poético como a morte (Poemo)

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Ela era autêntica como mil outras,
Era pura como o sangue sob o cobre,
Mas nem todos os arbustos colecionam flores brancas.
Ela morreu no próprio ego, como alguém que desiste fácil.
Foi sepultada na mais rasa sepultura do mar.
O corpo está claro como uma noite sem estrelas,
E tudo o que sobrou é ralo para encher um coração com furos.
[Que está derramando]
Minhas doces lágrimas salgam minha pele,
Em um ódio a ser sentindo na mesma intensidade em que se pode sentir o amor,
Mas o ódio é tão eterno como uma gota que cai no chão do Nordeste.
Sim, o amor trago há milênios contatos como poucos anos de vida.
Eu amei o mundo antes do homem aparecer na Terra.
E as marcas que hoje carrego,
Servem de tinta seca para pintar uma nuvem carregada.
[E prestes a desabar]
Em minha agradável visita
a casa da Guerra fui amante da Paz, em lençóis que nunca provaram o pecado.
Sou tão forte quanto fios de algodão,
Minha felicidade é tão companheira como a indecisão.
Meus dias são tão contentes como um beija-flor no outono.
E quanto a minha lucidez, ela é uma psicose sóbria em noite sem Lua.
Minha vida é tão autenticada para cada segundo ter sido um plágio.
[Plágio mal feito]
Vazia como o oceano, amarga como o mel e real como uma ilusão.
Renascendo das decepções.
Eu sou refém do mundo como o vento é refém da gaiola.

Nota da autora: Esse poema pertence ao meu amado livro Poemo convidou-os a conhecerem-ló.

A rosa se fez negra como a noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora