Episódio 8 - Consequências & Aulas : Parte 3

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O almoço já tinha ficado pra trás e agora estava sentada na cama dele, enquanto o Chuck se espreguiçava na cama do Taz.

— Meio chato não ter o que fazer... Acho que estava começando a gostar das rotinas de gravações... — Chuck reclama.

— É, mas o pessoal está bem feliz, não com a sua doença, mas com a folga, com certeza.

— Só você que não ganhou uma folga... Tem que ficar aqui comigo... — ele parece realmente pensar sobre o assunto.

— Ei, claro que não! Ficar aqui com você não é trabalho algum, estou de folga hoje também...

— Não sei sobre isso... Mas você poderia estar com o resto do pessoal, tomando alguma coisa e se divertindo.

— E quem disse que não estou me divertindo? Pode ir parando por aí, que essa personalidade não combina nada com você. Estou me divertindo, e se eu quisesse sair, eu apenas falaria. Mas quero ficar aqui, então pare de me fazer ficar falando essas coisas vergonhosas, certo?

— Você também sabe como me fazer sorrir... 

— A gente aprende uma coisa ou duas quando passa a conviver com um mestre.

— Mestre? Ah, gostei muito disso... — ele fica de pé e se aproxima de mim. — Meu Deus, a vontade que estou de te beijar é absurda.

— Não tenho objeções sobre o assunto, eu apoio até.

— Gosto muito desse seu lado malvado... Mas vou ter que inventar alguma coisa pra fazer, já que você parece estar focada em ser uma tentação...

— Você que está escolhendo que seja uma tentação, a realidade não está muito distante assim... — já que é pra provocar, vai mais um pouco.

— Ah, eu realmente gosto desse lado seu... — ele sorri. E então parece ter uma ideia. — Acho que já sei o que a gente pode fazer... Vai ser genial!

— Genial? — e os meus planos de provocar até que ele desista vão por água abaixo, não acho que uma coisa genial pode ser sensual.

— Sim! Que tal se eu te ensinasse a tocar baixo?

— Chuck, eu não sou uma pessoa com muita coordenação assim... Nada de genial, isso vai ser é desastroso.

— Que nada, vai ser divertido, você vai ver... — contagiada pela sua alegria, acabo concordando.

— Mas você tem algum baixo aqui no quarto? — olho ao redor e não consigo ver nenhum.

— Claro, sempre gosto de ter um perto, caso eu queira passar um som ou testar algo... — ele vai até o armário e de lá tira uma case grande e de madeira.

O baixo que sai da case é incrível. Eu não entendo muito de marcas, nem de qualidade de som, mas ele é lindo. Simples, mas tinha algo nele. O instrumento é todo negro, e incrivelmente fosco. As cordas brilhantes e aparentemente afinado, já que o Chuck dá uma pequena dedilhada acho que só pra me provocar.

Ele é hipnotizante tocando.

— Vamos lá ao básico? — ele pergunta e quando eu concordo, ele coloca o baixo no meu colo.

— Uau — é o elogio que faço. — Nunca tinha segurado um baixo antes. É bem mais leve do que imaginei que seria... — testo o peso nas mãos.

Ele sorri e nem sei de onde ele tira aquele banco, mas ele o coloca na minha frente. — Cuidado, que esse é o meu favorito... — ele diz e segura a bandoleira. — Agora, você é destra ou canhota?

O que Acontece nos BastidoresOnde histórias criam vida. Descubra agora