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Passou 1 mês.

Um mês e nada.

Jacob ainda não acordou.

Eu não stresso ao pensar na possibilidade de Jacob nunca acordar porque eu sei que ele vai, mas preocupa-me é não saber, ao certo, quando ele irá acordar.

Passou um mês... quantos mais meses irão passar até tudo isto acabar?!

Será que Jacob está a sofrer com tudo isto? Ele parece tão sereno posteriormente mas será que está bem "por dentro"?!

-Jacob, por favor tu tens de acordar rapidamente. Eu preciso que acordes, nem sabes o quanto é angustiante não saber quando voltarás a abrir os olhos. A única coisa que me relaxa é saber que acordarás. Mas agora quando?! O próprio pai disse. Pode demorar dias, meses,anos. Eu não quero que demore assim tanto tempo. Fá-lo por ti não por mim. És jovem, tens uma longa vida à tua frente, não desperdiçes nem mais um dia da tua vida. Acorda.- eu imploro, mas de nada serviu.

-Filha, vamos comer. Precisas de te alimentar.- o meu pai diz, quando entra no quarto e eu estremeço um pouco com o susto. Não sabia que ele estava aqui.

-Não.- eu digo, fechando os olhos tentando ignorar a fome que sentia. Eu quero estar aqui quando ele acordar.

-Ele está bem. Sei que queres estar aqui quando ele acordar mas precisas de te alimentar. Estás com um aspecto horrível.- ele insiste.

Suspiro e massajo as minhas temporas numa tentativa de amenizar as dores de cabeça que sentia. Eu sinto-me fraca, é melhor obdecer ao meu pai. Pois, no entanto, ele tem razão.

Levanto-me lentamente, combatendo as tonturas que sentia.

-Dale está lá fora para ires almoçar com ele.- o meu pai informa antes de eu sair do quarto e eu engulo um seco. Eu nunca lhe contei o que realmente sou, no entanto, eu já perdi os poderes ao salvar Jacob, por isso passei a ser uma pessoa normal, o que quer dizer que já não existe a necessidade de lhe contar. Certo?

Observo Dale sentado numa das cadeiras dos corredores do hospital. Não tenho falado muito com ele, na verdade tenho-o ignorado. Não por mal claro, mas tenho vergonha de encará-lo. Eu tenho mentido o tempo todo e quando finalmente não tenho nada a esconder sinto-me culpada. Eu sinceramente não me compreendo minimamente.

-Hey, vamos almoçar.- eu digo quando chego perto dele. Dale encara-me com um olhar vazio. Tem longas olheiras por baixo dos seus olhos agora sem brilho, e o seu rosto transmitia cansaço e várias noites em branco.

Ele limita-se a assentir e a levantar-se rapidamente e, sem prenunciar uma única palavra, caminha em direção ao estacionamento.

Franzo ligeiramente a testa de confusão. Este tipo de comportamento não era habitual em Dale.

Forço os meus pés a alcançarem Dale que caminhava mais à frente, tentando arduamente não tropessar nos meus pés. Ainda me sentia zonza por estar tão fraca e Dale não facilitava pois dava passos enormes que provavelmente são o dobro dos meus graças às minhas pernas pequeninas.

Entramos os dois no seu carro e o silêncio entre nós era deveras constrangedor pelo que me forcei a quebrá-lo.

-Como estás?- pergunto tentando criar diálogo.

Dale encolhe os ombros, concentrando a sua atenção absoluta na estrada.

-E tu?- ele pergunta momentos depois.

-Eu... eu estou cansada.- digo não sabendo eu certo como eu estou realmente.

Dale assente, dando a conversa terminada por aí o que me frustou um pouco, pois mais uma vez, teve de ser eu a romper o silêncio.

-Aonde vamos almoçar?

-Presumo que queiras voltar ao hospital o mais rápido possível por isso vamos ao Café Rouge, é o restaurante mais próximo.- ele fala monotomamente irritando-me cada vez mais.

Ficamos em silêncio o resto da viagem.

*

Estavamos agora comendo em silêncio. Silêncio aquele que me estava a matar.

-O que tens afinal?!- eu pergunto rudemente, completamente passada com o seu silêncio.

Dale solta uma gargalhada sem quaisqueres sinais de humor e eu limito-me a encará-lo confusa.

-Eu amo-te sabes? Mesmo muito, mas serás mesmo ou eras aquela rapariga que disses-te mesmo sempre ser?- ele fala com certa raiva presente na voz.

-O-o que queres dizer com isso?- eu gaguejo, sentindo-me a começar a ficar nervosa.

-Estamos numa relação em que eu sempre assumi como séria Rosaline. Não deviam existir segredos entre nós, não desta tal dimensão.- ele fala e eu sinto as minhas mãos começarem a tremer.-Mesmo que tivesses medo que eu não acreditasse!- ele fala aumentando o seu tom de voz.

-A que te referes?! O que sabes tu?-eu pergunto sentindo as lágrimas surgirem nos meus olhos e eu a custo, empurro-as para trás.

-Eu sempre sube que me estavas a esconder qualquer coisa mas eu sempre esperei ansiosamente, com esperança, que um dia, me fosses contar mas parece que tive de descobrir sozinho.- ele fala com os olhos preenchidos de dor.

-E-eu.... Dale por favor, diz-me a que te referes!- eu suplico. É impossível ele ter descobrido, não pode ser verdade...

-A sério?!Queres mesmo te fazer de desentendida?! Rosaline isto é sério! Eu senti logo quando salvas-te o Jacob!!- ele fala enraivecido e eu começo a sentir medo.

-Sentis-te?!- eu pergunto não entendento do que realmente Dale estava a se referir. Sei que ele está a falar dos meus poderes mas como assim sentiu?!

Dale cala-se imediatente perante a minha pergunta, arregalando os olhos logo de seguida.

O seu rosto que estava antes um pouco vermelho por causa da raiva que sentia, estava agora excessivamente pálido.

Ele está a ocultar-me algo, tal com eu fiz com ele.

-Dale como assim "sentis-te", como sabes que salvei Jacob?!

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woooooow como assim Jacob sentiu?! Muita coisa vem aí e novas experiencias anormais Rosaline irá passar... será que voltará a ter os poderes? será que há mais iguais a ela que lhe vão ensinar o quão poderosa ela é?! Veremos... desculpem demorar tanto tempo a publicar mas não tenho tido tempo. Votem e comentem <3

And Now 2Onde histórias criam vida. Descubra agora