A Porta Dourada e as Sete Chaves Divinas

Capítulo 3: O Renascimento.

Após todos os eventos da guerra entre divindades, a Terra agora era um lugar calmo, puro e sem maldade alguma, graças a entidade que havia nascido ali, após a explosão mágica, agora havia vida no planeta, várias espécies de criaturas e tipos de diferentes de plantas, essa entidade que chamara a si mesma de Celestia, havia salvo o planeta. Celestia havia herdado características das Deusas Divinas, como o sexo, aparência, pensamentos e aprendizado, nascera sabendo falar e raciocinar, nascera pronta para liderar. 

Celestia  passava seus dias cuidando das criaturas que havia criado, para que não houvesse nenhum problema; ela tinha um companheiro, um grifo com belas asas brancas e de penas douradas, apelidado de Hípono que Celestia havia ensinado a falar, os dois eram inseparáveis, Celestia contava com a ajuda dele para quase tudo. No começo as criaturas eram pacíficas e se alimentavam apenas das plantas que lá haviam, no entanto, isso um dia mudou. Certo dia Celestia estava a voar com Hípono pela terra chamada de Quasar por uma região ao oeste quase vazia, poucas criaturas viviam ali, pela falta de água e comida, era um lugar seco, tiveram de se adaptar ao ambiente para poder sobreviver; sobrevoando a região Celestia então avista uma criatura que não conhecia, ela claramente estranhou já que era responsável por ter criado cada vida ali presente, então logo ela desceu até o local para ver o que estava acontecendo e então se deparou com algo que nunca esperou ver. 

-Mas o que é isso?! - Gritou espantada. 

-Com certeza não é algo que você tenha criado, Celestia. - Responde Hípono.  

Aquelas criatura desconhecida e irradiando um ar maligno era a mesma que havia escapado da dimensão distorcida, tinha uma aparência diferente de tudo que já tinham visto, era bípede e bem alta de cor escura, em sua face apenas existiam dois olhos brancos, era magra e não tinha pés, porém um perfeito equilíbrio, também extremamente rápida, realmente não era daquele lugar.

-Não estou com um bom pressentimento, vamos nos aproximar um pouco mais. - Diz Celestia, aflita.

Os dois então se aproximaram demasiado da criatura e tiveram sua presença notada por ela.

-Olá, filha das Deusas. - Sussurra a criatura. 

-Quem é você? E quem são essas deusas? - Pergunta Celestia, aflita.

-Ah, então a portadora do dom da criação não sabe quem é? Haha 

-Eu sei muito bem quem sou, Celestia, a criadora da vida! 

-Você não sabe nada criança. - Responde a criatura com um tom mais forte. 

Os dois então se encaram por um momento com expressões fortes, como se estivessem tentando mostrar seu poder, quando de repente a criatura com sua velocidade extrema se vira e salta.

-Que rápida! - Grita Celestia, espantada. 

-Yonoru... - Diz a criatura. - Lembre-se desse nome. 

-Hípono, vamos voltar. - Diz Celestia. 

Então os dois saíram voando de lá, e Celestia se concentrou em procurar pistas sobre aquela criatura, no entanto após muito tempo procurando, Celestia não encontrou nada a respeito, muito menos sabia o que o nome Yonoru significava, talvez fosse o nome dele, talvez fosse de alguém acima dele, a única coisa que sabia era que aquela criatura representava ameaça a Quasar e ela precisava proteger essa terra, e foi isso que fez durante cinquenta anos.

Após meio século as coisas tanto em Quasar, quanto no planeta Terra haviam mudado muito, Celestia já havia aprendido a usar magia, mas não a dominava muito bem, no entanto acabou por aprimorar seu dom de criação, e após anos de evolução e prática, o primeiro ser humano fora criado. Celestia havia tentado criar algo baseado em sua aparência, e com algumas diferenças nasceu ali o primeiro homem de Quasar que Celestia  chamou de Theno. Posteriormente Celestia deu vida a vários outros humanos, e esses por sua vez deram vida a uma civilização, ali nasceu a vila de Kardelion. Muitos anos se passaram e além dos seres humanos, outras raças começaram a surgir, e criar suas próprias civilizações na terra de Quasar, desde seres humanos até elfos. Celestia ensinou magia aos primeiros seres para que passassem esse conhecimento adiante, para as próximas gerações. Ela estava orgulhosa de tudo que havia criado. Certa vez foi informada de uma vila ao oeste de Quasar, onde haviam bruxos de nível alto, e então resolveu fazer uma visita a eles junto a seu companheiro Hípono, assim aconteceu, os dois saíram para conhecer essa pequena aldeia, a aldeia de Fergen.