azul melancolia

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Certa vez eu cansei da melancolia do azul escuro do meu quarto e levei o meu traseiro para fora de casa.

Trombei contigo sem querer em frente a uma livraria, a minha preferida por sinal. Esse encontro deixou a minha cabeça desnorteada tanto quanto meu coração.

Amor à primeira vista? Besteira, isso é coisa de gente fraca. Acontece que você possuía uma cordinha solta e, por ironia do destino ou não, ela acabou ficando presa em mim.

Ignorando aquele clichê entre pedidos de desculpas e o famoso, mas nem tão esperado, "posso te pagar um café?", até que foi tudo bem natural.

Naquele dia eu aprendi a gostar de café e que já gostava de você mesmo antes de te conhecer.

Teu jeito de "nao escolhi ser indie, mas sou", o fato de saber que você trata seu gato preto como um filho, o modo como seus olhos brilham quando você fala das coisas que ama, e o charme natural que você não sabe que possui, faz você ser ainda mais incrível aos meus olhos.

Não sei ao certo se me apaixonei pelo fato de que voce ama ler tanto quanto eu ou pelo fato de você ter pedido para ler um de meus textos bem ali, naquela mesinha esquecida nos fundos da sua cafeteria preferida.

Eu só sei que devo agradecer a minha alma de poeta triste que me fez pintar meu quarto de melancolia, ao shorts jeans que me ajudaram a levar meu traseiro para fora de casa, e a minha miopia por me fazer esbarrar em alguém que eu estava esperando e não sabia.

Amargas Poesias De Um Doce CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora