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- Qual sua cidade natal Amy ? Seu sotaque não é o mesmo daqui. -     Meredith era bem observadora pelo jeito.

- Sou de Winchester em Virginia senhora, cidade pequena. Não sei se deve conhece-la ?!-       Era bom conversar com alguém.

- Ah sim sim, não fui lá ainda mas sei da sua existência!-      Ela deu risadas, me contagiando a rir tbm.       - Aliás não me chame de senhora , sei que não minhas linhas de expressão estão visíveis a esse ponto mas me chame de Meredith, ou Mere como costumam chamar.-      Ela ficou de pé.

Foram alguns minutos bastante agradáveis. Era uma mulher alegre e espontânea, sua companhia era leve. Matthew estava em outra cadeira observando enquanto conversávamos e poucas vezes ele tentou entrar no diálogo, na maioria quando era perguntado algo a ele apenas.  E quando sua mãe foi embora , olhei para ele ainda confusa por conta do leilão .  Ele parecia ler meus pensamentos.

- Terá um evento hoje...acredito que tenha visto tudo que Jaboc trouxe. Quero companhia pois esses eventos são bem tediosos. Vai vir um profissional para que esteja pronta as 20 horas !-       Ele afirmou e saiu de lá sem dizer mais nada.

O momento carinhoso pelo previsto tinha sido apenas quando sua mãe estava ali, ele me tirou de lá por pena e acho que agora estava batendo o arrependimento pelo seu ato impulsivo. Eu não queria incomodar nem se ruim estorvo , iria pensar em algo para minha vida tomar um curso diferente.  Quando terminei o café, fui levando algumas coisas para a cozinha quando Mary tomou tudo da minha mão mandando parar imediatamente e demos risada. Quando entrei na casa, Matt não estava mais ali , estava me sentindo um pouco perdida sem saber o que fazer naquela casa enorme. Nem sabia o que me esperava naquele lugar.

Uma das meninas que ajudava Mary me informou que ele me esperava no escritório. Me guiou até lá e depois que bateu ele mandou entrar. Estava lindo, usava um terno, o blazer sobre a cadeira e a camisa branca com alguns botões abertos e a gravada folgada.

- Preciso lhe informar algumas coisas...sei nao não esta entendendo nada.-      Ele apontou para a cadeira a frente e eu logo me sentei.

- Realmente...estou muito confusa com isso tudo. -     tomei um pouco de coragem.

- Bom...lhe tirei de lá pois pode ser muito útil . Tenho muitos negócios a serem fechados e eles são pessoas que prezam muito a seriedade daqueles com quem fecha negócios. Eu ...bom, nunca fui de relacionamentos e nem quero. Isso tira o meu foco!-      Ele batia os dedos na mesa, me olhava bem sério.

- Então ...meus advogados acabaram sugerindo que eu tivesse um relacionamento. Ao menos um noivado...morando juntos algo do tipo para pensar que estou construindo a tal da família que eles todos prezam. Então você ficaria aqui comigo por um ano , seria minha noiva...após esse tempo nos afirmamos que acabou , cada um seguiu sua vida e você receberá um bom dinheiro para recomeçar a sua vida. E a dívida sobre sua compra será perdoada !-         ele falou tão rápido que eu prestei mais atenção na parte da casa.

Como ele sabia da dívida da casa ? Não fizemos empréstimos para fazer o tratamento do meu pai, hipotecamos a casa e quando sai de manhã estava prestes a perder o único lugar que tinha para sobreviver. Ele sabia disso, ele então pagou por ela ? Meu Deus!

Eu fiquei atenta analisando tudo que ele disse, ou tentando analisar no mínimo. Eu não tinha muita escolha. Não tinha ninguém, não tinha de onde começar e ele fazendo isso, em um ano eu teria uma vida normal novamente. Mas a realidade é que ele estava me usando, ele sempre teve essa intensão.

- Quais são suas exigências?-      Eu perguntei fazendo ele levantar uma sobrancelha.

- Eu faço o que eu quiser com você! Acho que não tem muita escolha...-   

●COMPRADA POR ELE●Onde histórias criam vida. Descubra agora