Você, perfeito para mim. (romance gay)

Capítulo 13

NATHAN

Eu estava com Michael na frente de uma sorveteira, tínhamos nos encontrado sem querer.

Nós dois compramos sorvete e fomos conversar do lado de fora, na frente da sorveteira tinha meio que uma praça e nos sentamos ali para conversar

— E você não vai mesmo contar quem é a garota que você se apaixonou? — neguei e coloquei mais uma colher na boca — Poxa, mas eu e os meninos poderíamos até juntar vocês dois!

— Não acho. Gosto de vocês ficarem na dúvida de quem é, acho melhor assim.

— Do jeito que você fala, parece que está apaixonado por alguém proibido.

— Algo assim. — dei de ombros

— Juro que com todo esse mistério pensei seriamente sobre você estar apaixonado por um garoto, sei lá! — ele riu. Fiquei tenso e sem jeito, comecei a olhar para meu sorvete e comer mais rápido — Nathan? Você não está, certo?

— Não! Lógico que não, de onde você tirou isso? — falei sem olhá-lo

— Meu Deus você está gostando de um menino!

— Eu não estou! Que chatice! — me levantei pronto para ir embora, porém ele segurou meu braço

— Calma cara, só me responde olhando nos olhos então! Mas saiba que eu não me importo com isso, a gente é amigo desde pirralhos, não vai mudar nada Eu só quero saber a verdade! E no momento só você pode me dizer! — falou firme me olhando nos olhos

Não queria esconder isso porquê era algo normal. Eu não estava fazendo nada de errado, por que precisava agir como se estivesse? Que droga, eu apenas me apaixonei por uma pessoa, que mal tem? Meu medo, ou melhor, meu receio é exclusivamente por saber que nem todo mundo pensa assim. Mas meus amigos...Eles não são babacas. Tenho certeza disso.

Suspirei e sentei no banco novamente, acho que isso respondeu a pergunta, já que ele se sentou ao meu lado

— Por que não contou antes? — perguntou calmo mas não o olhei

— Fiquei com medo.

— Medo de quê? Pelo amor de Deus, pensou que eu faria o que?

— Eu não sei Michael, eu não sei! — o olhei — Aconteceu do nada, eu nem entendia direito no começo! Fiquei com medo de vocês não serem mais meus amigos ou sei lá o que.

— Você sabe que eu não sou preconceituoso! Eles também não são! Somos amigos, sempre fomos! — abaixei a cabeça novamente e ele colocou a mão no meu ombro — Eu sei quem você é Nathan, e se isso inclui bissexualidade, tudo bem. As coisas continuam sendo as mesmas.

— Desculpa não ter falado antes. Mas se põe no meu lugar, nunca conversei com você ou com os meninos sobre isso. Nunca falamos nada sobre homossexualidade, nem coisas boas e nem ruins. Como eu ia saber o que você pensa?

Ele suspirou comprimindo o lábio, desviei o olhar olhando para minhas mãos.

— Te entendo nesse sentindo, você não sabia como seria minha reação ou a deles. — assenti e ficamos um tempo em silêncio — Por isso não contou ao Russel ainda? Tem medo de como ele vai agir?