Capítulo 11 - Não sei se quero ser uma de vocês..

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Manuela chega com seu pai no colégio, como de costume. Alicia e Beatriz estão por perto e esperam ela sair do carro e vir ao encontro delas. As três caminham juntas para o colégio.

-Então, o que o seu pai falou de ruim sobre a gente? – pergunta Alicia.

-Alicia! – diz Beatriz, repreendendo-a.

-O que foi? Ele ficou olhando torto pra gente durante o jantar inteiro...

-Talvez porque você tenha comido por umas duas pessoas ne, esfomeada.... – diz Beatriz.

-Ah... eu estava com fome. E não tem nada de errado com isso, tem, Manu?

Manuela ri.

-Ele só ficou assustado. Achou que você poderia passar mal ali a qualquer momento. Só isso.

-Sério? Então sem questionamentos ou desmerecimento à nossa denominação?

-Sem nada disso.

-Satisfeita agora? – pergunta Beatriz.

-Logico que sim! Então ele vai deixar você ir com a gente na casa da Christina?

-Bem, quanto a isso, nada mudou.

-Ah. Que pena... – diz Alicia, fazendo "beicinho".

-Meninas, olhem lá... a celebridade está de volta?

-Quem? – pergunta Alicia.

-A Priscila...

As meninas param e observam a cena, bem na entrada do colégio, um amontoado de meninas, paparicando Priscila, enquanto ela conta vantagens e mostra o curativo que tem na testa.

-Minha nossa, Pri! Você é uma guerreira! Eu teria morrido com muito menos!

-Eu fiquei tão preocupada quando vi todo aquele sangue...

-Eu pensei que você fosse morrer. Fiquei com tanto medo, como que a gente ia ficar aqui no meio dessas feiosas sem você, nossa diva?

-Eu desmaiei, acredita?

É o que algumas delas dizem. Priscila permanece o tempo inteiro com o nariz empinado. Helen está do lado dela.

Wallace, como os outros alunos, também vem chegando nesse momento. E claro, é barrado pelo grupinho. Priscila passa por entre as meninas e vai até ele.

-Oi Pri... -diz ele.

Priscila lhe acerta um tapa. As meninas começam a rir e vaiar.

-Seu imbecil! Viu o que você fez? Quase me matou! Se eu tivesse caído de uns degraus acima... aii! Eu não gosto nem de imaginar!

-Eu não fiz nada, sua maluca. Você que se desequilibrou. Deixa de ser tonta.

Priscila acerta-lhe outro tapa.

-Au... quer parar com isso?! – diz Wallace.

-Você é um nojento! Um grosso, estupido, canalha, escroto! Eu não sei onde que eu tava com a cabeça quando achei que você serviria pra ser um namorado!

-Não sabe? Vocês não sabem ser mais criativas quando querem me esculachar? Você sabe sim... ela tava bem aqui no meio d –

Priscila acerta um tapa mais uma vez.

-Fica longe de mim! Acabou! - Priscila dá as costas e sai.

-Lacrou amiga!

-É, fica aí seu mané! Você não senta mais com as meninas do nosso grupo.

Raquel_Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora