❄ Segundo Dia ❄

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Abri a porta do apartamento, tentando ser o mais silencioso possível, ciente de que minha morena está em seu sono dos deuses.

Sai cedo, hoje pela manhã, para um ensaio fotográfico, Lili havia me pedido essa ajuda, ela e Kj queriam algumas fotos para uma campanha publicitária para ajudar crianças abandonadas. Ficou um trabalho realmente incrível, mas por outro lado, me deixou bem atrasado nos preparativos para o melhor Natal da minha vida, essa nomenclatura segundo minha namorada.

De maneira ainda cautelosa deixei minhas coisas ao lado do sofá, e em seguida, fui para a cozinha na esperança de ter algo para enganar o estômago. Qual foi a minha surpresa em ver sanduíches embrulhados em papel filme e um bilhete postos na bancada.

Oi meu amor, sei que está cansado, então deixei os sanduíches prontos; tem suco na geladeira, e refrigerante. Desculpe não te esperar acordada, eu realmente estava cansada, mas fiquei o máximo que eu pude te esperando.
Por favor, se for fumar, o que é uma merda, que seja na varanda.
Beijos, Cami, sua garota.

Sorri, ela é a minha garota. A garota que me conquistou nos bastidores da série, nos encontros do elenco, nas mensagens trocadas sem nenhuma finalidade, nas vezes em que tirou o cigarro dos meus lábios apagando-os... Ela é tudo o que eu nunca pensei merecer ter.

Esqueci completamente da minha fome, indo rapidamente em direção ao quarto que dividia com a mulher da minha vida, mas parei na porta. Ela estava cansada, seria egoísmo acordá-la agora apenas por ter um surto de amor por ela.

Dando passos para trás, suspirei encarando a porta cinza, fechei meus olhos imaginando a cena dela deitada em meio aos lençóis de seda, com seu pijama curto e que contrastava com suas curvas alucinantes... É melhor eu ir comer. Comida.

Voltei para a cozinha, servindo-me um copo de suco, e abrindo um dos sanduíches, pensando na sorte em que tive ao contracenar com Camila. Normalmente não acredito em destino, mas porra, sou grato a ele por colocar essa garota no meu caminho.

Observei a árvore de Natal que poderia ser observada no canto esquerdo da sala, ao lado da estante moderna, realmente, as malditas bolas azuis ficaram incríveis na decoração. Mas... espera... aquilo são fotos?

Larguei o resto do sanduíche no prato, limpando minhas mãos e indo diretamente para a árvore branca gigante. Em primeiro momento, fiquei confuso, o que aquela foto estava fazendo ali? Mas logo após sorri.

Ela realmente pensava em todos os detalhes.

A foto era do dia em que viajamos para o México, estávamos provando tequilas, e ela sorria para mim. Eu sei o que ela disse após a foto ser tirada.

"Hey, Cole, no Natal estaremos tomando Tequila, nada de vinho, e estaremos namorando!"

Eu ri com vergonha, percebi que ela esperava um convite para ser pedida em namoro. E eu prontamente atendi a direta, afinal, tudo o que eu queria era ter aquela garota como namorada. Por isso, pedi ajuda a Lili e Barbara para preparar uma surpresa no quarto de hotel em que estávamos hospedados. No dia, Barbara estava com Dylan em uma viajem no interior, mas ela me deu dicas de como demorar tudo, e Lili providenciou cinquenta e quatro buquês de tulipas.

Não quis comprar rosas, eu queria que fosse tão singular quanto Camila.

Enquanto minha amiga comprava as flores, eu corria por toda a cidade atrás de alianças, e no final da noite, estava me declarando para a garota dos olhos castanhos mais intensos que já conheci.

E como ela disse, no Natal, iríamos tomar tequila. Quando a questionei por isso, ela disse que vinho era comum, e que nós não éramos comuns.

- Cole? - Uma voz rouca e baixa soou atrás de mim, e ao me virar, deparei-me com a afrodite em pessoa, com um metro e sessenta, olhos inchados pelo sono, e cabelos sensualmente bagunçados.

Eu não pensei, apenas agi, eu a queria, eu a tenho.

Tomei-a em meus braços, beijando-lhe com fervor, sentindo o gosto refrescante da pasta de dente misturado com o já natural gosto de chocolate de seus lábios, apreciando com prazer ela se entregar.

Foda-se que ainda faltavam seis dias para o Natal, eu queria demonstrar o quão eu ainda era apaixonado por ela, o quanto ainda a desejava, e o quanto eu ainda era louco por ela.

E a minha garota, pareceu gostar disso ao me empurrar em direção ao sofá, tomando as rédeas da situação.

Contos Natalinos - ColemilaOnde histórias criam vida. Descubra agora