Capítulo 01-Perda

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Boa noite gente...É eu sei, eu disse que iria demorar para postar mas eu não me aguentei, desculpa, mas eu não consigo segurar Fic, então cá estou, uma semana antes do combinado kkk... Espero que gostem pelo menos....

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Minha vida inteira eu cresci ao redor de pessoas maravilhosas, de uma cidade maravilhosa e de uma família maravilhosa, aqui era o meu lugar, aqui sim eu poderia ser quem eu sou, viver com as pessoas que me apoiaram em momentos de fraqueza, que estavam ao meu lado na primeira desilusão, até em meus primeiros passos, primeiras falas e etc. E hoje, tudo que imaginei que seria por mais tempo, que viveriam até meus dias de vitoria, foi por aguá a baixo.


Minha família é tudo de mais precioso que tenho, eu posso ter uma conta gorda, carros que valem mais que muitas casas de famosos por ai, empresas que rendem milhões de dólares por mês, mas se minha família não está ao meu lado para ver minhas conquista, para mim não vale nada ter tudo isso.


E hoje, eu vejo isso mais claramente com a perda dos meus avós, que me criaram por quase toda minha infância, e agora eu perde metade de mim. Mesmo que eu não os visitava desde que me mudei para Nova York, ainda os amava e me sentia triste e arrependida por não ter ir ido visita-los antes, mas com o meu trabalho de médica cirurgiã não me deixava ir até eles, era trabalho demais. 


E agora, com grande pesar, vou visita-los na morte, tudo o que menos queria fazer, mas eu precisava dá um adeus a eles, as pessoas que ajudaram na formação do meu caráter, mesmo que ele tenha mudado com o tempo, irão ser levadas a um tumulo, abaixo de 7 palmos da terra, o quão doloroso isso aparenta ser?


Por fim, estou em casa, Miami por muito tempo me abrigou e fui a cidade que mais me trouxe paz e comunidade. Senti tanta saudade desse clima tropical e acolhedor de Miami, que eu quase chorei ao revê-la, quase. E cá estou eu, no aeroporto de Miami esperando por alguém da fazenda vim nos pegar.


— Está pronta filha? - Minha mãe me pegunta ao pisarmos fora do aeroporto. Suspiro triste.


— Não sei se estou preparada para enterra-los mãe.- Viro meu rosto para ela não ver o quão abatida estou. Não gosto de me verem frágil.


— Nem eu minha filha, mas é preciso, eles não exigiram nada, a não ser que somente nossa família fosse enterra-los e seria muito insensível da nossa parte não fazer. - Me explica calma e com seu tom doce de sempre. Por isso eu a admiro, minha mãe consegue ser a base de todos nós, se não fosse ela eu e meus irmãos estaríamos ao prantos até a esse momento, mas como sempre ela arruma jeito de nos acalmar e manter na linha.


— Eu sei mãe, mas é difícil para mim. -Murmuro um pouco mais baixo enquanto caminhávamos até a calçada do aeroporto.


— Filha! Eu compreendo que você era apegadas aos seus avôs, que foi trágico o acidente que eles estavam envolvidos e que vai ser difícil passar 6 meses na fazenda longe do hospital. Mas tudo é necessário, você vai ver que tudo vai se encaixar. 

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