nove

626 30 46
                                    

Conforme o prometido, Harvey havia aparecido na frente da casa de Donna às 21h em ponto e agradeceu mentalmente ao fato de estar encostado no carro preto quando a viu saindo de seu apartamento. Ela usava um vestido preto e longo com as costas expostas, e seu cabelo estava todo arrumado para o lado esquerdo, fazendo com que Harvey engolisse em seco.

Look at you! You look beautiful. — Harvey disse sorrindo. Pegou a mão da ruiva e a fez dar uma volta a fim de admirá-la antes de plantar um beijo ali.

I know! — Donna riu e depois deu um sorriso suave. — You don't look so bad yourself. Thanks, Harvey.

You're welcome. — Harvey sorriu enquanto ajeitava alguns fios do cabelo de Donna para atrás da orelha apenas para ter uma desculpa de tocá-la e abriu a porta o carro. — Vamos?

Durante o caminho conversaram amenidades. Harvey não conseguia conter o olhar admirado. Donna possuía uma beleza natural, e embora tivesse acostumado a vê-la maquiada por conta das gravações, ele nunca havia a visto tão bem produzida quanto naquela noite. Se encontrava completamente hipnotizado. A ruiva notou a forma que Harvey olhava para ela e, por mais que tentasse o contrário, acabava retribuindo da mesma maneira.

Ao chegarem na casa de Lily, Harvey abriu a porta para Donna novamente e a guiou com o braço ao redor de sua cintura até a cobertura. Ambos estavam cientes da proximidade em que se encontravam naquele momento, mas não ousaram a se afastar.

— Donna! Que surpresa adorável! — Lily disse assim que avistou a ruiva ao lado de seu filho. — É sempre bom vê-la.

— Igualmente, Lily. — Donna a abraçou. — E feliz aniversário!

— Muito obrigada, querida! — Lily retribuiu o abraço e se afastaram. — O que você fez de errado para o meu filho te arrastar para a tortura anual dele? Você perdeu alguma aposta? Não precisa fazer isso se não quiser! I got your back. — Lily piscou para Donna e Harvey revirou os olhos.

No, it's fine. — Donna riu. — Na verdade fico feliz em estar aqui. — Ela disse com sinceridade.

Well, in that case, have fun you two. — Lily deu um sorriso para os dois. — Mas não muita! Vocês ainda precisam trabalhar amanhã. — Ela afagou o braço dos dois ao mesmo tempo e saiu para receber outro convidado que tinha acabado de chegar.

— Então... — Donna começou e parou de frente para ele, alisando seu terno. — O que Harvey Specter faz na festa de aniversário da mãe todo ano?

— Bom, primeiro eu pego uma dessas. — Harvey esticou as mãos para pegar duas taças de champanhe do garçom que estava passando e entregou uma para Donna, que sorria com diversão. — E depois eu procuro um lugar mais reservado. — Ele tocou em suas costas com a mão livre e começou a levá-la para um canto mais vazio da varanda.

— E o que aconteceu com a parte de precisar socializar? — Donna riu um pouco nervosa. O mais simples toque de Harvey contra a sua pele nua tinha sido o suficiente para deixar todo o seu corpo em chamas.

— Bom, eu tento ao máximo ficar afastado das pessoas. Socializo quando é necessário. — Ele acariciava as costas dela com o polegar enquanto falava. Donna ficou de frente para ele quando pararam perto da grade, ignorando a bela vista da cidade. — Espero que pelo menos algumas pessoas me deixem em paz ao perceberem que estou acompanhado.

— Então você está apenas me usando, Mr. Specter? — Donna provocou levantando uma sobrancelha e bebericou sua taça de champanhe.

— Jamais, Ms. Paulsen. — Harvey sorriu e deu um passo em sua direção, encurtando a distância entre eles, e sua voz assumiu um tom mais suave. — Eu convidei você porque eu gosto da sua companhia, gosto de estar com você. Nem tudo o que fazemos precisa ser por causa de um contrato. Espero que saiba disso.

PersonalOnde histórias criam vida. Descubra agora