❄ Terceiro Dia ❄

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- Eu vou colocar.

- Não, Cole! Não cabe!

- Cabe sim, para de frescura.

- Vai quebrar.

- Deixa eu colocar a porra da estrela nessa árvore, por favor! Se quebrar a gente compra outra. - Falei já cansado da discussão de dez minutos de que a estrela é pequena demais para a árvore.

Camila revirou os olhos, e se jogou no sofá, mexendo em seu celular, me ignorando completamente, mas conhecendo aquela peste, ela só está esperando o aval para me jogar na cara que estava certa. Só que dessa vez não, meu amor.

Inclinei-me sobre árvore, ajustando a estrela dourada cheia de detalhes, e aos poucos ela ia descendo sobre o metal, e quando arrumada sorri triunfal para minha garota, que novamente revirou os olhos e continuou no celular.

Eu voltei a observar a estrela, e depois, desci os olhos para a árvore. Ficou linda, realmente Camila sabe como decorar uma árvore. E depois de dois dias arrumando essa merda, só faltava colocar as guirlandas e os marabus sobre a lareira eletrônica.

- Você vai me ajudar? - Pedi a morena, com a caixa de enfeites na mão. A mesma observou o monte de cores e olhou para a lareira, eu poderia ver todas as suas engrenagens trabalhando e visualizando como seriam postos os marabus.

- Sim. Tem fita?

Entreguei-lhe uma fita dupla face, junto com um marabu bege com detalhes pratas. Camila começou a colá-lo na parte superior da lareira, e depois colocou o restante dos marabus em toda a volta, por fim, a guirlanda verde com um laço dourado foi posta no meio, na parte superior.

Ela sorriu, satisfeita com seu trabalho.

- Agora só faltam algumas velas artificiais, decorar a sala de jantar e a varanda. - Ela disse sorrindo para mim, que suspirei cansado. Ainda não havia terminado a tortura.

Minha garota se aproximou de mim, me abraçando pela cintura, e por ser vinte e poucos centímetros mais baixa, pousou a cabeça em meu peito, eu retribui o abraço, apertando ela em meu corpo. Uma das coisas que mais amo, é abraçar Camila.

- Eu sei, você não gosta de fazer isso, mas amor, - como eu amo quando ela me chama assim. - é nosso primeiro Natal, eu quero que seja tudo perfeito.

Eu suspirei, pousando meu queixo no topo da sua cabeça, eu não entendia essa fixação dela por perfeição, mas se isso a fazia feliz, eu poderia aguentar mais quatro dias de pura loucura correndo com pisca-piscas para lá e para cá, e com ela gritando que eu não faço nada certo.

- Tudo bem, eu aguento.

Ela levantou a cabeça, sorrindo para mim, seus olhos brilhando demonstravam a alegria em ter vencido de novo. Os olhos são o que mais amo em Camila. Eles nunca mentem.

Não resisti em tê-la tão perto de mim e a beijei, calma e suavemente. Eu queria aproveitar ao máximo aquele beijo, todos na verdade. Nunca sei quando será a última vez, essa vida é injusta de mais, te trás e te leva tudo o que é bom sem ao menos você notar.

Camila foi com toda a certeza, a melhor coisa.

- Eu te amo. - Falei, depositando um beijo em sua testa.

- Adoro quando você faz isso.

- O que?

- Quando beija minha testa, me sinto segura, especial, amada.

- Comigo você está e é tudo isso. - Disse puxando-a para outro beijo rápido.

- Eu te amo. - Nunca vou me cansar de ouvir isso.

Nunca vou me cansar dela, de amá-la, beijar seus lábios, provar seu corpo, estar no seu mundo.

Eu estou completamente maluco por Camila Mendes.

Contos Natalinos - ColemilaOnde histórias criam vida. Descubra agora