Capítulo 17

280 28 9
                                    

— Pelo amor de Deus Victor, você deveria ter tomado mais cuidado — comentou um tanto mais calma, mas ainda me olhava.

— Aquele bebê não é meu. — Apontou para o João que estava em meu colo. Então a mãe dele finalmente parou de olhar para mim e voltou o olhar para ele.

— Você não pode trazer para casa uma garota com um bebê tão pequeno.

— O bebê é primo dela — afirmou Victor sem se importar com nada, mas ela estava certa, eu não deveria ter vindo.

— Sério? — perguntou percebendo que a situação era bem mais simples. — Eu fiz esse drama por nada?

Victor gargalhou, eu respirei fundo porque finalmente pude ficar aliviada e dei um leve sorriso.

—Sim — Victor disse para ela mostrando que tinha sido um drama desnecessário.

— Você está de castigo — anunciou a mãe de Victor.

— Mas o bebê não é meu — protestou Victor.

— Está de castigo por ter me dado esse susto — ela falou me fazendo rir. Victor se virou para mim em busca de apoio, mas eu não ia ficar contra a mãe dele na casa dela.

— Eu falei para você falar para ela... — comentei. Ele balançou a cabeça.

— Está proibido de ir á festas, de fazer festas aqui em casa e de trazer garotas aqui por duas semanas — ela comunicou a Victor seu castigo e olhou para mim. Eu entendi o recado.

— Eu acho que foi uma péssima ideia ter vindo sem contar que vai que meu pai volte para casa... — comentei dando um passo para trás.

— Não, por favor, fica — Victor se virou para mim.

— Você está de castigo — O olhei nos olhos tentando entender o que ele não tinha entendido. Antes de dizer qualquer coisa, ele se virou novamente para a mãe dele.

— Não me importo com o castigo, mas não vou mandar a Cristal ir embora — ele disse.

A mãe dele se aproximou de mim, por um momento tive até medo, mas então ela abriu um sorriso.

— Desculpa querida pelo escândalo e pelo pré julgamento.

— Sem problemas... — falei com uma tremenda vontade de dar meia volta e sair correndo. O sorriso dela ficou ainda maior e sua expressão pareceu aliviada.

— Eu me lembro de você... Você é a filha do delegado.

Ao contrário de Victor essa informação parecia deixar ela mais calma, feliz e aliviada.

— Só eu não sabia disso? — perguntou Victor entrando na conversa que parecia ter se tornado minha e da mãe dele. Eu ri.

— Como você não sabia? — ela perguntou olhando para Victor.

— O pior mesmo é como eu descobri... — comentou e eu joguei um olhar de condenação para que ele ficasse quieto. — Bom mãe, eu só vou assistir um filme com ela.

Graças a Deus ele mudou de assunto tão rapidamente que não deu tempo dela dizer "Como foi que você descobriu?"

— Tudo bem, mas a partir de amanhã sem garotas aqui em casa. — ela confirmou para que não houvesse dúvidas que mesmo assim ele estava de castigo.

Victor ainda segurava a risada, parecia nem se importar com o castigo.

— E juízo, porque tem um bebê com vocês...

— Você diz isso, porque não conhece a Cristal. — comentou Victor fazendo ela voltar olhar para mim.

— Foi um prazer te ver querida — afirmou e me fez sorrir.

— Igualmente — concordei.

Ela então se retirou da sala de uma forma elegante e nos deixou a sós novamente. Eu não lembrava dela me conhecer, mas por fim ela me conhecia. Victor suspirou.

— Uau — quase sussurrei. Em poucos minutos tínhamos vivido tantas emoções que eu não sabia quanto tempo demoraria para me recuperar.

— Quer assistir o filme na sala ou no meu quarto? — perguntou não parecendo nada afetado com tudo o que tinha acontecido. Eu o encarei repreendendo essa questão de ir para o quarto de Victor.

— Você não faz o meu estilo — disse.

Por um lado senti um pontinho de mágoa, mas ele estava certo. Ele também não fazia o meu, mas aqui estávamos nós, juntos mais uma vez. Tentando juntar algo que sabemos que não vai dar certo.

— Eu não quero fazer parte do time de garotas que você já levou para o seu quarto — afirmei da maneira mais sincera possível.

— Não tem um time para isso — ele ainda ousou responder e me fez rir.

— Mas se contarmos, vamos descobrir que dá para formar um time...

Ele sorriu com meu comentário.

— De qualquer forma, no meu quarto você pode colocar o seu primo na cama — ele argumentou.

No quarto, na sala, seja onde for Victor e eu não teríamos nada. Primeiramente porque eu não seria tão fácil assim, segundo porque João estava ali com a gente.

—Tudo bem — falei por fim.

Victor estava certo, não aguentava mais segurar João em meus braços.

No caminho para o quarto de Victor me lembrei da primeira vez que subi aquela escada, que passei por aquele corredor, que tentei abrir aquelas portas. Tudo estava tão diferente dessa vez e melhor. Muito melhor.

Quando entrei no quarto de Victor, fui até a cama e coloquei João bem no meio. Olhei para Victor e ele parecia querer falar alguma coisa.

— Você não achou que eu ia ficar do seu lado, né? — questionei rindo e peguei a bolsa de seus braços.

— Eu não sei porque você acha que eu gosto de você... — comentou.

_____________________________________________________________

Oie! A pré venda do livro físico já começou! Frete grátis para todo o Brasil e brindes exclusivos! Entre em contato 11971124394 para saber mais!

Lembrando que dia 02 de Julho é o lançamento o oficial do livro na Bienal (Muita emoção kkkkkkk)

Obrigada por ler! Beijos!!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jun 30, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Meu Crush é um Zé DroguinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora