Mentiras ao vento

0 0 0
                                    

      Madrugada fria, quente o chegar do dia. Se transcreveu e quem jurei proteger morreu, ou talvez eu o tenha matado. Se pôs e virou poeira, talvez tenha cultivado muita besteira, mas é assim meu coração, conjura aquilo que eu chamo de emoção e eu não presto atenção e acabo fazendo o que aprendi não fazer no sermão.
    Eu te vi chorar, e lhe enxuguei as lágrimas, as peguei e coloquei em um pote de vidro, só para me lembrar e guardar o seu sentimento mais puro. E agora, o que sobra? Não aguento mais essa demora, embora você chegou, e muito menos partiu, talvez só persuadiu meu ser. Caminhos opostos se juntam a um hiato, a diferença dos produtos não alteram a soma do fato, e meu tato e olfato, testemunharam o que a minha visão tentou me enganar, mas meu ultimo sentido me fez parar para admirar essa arvore frondosa, que machucou-me por um espinho, de formosa a flor mostrou ser agressiva, e eu reguei-a, dia a dia, sem parar, até ver ela murchar. 

E mentiu para mim mais uma vez.

v7 Dentro do peixe *Poesia e prosa*  Onde histórias criam vida. Descubra agora