Gwendolyn corria pelos corredores do castelo, com os nervos à flor da pele, fora de si de tanta preocupação, ela tinha sido incapaz de pensar em outra coisa desde que ouviu falar na prisão de Kendrick e de sua execução iminente. Gareth tinha ido longe demais. Gwendolyn não podia ficar de braços cruzados. Ela sentia-se tão impotente; tinha de haver alguma coisa que ela pudesse fazer, deveria haver alguma maneira de ajudar Kendrick e ela iria descobrir qual seria.
Gwen descia a escada de pedra em espiral, avançando cada vez mais fundo nas entranhas do castelo. Passou até mesmo pelo andar dos criados, depois de mais alguns andares, ela finalmente, chegou a uma porta grande, de ferro. Gwen não perdeu tempo, correu até a porta e bateu com os punhos.
Ela esperou, sem fôlego, com o coração batendo forte, finalmente, vários guardas abriram a porta. Um deles segurava uma tocha na escuridão.
"Minha senhora." Disse o guarda do centro.
"É a princesa, a filha do rei?" Perguntou outro.
"Do falecido rei." Corrigiu outro.
"Do atual e sempre rei." Ela corrigiu severamente, dando um passo à frente. "Sou eu."
"O que está fazendo aqui embaixo?" Alguém perguntou com os olhos arregalados. "Este não é lugar para uma dama."
"Eu preciso ver meu irmão. Kendrick."
Os guardas se entreolharam atrapalhados.
"Sinto muito minha senhora, mas Kendrick está proibido de receber visitantes. Estamos sob ordens estritas do Rei."
Gwendolyn olhou para o guarda firmemente. Ela estava determinada, ela sentiu uma força apoderar-se dela. A força do seu pai.
"Olhe bem para meu rosto." Ela disse. "Você me conhece desde que eu era criança. Eu sou conhecida por você como uma serva fiel e obediente ao meu pai."
O rosto do guarda principal, já marcado por muitas rugas, se suavizou.
"Isso é verdade minha senhora."
"Você acha que meu pai teria me impedido de ver meu irmão, Kendrick?"
Ele piscou várias vezes, pensando.
"Seu pai não teria impedido Vossa Alteza de nada." Ele disse. "Ele tinha um espaço infinito em seu coração dedicado a Vossa Alteza. Sua ordem sempre era: "Que Gwendolyn obtenha tudo o que ela quiser."
Gwen assentiu com a cabeça.
"Assim são as coisas... " Ela disse. "... Agora me deixe entrar."
"No entanto..." Disse o guarda, bloqueando seu caminho. "... Eu tenho certeza de que seu pai não desejaria que seu assassino tivesse algum visitante."
Gwen se enfureceu.
"Você deveria envergonhar-se." Ela disse firmemente. "Você conhece Kendrick há muito mais tempo do que eu e sabe muito bem que não havia ninguém que amasse meu pai mais do que ele. Você realmente acredita que a mão dele está por trás disso?"
O guarda olhou de volta e ela podia vê-lo pensando. Finalmente, o rosto dele se abrandou.
"Não." Ele disse. "Eu não creio."
"Então está tudo dito." Ela falou. "Agora afaste-se e deixe-me entrar. Vamos deixar de conversa fiada. Eu estou aqui para ver o meu irmão e eu vou vê-lo." Ela disse com uma força em sua voz que surpreendeu até a si mesma. Era uma ordem — e não havia margem para a dúvida.
O guarda hesitou apenas por um momento, então ele finalmente, fez um sinal para os outros guardas, curvou a cabeça e deu um passo para o lado. Ele abriu a porta larga e quando Gwen passou por ela apressada, ele bateu a porta atrás dela.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Destino de Dragões
ActionAo longo do caminho, os sonhos de Thor, juntamente com seus encontros misteriosos com Argon continuarão a atormenta-lo; a pressiona-lo para tentar aprender mais sobre quem é sua mãe; sobre qual é a origem dos seus poderes. Qual é o seu destino? (Ter...