第二

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~' desiludido, abatido, deprimido, desalentado, desanimado, esmorecido, enganado '~

Passos pequenos. Um por um, caminhada lenta, não gostava da pressa. Os velhos sapatos nos pés, seus preferidos. A música melódica nos fones de ouvido, gostava da calmaria, era consolador.

O movimento pela cidade parecia devagar naquela manhã ensolarada. Os carros passavam, cores diversas, formas. Gostava de seus jeitos diferentes, gostava da adrenalina, mas preferia uma boa caminhada.

Enquanto sussurrava as palavras em inglês da música tão conhecida por si e balançando a cabeça no ritmo, avistou a frente o prédio da escola que frequentava a alguns anos, preso a um lugar gigante. Não gostava do amplo, preferia o discreto.

Avistou a cabeleireira colorida dos amigos e antes que pudesse se esquivar da presença de todos, foi pego em surpresa por um grito estridente e em alto e bom som.

— LEE JENO.

Barulhento; que faz ou é dado a fazer barulho; ruidoso, barulheiro, barulhoso.

Chenle era barulhento, insuportável e grudento. Não gostava do toque na pele, não gostava das vibrações estrondosas no ouvido. Preferia o pacífico, sereno.

— Onde diabos você se meteu todos esses dias? Estávamos preocupados com você seu ingrato. — Respire um pouco donghyuck, não irá lhe fazer um mal assim.

Tagarela; que ou aquele que fala muito; linguarudo. que ou quem não guarda segredos, indiscreto.

Donghyuck era uma máquina de segredos. Como uma cobra faminta, se você tentasse o atacar, ele já teria atacado primeiro e estaria com a presa em seus dentes afiados e sua língua venenosa.

— Estive ocupado. — Baixo. Tão baixo, quase inexistente.

Se sentia em uma montanha russa, subindo e descendo, caindo. Sua cabeça girava e seus belos olhos cor de mel estavam pinicando, mudando.

Puxou o ar, uma, duas, três vezes. Olhou as mãos branquelas e as levou até o rosto, sentindo-o quente, arder. Tinha olhos curiosos sobre si. Não gostava do bisbilhotar, preferia estar escondido, invisível. O vento frio passou sobre seus cabelos negros, bagunçando-os e o arrepiar na pele foi quase inevitável.

Seus olhos então acompanharam a silhueta que entrava pelos portões. Não há nada ao seu redor, vazio e inexistente. Caminhando lento e desastrado com seus milhões de livros em mãos, os cabelos rosas como um algodão doce e seus lábios vermelhos e rechonchudos. Imperfeições, não havia.

Não era uma conta de matemática, odiava equações. Era péssimo.

Seus olhos pareciam cada vez mais nublados e frescos, como uma torta. Só quando pôde ter a atenção do seu espectador favorito, que seu corpo travou e suas pernas ousaram ceder. Não gostava do medo, preferia ser orgulho e seguro.

Ambos os olhos estavam guiados por um fio invisível, arregalados e com cores diferentes. O que havia de tão estupefato naquilo? A cor diferente de seus olhos belos? Ou o fato de reconhecerem que não só ali, mas também em seus ousados sonhos, eles estavam conectados?

Euforia, fogos de artifício. Na jaemin estava ligado a si. Mas, ele o amava como antes? Como sempre amou? Ou apenas Lee jeno tinha o sentimento tão duradouro caminhando por todo seu coração?

Ele mudaria tudo. Ou melhor, não mudaria não. Afinal, ele tinha a chance todas as noites, quando seu relógio batia 2 da manhã. Ele podia mudar cada pequeno detalhe em seu futuro com o garoto de cabelos rosa. Mas se você mexe em algo, automaticamente outra coisa irá sofrer as consequências. É a lei da vida. E não gostava de quebrar regras, preferia não intervir.

Ele apenas queria mudar as palavras amargas que disseram naquela noite. Ou talvez mudar um coração quebrado. Mudar os horários, odiava os horários.

Mas não queria mudar o olhar que o garoto dava a si. Ele era um monstro? Se sentia como um naquele momento. Aproximar, ele queria chegar perto, o tocar. Não podia, apenas observar.

E então, ele fugiu. Como sempre fez durante 730 dias. Odiava os números, mas aqueles eram importantes. O deixavam maluco, mas ele precisava os contar.

Olhou ao longe um pequeno livro caído ao chão e correu para o apanhar. William Shakespeare, clichê.

Pensou em correr atrás do garoto, mas enquanto estivesse com o pertence para si, poderia dizer a si mesmo que agora, finalmente teria um passe VIP para ver sua mais bela obra tão de perto. E talvez, só talvez pudesse finalmente a tocar.

𝚒 𝚠𝚊𝚗𝚝 𝚝𝚘 𝚕𝚘𝚟𝚎 𝚢𝚘𝚞, 𝚘𝚗𝚎 𝚖𝚘𝚛𝚎 𝚝𝚒𝚖𝚎 | 𝚗𝚘𝚖𝚒𝚗.Onde histórias criam vida. Descubra agora