situação estava virando contra o supremo naquele momento, os Juízes estavam tomados pelo ódio e prontos para matá-lo; já as Deusas estavam confusas, começaram a pensar em tudo que os irmão haviam dito e em tudo que estava acontecendo, e estranhamente perceberam que os Juízes poderiam estar certos. Elena então se deixou tomar pelo sentimento de ódio que a cercava naquele momento, não conseguia acreditar que seu próprio criador agora queria destruí-la; então com uma expressão séria disse:

-Quero lhe perguntar algo supremo. - Disse Elena, com uma expressão séria.

-Pois bem, diga. - Respondeu o supremo.

-Quais são suas últimas palavras? - Completa Elena.

Todos ao redor ficaram boquiabertos com o que ouviram e o silêncio tomou conta do lugar, era difícil acreditar no que estava acontecendo naquele momento; no entanto, os Juízes já comemoravam o fato de que tinham as Deusas ao seu lado agora, enfim, nada os podia deter nesse momento, ou quase nada.

A Porta Dourada e as Sete Chaves DivinasOnde histórias criam vida. Descubra agora