𝚒 𝚠𝚊𝚗𝚝 𝚝𝚘 𝚕𝚘𝚟𝚎 𝚢𝚘𝚞, 𝚘𝚗𝚎 𝚖𝚘𝚛𝚎 𝚝𝚒𝚖𝚎 | 𝚗𝚘𝚖𝚒𝚗.

房间

~' divertido, álacre, eufórico, contente, agradável, exultante, doce '~

A manhã naquele dia estava pesada. Não como uma caixa, mas sim em sentimentos. Não gostava do peso, preferia o leve. Não gostava de carregar algo consigo, preferia não levá-lo.

Não ousou em nenhum momento abrir a caixa de conversas. Não ousou ler as mensagens que havia recebido e muito menos ousou retornar a única ligação perdida. Não havia nomes e estava como desconhecido, mas ele conhecia muito bem quem era o dono.

Não era como se estivesse fugindo, mas estava com medo. Não gostava do medo, preferia acreditar que os monstros embaixo da cama não eram reais.

Suas pernas pareciam mais fracas naquele dia e ao olhar-se no espelho, seus olhos não haviam mudado as cores. Não conseguia entender o que estava acontecendo, mas não havia chance alguma de ainda estar dormindo. Jaemin não estava ali, então era a vida real. Em seus sonhos, eles sempre estavam juntos.

Peludo estava como um furacão em sua porta, miando freneticamente e tentando a qualquer custo abrir a porta. Claramente estava faminto, afinal, já havia passado sua hora de refeições.

Observou também que havia passado de sua hora normal de escola, então resolveu que hoje era um dia de folga. Receberia muito sermão no dia seguinte, mas isso não era algo novo para si.

Como costume rotineiro, calçou as pantufas e após dar comida a peludo, resolveu sentar-se na sala de estar e dar a si mesmo um descanso. Não entendia por que se sentia tão exausto, tão fatigado.

Seus olhos continuavam na cor do sangue e sua cabeça continuava a doer tanto. E antes mesmo de se levantar para voltar ao quarto, seus olhos caíram sobre o livro jogado ao seu lado. Estava aberto e não conseguia lembrar se o leu na noite anterior.

Seus olhos brilharam e conforme o desconforto em seu peito esvaziava, eles voltavam para a tão bela cor de mel. Era assustador, mas estava tão acostumado. Gostava do intimidante, temível.

Seu tempo de espera havia acabado e tanto ele quanto peludo haviam se assustado com o barulho quase anormal da campainha. Não gostava de receber visitas, era quase um marco histórico. Talvez até a dona vizinha estava assustada.

Não entendia quem estava do outro lado da porta, nem seus amigos apareciam por ali. Viu que não era nenhuma ilusão de sua mente quando conseguiu ver pelo olho mágico a silhueta baixinha e de cabelos rosas do outro lado.

Porém, seu corpo reagiu tão rápido e suas mãos travaram na maçaneta. Não gostava de fugir, não fuja.

O garoto estava a esperar e assustou-se quando novamente ouviu a campainha soar alto em seus ouvidos e seu coração acompanhou os batimentos rápidos. Não gostava do nervoso, não fique.

Seus olhos ainda estavam a cessar, a derramar e mudar para a cor original, como o olharia dessa maneira? E se estivesse errado que jaemin estava conectado consigo? E se ele fugisse novamente de si? Ele estava ali de verdade?

Juntou o ar e destrancou a porta, rodando devagar a maçaneta e talvez tentando adiar aquele momento desde seu último adeus.

Não poderia negar, ele de perto era incrivelmente belo, como sempre foi. Sua pele bronzeada e seus cabelos de algodão doce, realçavam o quão perfeito era. E muito mais ainda, seus olhos, pendendo para o dourado, diziam muito sobre si. Eles derramavam, voltando a cor normal, assim como o seu.

Dizia muito mais sobre os dois. Afinal, melhor do que um, só dois. E eles estavam conectados.