O dedo no ventilador

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Houve uma época em que eu escrevia sonetos de dor antes de dormir
Houve noites em que os travesseiros eram pedras,e as vozes me mandavam desistir

Houve choros e terços pessoias e momentos amáveis
que eu não quis esquecer entretanto tenho de uma memória fraca; esqueço

Eu quis supri a fome em meu ser,com magias,sexo,drogas ou bebidas,não havia fome

Eu simplesmente queria desaparecer

Eis que houve uma manhã qualquer de fevereiro,bati o dedo no ventilador
me vi vivo.

Não era um erro

Raramente se quer sentir dor,mas quem sabe não seja a Dor a grande anciã,que nos prepara o para o Amor?

RigelOnde histórias criam vida. Descubra agora